Capítulo 4

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LIAH

Aproveito o clima bom para me sentar na espreguiçadeira na varanda da casa e ler um bom livro, está um pouco frio e nublado, o sol quase não aparece, arrisco dizer que o clima é perfeito para uma quase imortal.

Edward se aproxima sentando na espreguiçadeira ao lado e me olha sorrindo.

Edward: Um livro muito educativo não acha?

Liah: Saia já da minha mente! - o ameaço

Edward: Foi só um comentário - ele ri - vai ser uma excelente advogada se continuar lendo este tipo de coisa

Liah: Eu nem sei se ainda quero cursar direito

Edward: É uma boa profissão, vai conseguir juntar um bom dinheiro e começar sua vida, sua família

Liah: Isso se eu continuar humana, o que sinceramente, não está nos meus planos

Edward: Pense muito bem antes de tomar essa decisão

Ficamos em silêncio por alguns minutos, até meu irmão falar

Edward: Eu quero que conheça uma pessoa - analiso sua expressão, ao contrário do enxerido aqui, não gosto de bisbilhotar a mente alheia

Liah: Quem?

Edward: Um amigo... - ele desvia o olhar se levantando - podemos ir agora se quiser

Liah: Desembucha Cullen - cruzo meus braços

Edward: Tudo bem - diz sentando novamente - não é seguro para você e nem para nós continuar aqui, você sabe, Brasil é sol e calor, vão perceber que você ainda é humana

Liah: É eu sei, mas aonde quer chegar com isso?

Edward: Conheço uma pessoa que pode te abrigar, lá você vai estar segura, e nós estaremos sempre por perto caso precise

Liah: Mas e quanto ao tratamento?

Edward: Os próximos passos são te fazer conviver com humanos, dar um tempo no veneno, ver como seu corpo reage fora da rotina. Ainda vamos te ver uma vez por semana e depois uma ou duas vezes ao mês, conforme formos evoluindo

Liah: Ok, se todos estão de acordo com isso - sorri - o mais importante é a nossa segurança

Edward: Ótimo - ele sorri também - vamos lá?

Afirmo com a cabeça e me levanto seguindo meu irmão, ele pega uma mala minha que ainda nem foi desfeita e a leva até o carro colocando no porta malas. Entramos no carro e então ele dá partida.

Me distraio vendo as diferentes paisagens da cidade, Rio de Janeiro, há quanto tempo não venho aqui!
Me perco em meus pensamos não percebendo o tempo passar mas sou trazida de volta a realidade quando o carro para em frente à um grande portão em aço, estamos em frente à estrada de uma favela.

Edward: Eu quero falar com o chefe, ele está?

- E quem é você? - o garoto de aproximadamente uns 19 anos de idade pergunta

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