Olá de novo! Como vai?
Fiquem com o prólogo dessa história, pode ser confuso, mas vocês vão entender com o tempo. Amo vocês!🫀
Em um mundo onde fadas talvez existam, pessoas se transformam em leões, gatos e até cachorros, vampiros podem sair de dia e comer torta de morango, bruxas vendem pó mágico e feiticeiros foram banidos; uma guerra começou.
Era uma vez quando seis grandes forças se encontraram no vasto universo arroxeado e decidiram criar um planeta. Simples, como quando você se reúne com os amigos e decidem matar aula, eles juntaram as mãos e uma luz insuportável aos olhos irrompeu.
Cada um usou de seu poder para criar uma parte daquele mundinho pequenininho. Flora, com seus cabelos esverdeados e bondade de sobra, deitou e deixou que seu corpo se tornasse terra e montanha, árvore e flor. De sua força, surgiram bruxas, não más, e sim bondosas com sorrisos generosos.
Aquarae, com sua coragem e arrogância, deixou que suas lágrimas de puro ódio tocassem a terra e virassem rios, oceanos e lagoas, com correntezas tão raivosas quanto si próprio. De sua instabilidade, surgiram seres humanos tão frágeis quanto si próprio.
Aire levou um tempo a decidir o que faria. Cansado, ele suspirou, e por acidente, de seu suspiro surgiu ventania, enchendo o pequeno planeta, e desesperado, ele pousou suas mãos sobre a terra para consertar seu erro e logo de suas palmas apareceram feiticeiros de postura reta e olhar perdido, tão desastrados quanto seu deus.
Gargalhando de seu amigo, a selvagem Leona por sua vez não hesitou, saltando e correndo, deixando para trás labaredas e chamas que cresciam cada vez mais. Felizes e inconsequentes, os animas nasceram, virando rato, cobra e leão.
Com quase tudo pronto para a vida funcionar normalmente, Luceat sorriu e fechou os olhos, deixando que de suas unhas afiadas se formassem vampiros rápidos e sábios, que olharam para o horizonte e viram o sol começar a nascer, assim todos no mundo vibraram; o tempo começara a passar.
E quando o primeiro ser vivo morreu, foi necessário que Ravit acordasse e tomasse forma, permitindo que os mortos vagassem invisíveis, se assim desejassem.
É uma pena que, bilhões de anos depois, os feiticeiros resolveram aproveitar de toda a magnitude dos poderes de Aire para dominar seus irmãos e irmãs, gerando revolta e ódio. As raças se juntaram e decretaram: os feiticeiros precisavam morrer.
E foi assim que a raça da feitiçaria chegou ao fim em meio aquilo que chamaram de A Guerra das Raças.
É claro, isso até um menino feiticeiro correr pelas ruas de Paris, três mil anos depois.
🫀
Paris, França, 15 de agosto de 1505.
O vento ricocheteava em meu rosto com fúria, o céu se fechava em acinzentadas nuvens espessas, pequenas gotas da chuva que pairava sobre minha cabeça atingiam a grama molhada como se quisessem transformar em chocolate toda a lama sob meus pés.Eu corria sem parar por um milésimo de segundo, mirando a maldita praça da maldita cidade em que vivia. As roupas esfarrapadas mal cobriam meu corpo, que se arrepiava e tremia de frio em meio ao inverno rigoroso francês. Era pleno Natal e eu corria feito louco para chegar onde me disseram que ela estaria.
Oito anos. Eu tinha oito anos quando tive que correr e implorar pela vida de minha mãe.
Os guardas de uniformes vermelhos como uma maçã pararam à minha frente, segurando meus braços magros, empurrando-me ao chão e pressionando minha testa na pedra fria, manchando o cabelo claro com o barro do chão daquela praça imunda.
—Onde pensa que vai, cria de bruxa?— O homem de barba longa e dentes amarelados pergunta com um sorriso psicótico.
— Soltem-me! Minha mãe não é bruxa! — praguejo, contorcendo-me no chão molhado, sentindo os pingos irritadiços caírem com força nas minhas costas.
Estava mentindo e sabia disso. Minha mãe era uma bruxa, mas não a que eles imaginavam que era. Malditos sejam todos os inquisidores!
— É uma lástima que um garotinho tão bonito tenha vindo do ventre de uma meretriz — segrega um cavaleiro de cabelos loiros e mãos repugnantes, essas que seguram meus fios e forçam meu rosto para cima.
— Meretriz é a mulher que teve coragem de criar um monstro igual a você! — cuspo as palavras rente a seu rosto, com uma fúria que nunca senti antes.
O guarda de fios claros irrita-se, afunda minha cara no chão, levanta-se e pisa com suas botas sujas de barro em minhas costas. Arranca todo o ar de meus pulmões, fazendo-me arquejar, os olhos se encherem d'água e a boca se abrir em um grito mudo.
— Assista sua mãe ser consumida pelas chamas e tenha o que merece, pirralho maldito — pragueja com sua voz abominável. Eu iria responder a altura, isso se ela não tivesse entrado em meu campo de visão.
O corpo magro sangrando em todos os milímetros, o rosto antes tão belo, agora completamente sem vida. Os olhos azuis baixos se erguem, vendo-me e se arregalando como se quisessem saltar para fora, a boca se abrindo em um grito horrorizado que demorou a sair.
A partir de algum momento, eu não diferia mais o que era chuva em meu rosto e o que eram lágrimas, só sabia gritar e arrastar-me pelo chão, ainda sentindo o peso insuportável da botina de couro.
Eu vi quando as chamas nasceram, com a chuva sendo incapaz de parar as labaredas que subiam pelo seu frágil corpo, vi os farrapos que vestia se transformarem em um tecido negro que diminuía a cada segundo, vi sua pele se avermelhar e depois se abrir como uma cortina sendo rasgada.
Eu vi seus olhos tão azuis quanto um oceano perderem o brilho de milhares de estrelas e se transformar em um quadro vazio. E ouvi quando sua voz deu seu ultimo grito, tão rouco, tão torturado, tão arrastado e tão choroso.
—JIMIN!
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Magic Blood • JJK + PJM
VampirosO planeta Terra possui 6 raças. Os feiticeiros foram banidos. Uma noite fria, uma festa de natal com mais álcool do que oxigênio, um vampiro de cabelo tingido de vermelho cereja, um feiticeiro de olhos azuis piscina, uma catástrofe proeminente de...