Capítulo 3 - Santa Trindade

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- Notre Père... Notre Père qui es aux cieux, que ton nom soit sanctifié.

(Pai Nosso... Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome)

- Que ton règne vienne, que ta volonté soit faite sur la terre comme au ciel!

(Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu!)

- Donne-nous aujourd'hui notre pain de ce jour

( Dá-nos hoje o pão nosso de cada dia)

- Pardonne-nous nos offenses,

(Perdoa-nos as nossas ofensas)

- Comme nous pardonnons aussi à ceux qui nous ont offensés

( Como também perdoamos aqueles que nos ofenderam)

                                   Nix

Sinto um pouco da fragrância do meu poder aqui, numa cidade tão suja quanto Paris.

Muita coisa mudou desde que me enterraram viva. Tudo parece muito avançado, as áreas montanhosas da França foram tomadas pela civilização. Os homens foram burros o suficiente para desmatar nações inteiras para beneficiar o próprio bolso e o fazem em nome de seu deus... os humanos são muito divertidos, não é?

Sinto o cheiro dele em algum lugar dessa cidade pútrida! Eu o quero, e quero esmagá-lo! A raiva e revolta que sinto... não se pode medir, não cabe em um humano, nem mesmo em um deus. Nenhum deles me ouviram gritar naquela cripta, nenhum deles tiveram misericórdia de mim. Fui traída, humilhada! Isso se pagará, se pagará com sangue!

Todavía me sinto enfraquecida, sem forças para derrotar um dos exércitos de Atena talvez, mas isso irá mudar... Tiraram de mim tudo o que puderam, mas essência do que eu sou ainda permanece dentro de mim. A chama está acessa novamente, na verdade, ela nunca se apagou.

Assumo minha forma humana, nela é visível uma mulher de aproximadamente 45 primaveras notoriamente cansada e indefesa. Estou exausta! Usei meus poderes para me trazer até aqui e isso me deixou miserável o suficiente para querer desmaiar. Oh que humilhante! Sinto meu rosto queimar contra o chão sujo, gostaria de lutar para ficar acordada e me defender de possíveis inimigos, porém sinto meus olhos desfocando ao máximo da minha desafortunada realidade. Tudo que vejo e ouço são os burburinhos de uma vizinhança acalorada e muitas mulheres com vestimentas específicas vindo até mim, então, tudo escureceu.

[•••]

- Sorria, meu amor! Em breve seremos um só, como unha e carne! Nada poderá nos separar, nem luz, nem trevas - disse o forte homem beijando-me a testa - Fique aqui, é o lugar mais seguro! Os outros podem querer te tirar de mim e não deixarei isso acontecer! - decidiu.

- Eu sou a deusa Nix! Nunca ninguém poderia me tirar de você, não profira tal tolice! - rio de sua ideia completamente ingênua.

- Nix, lembra-te que teve um acesso de fraqueza há dias atrás! - lembrou-me o homem.

- Mas isso... isso foi por um motivo específico, eu não sei o que aconteceu para lhe explicar. Apolo me fez alguns exames e aguardo o resultado! - explico ao homem a minha frente, contrariada.

- Vá descansar, meu amor. Quando acordar prometo que estarei aqui - então, me beija singelamente e sai.

Sorrio, pois, como ele poderia saber que eu estou com sono? Deito-me em minha cama e me aconchego até achar uma posição confortável. Um aroma de flores é capitado por mim... Flores? Sim! Qual flor? A Flor da Morte! Nem sequer deu tempo de me levantar novamente, o cheiro me abraçou e então, eu morri.

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⏰ Última atualização: Oct 17, 2023 ⏰

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Nix: A Ressurreição do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora