Chapter One - The pharmacy assistant

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Berlin. Noite calma e silenciosa. Não se ouvia nem o cantar dos grilos. Quando de repente se ecoa pela casa àquele barulho irritante e inesperado. O homem que estava deitado naquela cama pula com o barulho, aquilo eram horas de um telefone tocar? Ele olha para o relógio na mesinha ao lado, o objeto indicava que eram 03:45 da madrugada. A parte do seu cérebro que já estava acordada raciocina o provável motivo daquela ligação.

Colocando suas pantufas, emburrado, ele vai até a sala acabar com aquele barulho infernal. "Alô?" Disse, tentando esconder a raiva na voz. A pessoa do outro lado falava gaguejando, alguma coisa havia acontecido.
"Quem? Não posso acreditar. Pode deixar delegado, estarei ai em alguns minutos."
E assim, o homem desliga o telefone, nervoso. Agora, o nervosismo não era mais porque lhe acordaram no meio da noite, mas sim, porque o acordaram. Ela atacara novamente.

Com passos firmes foi até o quarto e vestiu um terno, a mulher que ainda estava na cama acordou, e constando às horas no relógio, logo adivinhou."É ela novamente?".
"Sim." Respondeu o homem, rápido, vestindo um sobretudo marrom com um crachá escrito "𝙇𝙞𝙨𝙩𝙞𝙣𝙜". "Quem foi a pobre garota agora?". "A ajudante de farmácia."
"Aquela garota? Mas ela só tinha 15 anos!"
O homem não respondeu nada, apenas confirmou com a cabeça, com uma cara de pêsame, depositou um beijo na testa de sua esposa e saiu.

Luzes iluminavam a última rua daquele bairro humilde, coloriam o lugar, curiosos saiam nas janelas para ver o que estava acontecendo, despertados pelo barulho e luzes dos camburões, ou a sirene da ambulância.

Listing chegou em seu Audi R8, e foi correndo até o círculo de pessoas mais curiosas ainda que fizeram o esforço de sair de suas casas para ver o corpo de perto.
"Licença, Licença, detetive Listing...". Chegou o homem de longos cabelos loiros correndo, mostrando seu crachá para pedir passagem.

Chegando em frente do corpo, não pode evitar se espantar, mesmo já tendo visto outros no mesmo estado. Mas agora, era o corpo de um jovem, uma garota de 15 anos, toda esfaqueada deitada em uma poça de sangue com vários cortes rasos pelo rosto, braços e pernas, perceptíveis pelos rasgos na roupa, mas os cortes na barriga e pescoço eram profundos. "Provavelmente, morreu com o esgotamento de sangue, mas ainda vão fazer a análise melhor." Comentou o delegado Schäfer, o que havia chamado Listing. "Onde está a marca?". "Dessa vez foi na nuca, detetive". Ele se aproximou do corpo, tentando ignorar o sangue no chão e o que ele causaria aos seus sapatos, sem problema algum ele ergueu a cabeça do morto do chão e constatou a marca registrada do assassino alí, marca de uma boca, uma boca com batom preto.

Já fazia algum tempo que crimes como àqueles estavam acontecendo, e o assassino sumia sem deixar pista alguma.
A primeira vítima foi uma advogada muito importante na cidade, de 25 anos, foi encontrada morta ás 03:30 em frente a sua casa, toda esfaqueada e com a marca de batom em sua bochecha.
A segunda foi uma mera camponesa de 20 anos, encontrada morta ás 04:00 perto de sua barraca onde vendia morangos, esfaqueada e com a marca do batom na testa. E assim, sussessivamente, sempre mulheres jovens, sempre esfaqueadas, sempre com a marca de batom em alguma parte do corpo, e sempre perto das 03:00 da madrugada. O médico legista já havia constatado, a morte de todos ocorreu exatamente ás 03:00 horas da madrugada. Mortas da mesma forma, a arma devia ser uma faca de aproximadamente 5 centímetros, talvez uma faca cirúrgica, usada para operações médicas, e sobre a marca do assassino, o batom preto, então, o assassino seria uma mulher, a assassina.

Mas, quem mataria mulheres esfaqueadas? Nenhuma vítima tinha relação com a outra, nenhum crime estava interligado, não havia motivo aparente para alguém as mata-lás.

