PRÓLOGO

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    Em um reino distante, vivia Amélia. Uma garota inteligente e esperta. Amélia era filha de um duque muito renomado em seu reino. Seu pai, Kuzol, era um homem sério e rigoroso. Para ele a família vinha em segundo lugar, em primeiro vinha o poder.

    O reino onde Amélia vivia era chamado de Noyon, no qual o rei, cujo nome era Karle, era um homem justo e bondoso. Amélia era considerada a moça mais bela de todo o reino, chamando a atenção de muitos rapazes com propostas de casamento. Uma das propostas foi de alguém muito importante: o príncipe Joseph.

     O príncipe Joseph era conhecido por ser um grande herói. Salvou Noyon de muitas guerras e conflitos. Era o sonho de qualquer garota se casar com ele.

    Mas Amélia não é qualquer garota.

    Amélia não sonhava em se casar com um príncipe, ou um herói. Ela queria uma vida normal. Ao lado de uma pessoa normal, no qual ela realmente fosse apaixonada.

    No entanto, seu pai aceitou o casamento sem nem sequer perguntar o que ela queria. Amélia ficou muito irritada, mas por ser uma boa filha e dama, aceitou o noivado com o príncipe.

   Não que ela não gostasse do príncipe, ela sabia que ele era uma boa pessoa e que seria um ótimo amigo, mas não o amava de verdade.

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    Era um dia muito especial em Noyon, era o aniversário de fundação do reino, haveria uma grande festa, dada ao reino todo para comemorar essa data.

    Amélia estava com suas empregadas lhe arrumando para essa grande festa. Faltava apenas seu cabelo, e logo o príncipe estaria em sua porta para levar a sua noiva a festa.

    —Senhorita Amélia, seu noivo a espera.

    Anunciou uma das camareiras. E depois de dois minutos Amélia estava pronta. Ela estava magnifica. Digna de uma futura rainha.

    E é o que ela seria, ou não.

    —Está esplêndida, minha querida noiva.

    —Pare de bajulação. Vamos logo.

    E eles adentaram na carruagem. Indo em silêncio o caminho todo, já que não tinham muito assunto para falar. A verdade é que Amélia sempre ficava nervosa quando ele estava perto, já que por causa dele ela seria a futura rainha e teria que governar um reino inteiro, tinha medo só de pensar. Já ele estava nervoso porque realmente era apaixonado por ela. Já era de conhecimento de todo reino o amor que Joseph sentia por Amélia, dizem que não existe homem mais apaixonado que ele.

    Talvez realmente não existisse, mas, em um futuro próximo, haveria de existir.

    Logo estavam no palácio para comemorar a festa. Aos olhos de Amélia estava tudo tão esplêndido quanto ela mesma. Era de uma beleza inimaginável. O salão estava cheio de alegria. E a mesa parta com um banquete divino. Estava tudo perfeito.

    Depois chamaram todos os casais para se apresentar no salão com uma bela dança. Amélia nunca foi boa no quesito dança. Quando dançou com o príncipe foi uma vergonha. Cada pisada de pé e passo desordenado, era a cruz que o príncipe carregava. Mas estranhamente o príncipe estava se divertindo. Era por isso que ele era apaixonado por Amélia. Pelo fato de ela não saber dançar, mas saber lutar esgrima. Não saber tricotar, mas ser a melhor jogadora de xadrez que você conhecerá. Ela era perfeita do jeito dela, pelo menos era isso que Joseph pensava.

    —Vamos sair daqui, quero conversar a sós.

     Joseph disse a levando para o jardim do palácio. Ela admirou o como o jardim ficava bonito a luz do luar, com muitas flores coloridas.

    —Gostou? Esse jardim inteiro será seu um dia. Quero te fazer um pedido. Eu sei que não gosta de mim, não do jeito que eu queria que gostasse.

    —Joseph...

    —Só me escuta. Queria te pedir uma chance. Dê-me uma chance para te conquistar. Tenho certeza que posso te fazer feliz. É só o que peço uma chance. Se depois de todos os meus esforços você não me amar, pode cancelar o noivado se quiser.

    —Meu pai ficaria louco.

    —Quero me casar com você, não com seu pai.

    Amélia olhou para lua respirou fundo, e respondeu:

    —Eu aceito. Vou te dar uma chance.

    —Obrigado.

    —Agora, pode me deixar sozinha por um momento, por favor?

    —Claro que sim, te vejo depois.

    E ela ficou ali. Observando as flores a luz da lua. O que Amélia não sabia é que tinha alguém os observando. Só esperando o momento certo para dar o bote. Foi quando a figura se aproximou por traz de Amélia segurando uma faca contra seu pescoço.

    —Desculpa princesa, sei que você não tem nada haver com isso, mas você vem comigo.

    Amélia não fez nada. Sabia que ia ser pior para ela se fizesse qualquer coisa. O homem que a levou era alto, mas deveria ter a idade dela. Era muito bonito, porém assustador. Seu nome era Aaron.

    Aaron a levou para uma carruagem e amarou suas mãos e pés. Ele deixou um bilhete no local onde a garota tinha sido sequestrada, para saberem quem a levou. Não, ele não era burro. Ele queria que soubessem quem foi. Ele queria que Joseph sentisse na pele como era alguém tirar a pessoa que ele mais ama. Ele queria vingança. Aaron comprou uma guerra, e estava feliz com isso.

CONTINUA...

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