Il vuoto

109 6 11
                                    


NARRADOR(A)

Seul, Coréia do Sul.

Após o emocionante beijo de despedida entre Vincenzo e Cha-young, Vincenzo parte, deixando Cha-young sozinha naquele museu. Ela está parada, olhando para onde ele desapareceu e sente o calor das lágrimas em seus olhos.

O coração de Cha-young se aperta já sentindo a saudade,o amor e a realidade da partida de Vincenzo. Ela coloca a mão sobre seus lábios, onde ainda pode sentir o gosto do beijo de despedida, e as lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.

O vento suave que balança as folhas das árvores e a tranquilidade ao seu redor acentuam a sensação de solidão que ela está experimentando naquele momento. As lágrimas caem, e ela permite-se chorar silenciosamente, enquanto tenta lidar com a intensidade das emoções que o beijo e a partida de Vincenzo desencadearam.

Essas lágrimas são uma expressão profunda de amor e saudade, um lembrete de como Vincenzo se tornou uma parte significativa de sua vida. Cha-young sabe que, embora ele tenha partido, o vínculo entre eles permanece, e ela não tem certeza de quando ou como se reunirão novamente.

-♡-

6 meses depois

NARRADOR(A)

Malta-

Vincenzo retorna a seu esconderijo depois de uma briga intensa com um membro da família Luciano, o rosto machucado e a respiração pesada. Ele está coberto de sujeira e sangue, e suas mãos estão especialmente sujas após o confronto. Ele sabe que o que fez não é algo de que deva se orgulhar, mas no mundo em que vive, a violência muitas vezes é a única maneira de sobreviver.

Com cuidado, ele vai até o banheiro, seus passos marcando o chão de maneira lenta e pensativa. Ao abrir a torneira, a água fria corre sobre suas mãos ensanguentadas. Vincenzo olha para as mãos, sua expressão não demonstra sentimentos.

Ele esfrega as mãos com sabão, com a água levando embora a sujeira e o sangue. Ele observa o vermelho escorrer pelo ralo.

Após lavar as mãos, Vincenzo se olha no espelho, encarando o homem que ele se tornou. Ele limpa o sangue em seu rosto e vai em direção ao seu quarto.

Ele fecha a porta com um suspiro pesado e se senta na beira da cama, exausto e com a respiração acelerada.

A escuridão do quarto reflete a escuridão em sua mente e em sua vida. Ele se sente perdido, cercado por um mundo sombrio de violência e intriga. As palavras que trocou e os tiros que desferiu ainda ecoam em sua mente.

Vincenzo olha para as mãos, agora sujas pelo sangue de outra pessoa. Elas são ferramentas de destruição, que só trazem dor aos outros. Ele questiona suas escolhas e a jornada que o trouxe a esse ponto.

Vincenzo: Como... eu cheguei aqui?

Com um profundo suspiro, ele fecha os olhos, tentando encontrar clareza em meio à sua própria escuridão. A luta contra a família Luciano é uma batalha que parece não ter fim à vista.

Mesmo que o caminho fosse incerto e assustador, ele jurou que acabaria com a escória que atormenta o mundo.

Vincenzo Cassano se encontra sozinho, perdido em pensamentos sombrios e pesarosos. A garrafa de vinho tinto italiana repousa sobre a mesa de madeira, uma tentadora aliada em sua busca por escape. Com mãos trêmulas, ele pega a garrafa e despeja o carmesim líquido em uma taça de cristal.

Os primeiros goles são fortes, como uma explosão de sabor que queima sua garganta. Ele fecha os olhos, permitindo que o calor do álcool percorra seu corpo. Cada gole é um alívio temporário das pressões da máfia e do mundo que ele conhece tão bem. À medida que a noite avança, o líquido âmbar continua a fluir, e os pensamentos tortuosos começam a se desvanecer.

A garrafa já está pela metade quando seus olhos começam a pesar, e o cansaço o envolve como um abraço suave. Com um suspiro profundo, ele coloca a taça vazia de lado e fecha os olhos, entregando-se ao abraço da embriaguez. Pouco a pouco, seu corpo cede, e ele afunda em um sono inquieto, enquanto a garrafa de vinho permanece silenciosamente como sua única companhia naquela noite sombria.

-♡-

Seul-

O Senhor Nam entra no escritório com um sorriso caloroso no rosto. Ele se aproxima de mim , que ainda estou descansando na cadeira após a vitória no caso da mãe de Vincenzo.

Senhor Nam: Parabéns por ganhar o caso. Eu estou muito feliz! Tenho certeza de que Vincenzo também ficará feliz quando souber.

Me levanto da cadeira, e o cansaço em meus olhos é substituído por um brilho de gratidão.

Eu olho para a cadeira que costumava pertencer ao Vincenzo. Agora, vazia todos os dias.

Chayoung: Obrigada, Senhor Nam. Significa muito para mim. Este caso era importante, e estou feliz por termos conseguido a justiça que a senhora Oh merecia.

Nós dois sorrimos.

Senhor Nam: Chayoung, como você acha que o Vincenzo está depois de tudo o que aconteceu?

Olho pensativa para o canto em que o advogado costumava ficar e depois respondo sem certeza, mas tento demonstrar confiança.

Chayoung: Tenho certeza de que ele está bem, Senhor Nam. Apesar de todas as dificuldades, Vincenzo é forte e determinado. Ele sempre encontra uma maneira de superar os obstáculos. Além disso, agora que conseguimos a vitória para sua mãe, tenho certeza de que isso trouxe algum alívio para ele.

O Senhor Nam assente, parecendo aliviado com a resposta.

-♡-


VINCENZO

Eu desperto em um sobressalto, meu rosto contorcido de angústia enquanto as imagens de minhas vítimas me assombram. No pesadelo, rostos famintos por justiça olham para mim com olhos acusadores. Eles não dizem uma palavra, mas suas expressões mostram seu sofrimento. Sinto a culpa pesando sobre meus ombros, mesmo que não me arrependa.

Me agarro aos lençóis, suando frio, com a respiração ofegante. Meus olhos se ajustam à claridade do quarto, e eu percebo que estou de volta à minha realidade. No entanto, a sensação de culpa e o peso dessas ações passadas não me abandonam.

Me sento na beira da cama por um momento, reunindo coragem após o pesadelo assombrador. Minha respiração ainda está acelerada, e o peso da culpa permanece em meus ombros.

Me levanto e caminho até o banheiro retirando a roupa. Ligo o chuveiro, ajustando a água para fria e, hesitante, entro embaixo do jato gelado. A água fria atinge meu corpo, fazendo-o estremecer, mas eu consigo suportar, sentindo a sensação de choque gradualmente acalmar minha mente.

Enquanto a água fria corre sobre mim, eu fecho os olhos e tento me concentrar no presente, afastando os fantasmas do pesadelo.


Eu preciso escapar desse vazio

Não tem outra escolha, é

Tentando abafar as vozes

O vazio me engoliu

Olhe só a bagunça que eu fiz

Não tem pra onde correr, é

Segurando uma arma carregada

O vazio



-☆-

Espero que tenham gostado desse capítulo!

𝔑𝔬𝔫 𝔩𝔞𝔰𝔠𝔦𝔞𝔯𝔪𝔦Onde histórias criam vida. Descubra agora