Operação: Amor

capítulo 4

Recapitulando, Kyle marcou um encontro em um galpão, onde eu poderia acertar as contas com Asif, isso levou a duas pessoas civilizadas tendo uma ótima conversa? Definitivamente NÃO.
Eu vou lhes contar o estrago: um olho quase fechado, um lábio partido, acho que dentes a menos da boca, e com certeza alguns dedos da mão fora do lugar, porquê é lógico que eu não apanharia sem revidar, ah quase ia esquecendo, talvez eu também tivesse uma ou duas costelas quebradas. Ele tinha uma sombrancelha e um lábio partidos, o infeliz parecia melhor do que eu, era fato.
Eu tava só a merda no chão, já tinha jogado a bandeira branca, ele não ia acabar com a minha vida e eu muito menos ia tentar matá-lo.

Asif: me diga fuzileira americana, o que quer? (O homem sentou ao meu lado).

Cruz: eu quero Aaliyah! (Ele riu, ótimo, sou uma palhaça agora).

Asif: tenho que dizer de novo, você é muito corajosa ou muito burra... por quê? (Perguntou sério).

Cruz: serei franca, o governo não quer que ela case com samir, meu batalhão está sob ameaça, e eu só... quero ela, preciso me desculpar mas principalmente, tenho que tirar ela daquela prisão! (Estava tentando ser forte, falar dela sempre fazia com que meu coração doesse).

Asif: está tentando me fazer de idiota fuzileira? Acha que vou acreditar nisso? Suas primeiras palavras podem ser verdade, mas querer salvar a menina Amrohi? (Me olhava incrédulo, eu não o culpava).

Cruz: o que mais você precisa para acreditar em mim? Eu to aqui, não to!? Dando minha cara a tapa, correndo o risco de você me matar, ou me entregar para o samir! (Levantei bruscamente, ele imitou meu movimento).

Asif: certo, convenhamos que esteja falando a verdade, o que acontece se eu disser que te ajudo?

Cruz: a gente iria bolar um plano, não sei ainda, você só precisaria dar um jeito de tirar Aaliyah de casa, o resto deixava comigo e meu grupo, nós a levariamos para um lugar seguro, dariamos um vida estável e confortável para ela e o bebê, eu juro Asif... se aquela mulher me aceitasse de volta, eu passaria o resto da minha vida cuidando dos dois! (Eu mal respirava direito quando terminei de falar).

Asif: e quanto a mim? (Ele parecia começar a ponderar).

Cruz: tenho permissão direta do meu superior para lhe oferecer qualquer coisa!

Asif: interessante, eu vou pensar na sua proposta fuzileira, mas por enquanto... adeus! (Deu as costas e começou a caminhar para fora do galpão, me deixando completamente estatica, o que raios acabará de acontecer aqui?).

*algumas horas depois, madrugada no QG*

Apesar das palavras de Joe, que eu estava sozinha nessa missão e blá-blá-blá, não passava de um blefe dela. Assim que sai do galpão para as ruas de Riade, uma caminhonete preta começou a me seguir, estanquei no meio da rua, seja o que fosse, eu não cairia sem uma boa luta, qual foi a minha surpresa quando o vidro fumê do carona baixou.

Bobby: e ai gata, precisa de uma carona? (A loira perguntou, Tucker que estava no volante acenou).

Uma hora depois, estavamos passando pelas portas do QG. Duas copas sendo o primeiro a nos recepcionar, atrás dele Joe.

Duas copas: fiuuu cê ta horrível! (Balancei a cabeça desacreditada, um riso sem querer escapou).

Cruz: Obrigada, é tudo que eu queria ouvir! (Ele fez joinha com a mão).

Joe: você ta viva e esta aqui com a gente, devo supor que a conversa foi boa e podemos ter esperança? ( dei de ombros, acompanhando os passos de Bobby que vinha em minha direção com a caixa de primeiros-socorros na mão, retornei minha atenção a Joe).