Connie Brown, 15 anos.
Não tinha inimigos, trabalhava como ajudante na farmácia para ajudar a mãe, que estava desempregada a alguns meses, seu pai havia morrido há 7 anos, ela era
filha única.

"Pobre garota, mas o que fazia sozinha por aqui, ás 03:00 horas da madrugada?".
"Parece que não ia trabalhar hoje e então resolveu ir se divertir em alguma balada, mas na volta pra casa teve o azar de cruzar com a delinquente do batom preto.
"Quando eu colocar as mãos nessa vadia..." Rosnou Listing.
"Calma... vamos apanha-lá, ela sabe disso..."

"Oi mãe, estou chegando, já sai de lá".
A garota vinha sozinha, a noite havia sido boa, ela estava satisfeita, uma semana de descanso do serviço, férias da escola, planejou aproveitar bem esses dias. Virou a esquina, estava a dois quarteirões de casa, havia se despedido dos amigos a algumas ruas atrás.
"Ei, garota... está sozinha?"
Ela ouviu uma voz, olhou para trás, para os lados, não havia ninguém ali. Apressou os passos, mas...
"Ei garota, está me ouvindo?".
Seu corpo gelou, ela paralisou de medo. Passos... ouviu passos atrás mas o medo não a deixava se virar.
"Você é Connie não é? A ajudante de farmácia..."
- 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐚𝐣𝐮𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐟𝐚𝐫𝐦á𝐜𝐢𝐚... - pensou a garota, mas sua mente estava branca em consequência do medo. Afinal, o que poderiam lhe fazer ali? Naquela rua escura e silenciosa, ás 03:00 horas da madrugada, com todos dormindo...
"Você não vai se virar? Não quer ver meu rosto menina?". O medo a congelava. Uma risada ecoou pela rua, mas não foi alta o suficiente para acordar alguém.
"Bem Connie... eu... posso te beijar? Sinta a textura do meu batom preto..."

𝐁𝐚𝐭𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐞𝐭𝐨?

A mente de Connie só conseguia ecoar às palavras "BATOM PRETO".
Junto com aquele beijo na nuca veio a faca, uma faca que perfurou às costelas da garota e a fez cair no chão. No meio da rua, um assassinato. Só aquela facada não foi o suficiente, o suficiente nem para matar e nem para saciar a sede de sangue da pessoa que a queria morta. O assassino queria ver sangue, muito sangue. Não só no cadáver, mas no chão, em sua pele, nas suas roupas e até... em sua boca.

"Já ultrapassou o limite! Essa mulher é louca, uma serial killer, não podemos a deixar solta detetive!" Reclamava um morador da rua." Não podemos afirmar que é uma assassina, pode ser um homem".
"Um homem? Um homem usaria batom?" Perguntou, enfurecido outro morador.
"Não é impossível, e além disso, o assassino pode querer nos confundir, não podemos nos limitar a investigar mulheres.
"O detetive está certo." Disse o delegado Schäfer. "Agora vamos cada um para sua casa, e nos informe a cada figura suspeita".
Os homens do necrotério recolheram o cadáver enquanto a mãe da garota se afogava em lágrimas tentando ficar perto do corpo, sem vida, da filha.

O detetive Listing encostou em seu carro, acendendo um cigarro, acompanhado pelo delegado.
"Todos estão em pânico, tem medo até de sair de casa!. Fazia muito tempo que eu não enfrentava um caso como esse". Listing solta a fumaça através de um longo suspiro.
"O que fazer detetive? Cada vez que dá 03:00 horas da noite é esperado um novo assassinato. Sugere que coloquemos guardas por toda cidade sempre ás 03:00?". 
"Fizemos isso dá outra vez não foi? Isso não impediu que ela destrosasse aquela pobre professora". Coisas desse tipo deixava Listing furioso.
"Ela? Apesar de eu dar o discurso de que pode ser um homem, acho que devemos dar prioridade na investigação as mulheres". "Sim, eu também acho isso..." Concorda o delegado Schäfer.
"Bem, até mais delegado!" Dito isso o detetive joga o cigarro fora e entra no carro.

~ 𝗖𝗢𝗡𝗧𝗜𝗡𝗨𝗔...

𝐍𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐫𝐚✮: esse foi o primeiro capítulo, é a minha primeira darkfic, espero que gostem xuxus, bjos!♡

𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 𝐋𝐈𝐏𝐒𝐓𝐈𝐂𝐊 - Bill Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora