Chapter One

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Rouge point of view

Esse calor está quase me mantando! Como alguém aguenta viver nessa merda!!! - digo derretendo de tanto suar. - Como eu cheguei aqui pra começar? 

Continuei andando, ou me arrastando, no meio das estranhas ruas cobertas de chamas e escombros daquela ilha maluca, até que ouço novamente o mesmo berro de socorro que me atraiu até aqui. 

Minha irmã vai me matar se souber!! - um leve arrepio, "quase impossível nesse calor da desgraça" desce pela minha coluna.

O caminho continua quente e sufocante a cada passo que dou, difícil de manter o ritmo ou até mesmo respirar. Finalmente paro um instante para descansar e tentar respirar fundo, "e eu quero dizer tentar mesmo". 

Do nada, depois de 5 FUCKING minutos de "paz", o chão começa a tremer e o berro por socorro fica mais e mais alto. Me levanto num pulo, "quase sem ar", achando que alguém provavelmente está sendo atacado, e agarro a bainha da minha espada, pronta pra matar o que surgisse. Em poucos segundos um dos destroços de pedra cai, me fazendo dar um salto para trás. E ao me equilibrar no chão uma besta vermelha se revela, rugindo e vem "COM TUDO" pra cima de mim. 

FUDEU!!! 






                 Rose point of view

Hum.... - Mexo minhas orelhas para escutar melhor. - Rouge? - Olho para os lados procurando minha irmã naquele lugar coberto de neve. - Acho que foi minha impressão....

Balanço a cabeça espantando aquela leve preocupação que senti e volto a me concentrar no caminho a frente. Neve ao norte, neve ao sul e o mesmo para os outros lados, o que era estranho já que tenho certeza que o outro lado era um inferno de chamas.

Será que Sunshine está aguentando ficar quieta naquele barquinho minúsculo? - Olho por cima do ombro na direção que deixei o barco.

     Acho que faz umas duas ou três semanas que estávamos viajando naquele barco e eu não aguentava mais ela enchendo o saco dizendo que só tinha água e mais água para todos os lados nos meus ouvidos e insistindo com o seu famoso, e irritante, "Já chegamos?" todo santo dia. Eu amo minha irmã do fundo da minha alma com todo meu coração, mas tenho certeza que essa viajem foi insuportável tanto pra mim quanto para ela, ela estava quase me matando e eu quase cometendo homicídio e suicídio.

  "Espero que ela esteja bem e ainda esteja lá quando eu voltar" - Solto uma risada baixinha ao lembrar dela. - "Quero voltar logo para onde ela está."

    E como se fosse coincidência, ouço um rugido vindo de trás, na mesma direção que minha irmã me esperava naquele barco. Meu coração erra uma batida e eu sinto a adrenalina correr pelo meu sangue na mesma fração de segundo em que eu viro e começo a correr atrás do som.

Porra!!! - Digo quando tropeço por estar afobada e logo ouço outro barulho, desta vez, a voz de minha irmã gêmea.

   O desespero toma conta de mim e assumo uma posição de 4 patas, correndo exatamente igual a um grande felino para ir mais rápido. Minhas mãos começam a doer pela neve congelante e noto a vermelhidão se espalhando, ignoro tudo aquilo me concentrando no caminho em que ouvi a voz dela.

PELO AMOR DE DEUS! ROUGEEEEE! - Numa tentativa de atrair o que está atrás de minha irmã, solto um rugido alto o suficiente para causar um avalanche em algum lugar, denunciando minha localização.

   O ar gelado entra e sai pelos meus pulmões fazendo a dor se tornar maior e minha visão embaça um pouco. Forço meu limite correndo até que minhas pernas e braços doam, precisava chegar lá, precisava estar com a minha irmã.

Isso realmente é interessante. - Uma voz masculina rouca chega aos meus ouvidos e eu congelo, sibilando para o dono da voz quando me viro lentamente. - O Caeser não tem uma espécime como você, talvez ele ache interessante. - Ele faz um gesto com a mão e algum tipo de círculo azul nos rodeia.

   Um arrepio percorre minha espinha e, como eu aprendi a confiar nos meus instintos, volto a correr, desta vez, por sentir o perigo eminente.

Acha mesmo que irá conseguir fugir? - Solta uma risada.

Me deixa em paz! - Grito e olho por cima do ombro, seus olhos se abrem levemente, mostrando uma supresa mínima, mas logo some e seu sorriso aumenta. - "FU-DEU!"

Sinto minhas pernas e mãos saindo do chão, levitando naquele círculo e noto ele desembanhair a espada me partindo ao meio e não consegui conter o grito quando vi o que aconteceu.

AAAAAAAAAAAH, PUTA MERDA! - Berro em pleno pulmões. - O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?!!! - O desgraçado sorri de canto quando pergunto e apenas ignora, me levando no ar com aquele círculo e eu sinto o tamanho da enrascada que eu acabei de me meter.

  

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⏰ Última atualização: May 02 ⏰

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