BÚSSOLA DE VEGVÍSIR | Jikook

01.I - O pecado veste branco

Isto é uma bússola de vegvísir! — ditou-lhe em um sussurro melancólico.

[27 horas antes]

A mesa da realeza jamais veio a presenciar um par de olhos tão conturbados quanto a vastidão castanha de Jungkook, cujo aquela onde a pupila tornou-se uma exorbitante dilatação diante do que via e ouvia, de estar ali e o porquê de estar ali.

Poderíamos cogitar a ideia de que talvez sentir-se pequeno ou irrelevante perante ao que é, como pessoa, quando se está frente a frente com a rainha escocesa, é uma grande hipótese. No entanto, era algo que o intimidava muito além do que a feição de superioridade da excelência e este algo era formado por palavras convictas de um mandato sobre o papel grunge que Jungkook lia e relia, acreditando que talvez, se seus olhos passassem por ali mais vezes, suas claras interpretações pudessem mudar de forma desconhecida.

Tão como o encerramento de uma estação para o início de outra, o inverno parecia ter chegado no corpo de Jungkook, através de uma onda atordoante que corroía seu interior, congelando qualquer perspectiva detectada em seu sistema límbico, ao passo de que seu coração transbordava amargura e seu corpo, de forma contraditória, passou a ser preenchido por um vazio. Suas mãos, vagarosamente tocam o papel de forma cuidadosa, devido a delicadeza e fragilidade do material, enquanto sentia uma gota de suor insistindo em cair por sua testa.

A intensidade que Jungkook sentia, era inigualável, mas aos que também estavam presentes na mesa, os sinônimos destes mesmos sentimentos, não passavam despercebidos. No entanto, a cada momento que as turbulências de emoções colidiam para com tais, estavam cientes de que aquilo era previsível e em algum momento iria acontecer, perante a uma ilha Grã-Bretanha violenta.

“Mandato de emergência de todas as classes e divisões da Marinha Escocesa”

O território escocês tornou-se uma das únicas cobiças dos ingleses e diante dos conflitos políticos e religiosos, toda esta ambição intensificou-se. Como um ladrão que vem a noite, datas e horas são imprevisíveis, no entanto, Park Sooyoung, a rainha da Escócia, estava a par de que uma invasão ao país estava a prestes a acontecer, diante do conhecimento da índole de seus inimigos e o ato de reivindicação a coroa do rei da Inglaterra, Edward I.

Com o parlamento decidido a realizar o envio da marinha escocesa ao mar, junto à estratégias de defesa, um cronômetro de 27 horas foi proporcionado para o chamado da tripulação, cujo a areia da ampulheta daria início assim que os quatros capitães da marinha atravessassem a porta, rumo aos preparativos dos embarques de todas as classes.

Park Sooyoung sabia que o início do fim estava prestes a começar, pois aquilo estava longe de ser uma guerra de gigantes e que as chances da queda da Escócia acontecer, eram grandes, perante ao tamanho desproporcional de poderes. No entanto, a determinação pela independência gritava mais alto em seus plenos pulmões. Da mesma forma que o título de capitão de corveta fez com que os plenos pulmões de Jungkook também gritassem e ele finalmente o alcançou há cerca de três meses. Este era um de muitos motivos pelos quais lhe traziam melancolía.

Jungkook e os outros três — onde dentre eles estava Kim Namjoon, o capitão de todas as classes —, ergueram suas cabeças, tendo os olhos da rainha sobre eles, onde, apesar de uma feição de superioridade, carregava uma feição compreensiva, com intuito de trazer conforto para um situação que todos ali, presentes a sala real, sabia que era um possível caminha sem volta.

— Escócia, de tu és proporcionado méritos a nós... — ditou-lhes Sooyoung se pondo de pé, fazendo com que os quatros capitães se levantassem.

— ...e até mesmo a mim, sacrificarei por vós! — proferiu os soberanos da marinha, antes de efetuarem uma reverência.