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Chegamos nos portões da mansão e meu queixo foi logo caindo. Ela era bem maior do que eu vi nas pesquisas, era de um tamanho sem medidas. Monty parou na entrada e nos identificamos, logo estacionamos o carro e caminhamos até a porta de entrada. Eu me sentia uma formiga no meio do deserto atravessando aquele pátio gigante até a porta que era do tamanho da minha casa. Toquei a campainha e fiquei a esperar, passou um longo tempo e ninguém veio, até quando fui tocar de novo a porta foi aberta.

Uma garota loira abriu a porta e me olhou dos pés a cabeça abrindo um sorriso leve. Ela era a Adria Hilker, filha caçula do presidente, uma neném ainda com seus 16 anos. Ela estava no uniforme da escola refinada que estudava e seu cabelo loiro caía em ondas em torno do rosto pequeno e delicado coberto de maquiagem. 

—Olá, vocês devem ser os eletricistas, entrem — ela deu espaço para entrarmos e assim fizemos.

Me perdi com o tamanho da sala de entrada, era toda decorada com objetos de luxo e toques de riqueza além do que eu já havia visto, era tudo impecável do tipo de da pena de pisar no chão. Olhei para Monty que estava boquiaberto com tudo aquilo também. Acompanhamos a menina que nos levou até a sala principal que era de se perder do mesmo jeito, uma TV gigante que mais parecia uma tela de cinema estava ligada na série La Casa de Papel, a minha favorita. 

—Desculpa a demora para atender vocês, nosso mordomo estava ocupado e a minha belíssima e amável irmã não teve coragem suficiente para levantar o rabo desse sofá e ir atender a porta.

A menina disse pegando uma almofada de uma poltrona próxima e arremessando até um ponto do sofá onde uma garota estava deitada, foi só aí que a vi. 

Aquela era a Luna Hilker, a filha mais velha do presidente. A mídia sempre mostrava uma menina alegre e simpática, que sorria para tudo e educada. Não aquela garota de pijama jogada sobre o sofá e que erguia os dedos do meio para a irmã.

—Vai se ferrar, Adria — ela disse sem tirar os olhos da TV.

—O bom é que as visitas estão vendo como a filha perfeita e intocável do Hamlet é. 

Nesse momento Luna se levantou e nos olhou, mudando completamente sua posição desajeitada. Seus olhos pararam sobre mim e ali ficaram, eu a encarei de volta sem conseguir desviar. Ela era muito mais linda do que se via nas fotos, e ali pude conhecer mais da vida confidencial da princesa. Ela me encarava dos pés a cabeça com os lábios levemente abertos, e porra, que boca linda. Imediatamente meu gaydar apitou e saquei que ela também gostava da fruta, apenas pelo modo como me olhava disse tudo. 

Seus olhos grudaram nos meus e ficamos assim não sei por quanto tempo, Adria falava alguma coisa enquanto caminhava, acordei pra vida e tirei os olhos daquela gata quando Monty tocou meu ombro me chamando. 

—Tá tudo bem? — ele ficou na minha frente.

—Sim, está — falei piscando e olhando para Luna uma última vez antes de segui-lo. 

Os olhos da mulher me seguiram até eu dobrar a curva da sala, foi apenas aí que percebi que estava prendendo a respiração esse tempo todo, fiquei mais calma e foquei no que o mordomo estava falando. Não vi quando Adria saiu e ele chegou, ainda estava pensando nos olhos cor de mel da Luna e em como ela me olhava. 

Pelo visto esse trabalho seria emocionante. 

**

—Ai, inferno! — falei sugando o sangue do meu dedo depois que cortei com o alicate. 

—O que aconteceu aí encima? — Monty perguntou enquanto segurava minha escada.

—Nada, eu só me cortei.

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⏰ Última atualização: Oct 11 ⏰

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Universo The 100 - Raven e Luna (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora