02.II - Onde devo estar

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[10 minutos antes]

O vento gelado que colidia contra a face de Jeon, fazia seus olhos se fecharem enquanto o mesmo respirava fundo. E todos que o olhassem ficavam se questionando sobre como estava tão tranquilo diante de tudo isso. Mas o que mal sabiam, era que por dentro, a mente de Jungkook estava uma perfeita bagunça e o que lhe restava eram olhos vazios e um coração partido.

Estava exausto devido a falta de sono, já que sua madruga foi resumida em lágrimas que encharcam o travesseiro e soluços que faziam sua garganta doer. No entanto, nada em seu físico doía tanto como a dor de não ter tido uma resposta que poderia ter mudado o seu destino por aquela manhã.

Todos os membros da tripulação junto à seus capitães estavam em pé sobre todos os navios, de forma que a rainha, Park Sooyoung, em terra, rodeada por seus guardas, passava seus olhos por todos os navios, captando a feição de cada membro, que não parecia ser muito diferente. Todos carregavam um semblante corajoso e sério, quando na verdade, tinham turbilhões de sentimentos corroendo seus corpos.

Além dos guardas que rodeavam a monarquia, havia também guardas que limitavam o povo escocês de alcançar uma determinada distância para com a realeza. Mas isso não impedia o povo de cochichar coisas como: “apesar de não ter muitas chances, esperamos que nossa tripulação volte ao reino”, “Deus os protegerá com seu manto de justiça”, “Que Deus cuide das almas dos homens que lutam pelos seus”.

Dando alguns passos para frente, a rainha faz o povo calar-se, pois deduziram que Sooyoung tinha algo a dizer e para uma população que costuma espalhar o que é falso, desta vez, eles estavam certo.

— Nós, povo da Escócia, temos o coração transbordando de gratidão por vocês, homens, cujo o peito não teme a espada — Praguejou-lhes a Rainha, cujo a voz era alta para que todos os membros pudessem ouvir. Apesar de não ser um ato muito eficiente, já que a quantidade massiva dos membros da tripulação, não favorecia tanto sua voz. No entanto, não havia outro método — Escócia, de tu és proporcionado méritos a nós... — assim que Sooyoung dita, todos os membros da tripulação, junto ao guardas e o povo escocês, gritam em uma única voz:

— ...e até mesmo a mim, sacrificarei por vós! — o reinado escocês faz reverência — Estão prontos para partir.

Dando-lhes o sinal, os capitães e oficiais espalhados pelos navios, indicam o início da partida. Jeon Jungkook vira-se para ordenar o retiro das escadas e a subida das âncoras para que a navegação pudesse ser feita. No entanto, antes que pudesse gritar o que pretendia, ele escuta as armaduras dos guardas fazerem barulhos, como se tivessem agitados.

Assim que todo o reinado, o sons das roupas pesadas chamou-lhe atenção, fazendo mirar em direção de onde deu-se origem aos barulhos, vendo a cena de Park Sooyoung, a rainha, tendo sua cintura rodeada por um guarda, como se estivesse a segurando para cair, enquanto mais dois guardas estavam à sua frente com as espadas rumo à três guardas, que parecia barrar a passagem de algo ou melhor, alguém.

— JUNGKOOK! — a voz do indivíduo que gritará seu nome, faz seus olhos se arregalarem, ao passo de que consegue fitar os cabelos loiros agitados junto a um corpo que tentava escapar dos guardas, que naquele instante, eram seus obstáculos.

Saindo em meio a multidão de guardas e logo sendo perseguidos, o garoto por quem chamou seu nome, corre em direção ao navio do capitão corveta, com os olhos e nariz vermelhos, de vestes brancas, subindo as escadas e quando estava prestes a invadir o navio, foi alcançado pelos soldados reais, que o seguraram.

Seu corpo era envolvido por braços fortes que o tentavam puxar para fora da escada, mas o garoto se contorcia, como se sair dali sem realizar seu propósito, o levaria ao fim de sua vida e sempre que era arrastado por um degrau abaixo, ele subia dois degraus para cima, em meio a uma perseverança de alcançar aquilo que o olhava ao topo da escada.

BÚSSOLA DE VEGVÍSIR | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora