Capítulo 13 - Dire la Vérité

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Jogo de Cartas

Capítulo 13 - Dire la Vérité
02 de setembro - Paris, França

[...]

(Quebra de tempo)

Caminhavas rapidamente até um dos laboratórios de Anatomia, já que te encontravas alguns minutos atrasada para a aula. Apressavas-te em passos largos, mas pela imensidão do Campus, tinhas dificuldade em diferenciar em qual sala estariam os alunos da 124. Quando encontrada, abrisse a porta rapidamente e acidentalmente assustasse alguns dos estudantes. Tirasse proveito para te desculpar e corresse até o lado da garota que conhecias.

Claire: Dormiu no despertador, foi?

Natalie: Me empolguei achando que conseguiria ficar mais cinco minutos na cama.

Claire: Sente-se aqui. — levantou-se e te cedeu a cadeira que se sentava para que pudesses descansar.

Natalie: Obrigada, Claire!

Ela assentiu e sorriu para ti.

Natalie: Que cheiro horrível é esse? — cutucasse seu ombro.

Claire não te respondeu e apenas apontou para um dos cantos do local, a qual deitava-se um cadáver com a região torácica aberta. Arregalasse teus olhos pela imagem à tua frente, já que não estavas preparada para presenciar uma aula de Anatomia. Puxasse uma das pontas superiores do jaleco que usavas para cima do teu nariz, sentindo apenas o odor do látex das tuas luvas e tentasse superar o mal-estar que te consumia naquela hora.

Cerravas teus olhos em certos momentos devido ao desconforto tanto pelo cheiro, quanto pelo que tua visão te proporcionava, agonizada ao ver as mãos enluvadas do médico perpassarem livremente pela área pulmonar, indicando as funções e os tecidos dos órgãos próximos ao sistema respiratório. Por mais que não eras afligida ao ver sangue ou corpos em decomposição em decorrência da tua profissão, não podias deixar de engolir as péssimas sensações que sentias.

Depois de alguns minutos apoiando tua testa em tuas mãos, tentando levar tua imaginação para longe do laboratório, notasse certa mão te consolar ao se sobrepor em teus ombros.

Claire: Falta pouco, Bia.. — indicou docemente em teu ouvido.

Natalie: Eu tô mal.. eu tô horrível.. eu tô péssima.. acho que eu vou..

Claire: Calma, calma.. vai ficar tudo bem. Aguente só mais um pouco.

Posicionou-se em tua frente e segurou tua cabeça entre seu pescoço delicadamente. Nessa, ela colocou-te colada em sua clavícula e bloqueou o odor de ser inalado por ti ao firmar teu jaleco por cima de teu nariz como fazias, protegendo-te.

Claire: Até diria para você respirar fundo, mas acho que se você respirar, é capaz de você piorar. — cochichou.

Natalie: Eu t-to melhor..

Com teus braços ao redor de sua cintura, agarrasse-a e a envolvesse num abraço, na esperança de aliviar teu desespero e recuperar teu fôlego. Assim que ela percebeu teu estado, focou sua atenção completamente em ti, aproveitando que eram os minutos finais da aula e já havia prestado a atenção suficiente. Pôs sua mão por teu cabelo e te acariciou, barrando-te do mal-estar que sentias com suas carícias.

Por um certo período, esqueceste do que acontecia em tua volta e deixasse que o conforto de seu carinho tomasse conta de ti. Seu doce perfume à base de baunilha te cativava ainda mais ao estar colada em seu pescoço e a maciez de seu toque te mantia leve como algodão enquanto te acomodavas em seus braços, relaxando teus músculos e se tranquilizando em relação à aula anterior.

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