Faixa 1 ♪

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Notas da autora: Escrevi essa fanfic em junho, em um momento muito sensível, mas não tive ânimo para postar. Fui muito feliz escrevendo essa história, fui muito feliz pensando nos taekook enquanto escrevia ela. Precisava espairecer, fugir das outras histórias que já escrevo há anos e tirar algo novo de dentro do peito. Espero de coração que gostem. É um pedacinho de mim para vocês.

Serão 4 capítulos no total. Vou postar todos de uma vez só, então, por favor, se gostarem comentem aqui. É tão bom essa interação. Desculpem qualquer erro, não foi betado.

Boa leitura, nos vemos nas notas finais do último capítulo ♥

Boa leitura, nos vemos nas notas finais do último capítulo ♥

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FAIXA 1

A obviedade do que me inspira

Quando eu tinha seis anos acreditava que todos os sonhos eram realizáveis, pensava que nada ficaria para trás e que a vida sempre cooperaria comigo e com os meus desejos. Talvez isso tenha me ocorrido pela pouca idade ou talvez por ter crescido em um ambiente onde não havia limites para sonhar. Meu pai era uma estrela do rock, e estrelas do rock são como deuses na terra, se eles dissessem "que haja luz" centenas de luzes brilhariam no palco. Essa era a lei e eu cresci em torno dessa atmosfera mágica que só os holofotes e os flashes das câmeras podem te oferecer. Confesso que naqueles tempos nunca entendi completamente como toda a fama e o dinheiro impactavam a vida da nossa família e foi somente por volta dos meus nove anos de idade que me caiu a ficha: nem todo mundo andava de limusine aos domingos, viajava para diversas cidades todos os meses ou tinha o Ozzy Osbourne como um visitante recorrente na sua casa. A minha vida era atípica e isso resultou em uma quantidade enorme de elogios exagerados e presentes fora de hora, mas também na dolorida inexistência de amigos leais e verdadeiros. Os poucos que tentaram cultivar uma amizade comigo, em grande parte das vezes, eram forçados pelas mães fanáticas que me enxergavam apenas como um atalho até o meu pai. Era deprimente, lembro-me bem da sensação.

Tudo ficou diferente quando o tio Choi resolveu se separar de vez da esposa dependente química e se mudou para Los Angeles após conseguir a guarda do único filho. Não que o tio Choi fosse um santo, papai mesmo dizia que eles adoravam dar um tapa juntos, mas Choi não era viciado. "Não como aquela maldita piranha" papai xingava sempre que ele faltava aos ensaios porque a esposa drogada estava metida em encrencas. O tio Choi e meu pai eram os melhores amigos do mundo inteirinho, antes mesmo de eu existir. Eles se conheceram no ensino médio e não se desgrudaram mais desde então. Quando ambos fizeram dezoito anos formaram a Seven Seas, uma banda de hard rock que depois de tocar em alguns porões de Seul e em casas noturnas de Londres teve suas músicas reconhecidas e grandes oportunidades surgiram a partir disso. Foi quase irreal o sucesso que eles fizeram. As composições do Tio Choi se encaixavam perfeitamente com a voz grave do meu pai, e todos ficaram surpresos em como eles eram bons. As músicas falavam sobre mulheres, amores perdidos, a incompetência do governo e a busca pela paz interior. Tudo isso com um solo de guitarra ao fundo, um solo que só o tio Choi seria capaz de fazer. Era de tirar o fôlego.

THE VANTES [Taekook]Onde histórias criam vida. Descubra agora