Fuga... Mas pra onde?

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Ao ouvirem o barulho da torre caindo, vários animais fugiam assustados. Tanto barulho fez com que os Hasrindonas voltassem, eles seguiam arrastando suas asas na árvores e derrubando o que estivesse no caminho, incluindo as mesmas. Rugiam e avançavam correndo, algo arrastado porém muito mais veloz que um carro. Os rugidos ecoavam por quilômetros e assustavam todos o animais que fugiam da morte eminente desesperados. Na vila todos os trabalhadores esperavam a torre ficar pronta, 9 horas de trabalho intenso e já estávamos acabando quando ouviram os rugidos e animais correndo. Os que consertavam a torre dependiam agora dos que estavam de guarda para se manterem vivos. Num piscar de olhos alguém que estava no pé da torre fora arremessado, todos correram ao ver aquilo e mais assustadora ainda era a cena. Centenas de Hasrindona chegavam em tamanhos, cores e formas variados. O homem que fora arremessado agora havia sido alcançado, ele tentava correr ou desviar mas a criatura estava muito mais próxima. Enquanto flechas voavam e pessoas corriam para defender a vila sua vida passava diante de seus olhos, a única coisa que pode fazer fora olhar para sua esposa e sua filha de 5 anos enquanto corriam de sua casa pra fugir antes que as criaturas chegassem. A criança olhou para trás e a cena que viu assombraria seus sonhos para sempre. As criaturas haviam chegado ao vilarejo e tudo o que se via era destruição. O gelo começara a ficar de um vermelho intenso quando uma coisa que parecia ser um filhote Hasrindona apanhou seu pai. A coisa rasgou a garganta do mesmo com os dentes afiados decapitando-o na mesma hora, sua cabeça agora era segurada no alto. Uma coisa adulta a havia pegado enquanto a criança brincava com seu pai morto, garras rasgavam todo o corpo, a criança parecia horrorizada enquanto a coisinha pareceu estar se divertindo enquanto via o corpo sem vida e por fim ela enfiou a mão na direção do peito dele e puxou arrancando todos os órgãos do homem. Sangue espirrava e sujava árvores e o espaço ao redor. Os olhos da menina assistiam tudo, a devastação alcançou a pequena vila e os que fugiram talvez vivessem mais. Casas começavam a virar destroços, pessoas encontravam seus destinos nas mãos das criaturas enquanto  mais sangue, órgãos e partes de corpos voavam e se espalharam pintando o espaço que era branco e agora tinha cores misturadas. Marrom, vermelho, branco e verde. Na cabana, Alberto chegara correndo e vira que não havia muito tempo. Sabia que uma hora isso aconteceria e estava se preparando, correu ao sótão para ligar a máquina. Assim que apertou o botão ele percebeu que ainda não estava terminada. Neste momento um Hasrindona fêmea entra na casa, destrói metade da sala ao passar. Ela ia em direção ao porão. Alberto desce desesperado e vê a criatura. Pega uma espingarda que tinha na parede da sala, agora destruída. Tenta atirar porém a arma além de ser velha estava quebrada. Sem saída ele arremessa algumas coisas que estavam espalhadas a fim de atrair a atenção da criatura. Conseguiu. Agora ela ia em uma velocidade enorme atrás dele. Aaron surge da porta do porão pra atirar, ele acertara bem no crânio contudo vira que era tarde demais. A coisa caira morta mas ao procurar seu pai o que ele achou foi um corpo sem cabeça e ao olhar a criatura viu o que parecia ser uma abóbora em sua mão esmagada. Era a cabeça que faltava no corpo que agora jazia sem vida no chão. Aos prantos, ele retorna ao porão pra avisar.

- Mãe… Pai… Criatura… Corpo… - toda vez que ficava nervoso ou desesperado ele tinha essa dificuldade pra formar frases.
- O que houve, A? Seu pai tá bem? - seu olhar demonstrava desespero enquanto corria os olhos ao redor procurando o marido.
- Não… - ele chorava menos no momento conseguia dizer algumas coisas mas nada mais que duas palavras.
- Vamos fugir. Agora! - Clara encontrava-se observando a janela que dava para o bosque, a sua expressão demonstrava algo terrível.

Todos preparavam armas, suprimentos e roupas. Três mochilas foram preparadas e uma bolsa de viagem cheia dos suprimentos que conseguiram. Atravessaram a porta dos fundos localizada na cozinha. Bem a tempo de olharem pra trás e ver três criaturas destruindo a casa toda. Eles correram em direção da floresta. Sua mãe não conseguia mais correr mas se não o fizesse morreria. Aaron pegou a mochila que estava com ela. Isso daria mais força e ela poderia correr mais. Horas após aquilo eles já haviam andado cerca de vinte e sete quilômetros, deviam ter despistado os Hasrindonas.

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⏰ Última atualização: Oct 16, 2023 ⏰

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