cap 2: chuveiro

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Eu acordei com a cabeça a mil,
As pernas dele estavam em cima das minha cintura, e minhas mãos estavam emaranhados com os cachos de seu cabelo.
O quarto estava quente, e cheirava a nós, pós sexo, queria guardar aquele cheiro num vídeo de perfume.
Éramos a pintura perfeita de um quadro erótico, a sua pele bronzeada contratava com a minha rosada, a delicadeza dos meus traços se encaixavam perfeitamente com os traços fortes e intensos dele, o desenho de cada músculo dele, se enquadrava ao meu, como um quebra cabeça.
Não quis me mexer, ele me puxou pra mais perto com as pernas, eu não sabia se ele ainda estava dormindo, até que ele mordeu o lóbulo de minha orelha esquerda.
-Bom dia delícia,você está realmente aqui,não é um sonho.
-não, não é um sonho, estamos aqui, e nada mais importa.
- Delícia te ouvir dizer isso, falou beijando meus lábios.
-quer dizer que você andava sonhando comigo, "Ramiro"?
-não sei se era sonho, ou delírios,meu "Kevinho", era tudo junto na vontade d'ocê.
Ele passou a ponta dos dedos em meu corpo, e eu senti um arrepio, era além de sexo, era afeto, desejo, tesão, amizade, tudo junto.
-quero te levar em um lugar hoje, mas antes,vem aqui, estendeu a mão e eu obediente que sou, o segui solenemente.
Ele me levou ao banheiro e entrou no box,
abriu a água do chuveiro, que era fria.
-nem um banho gelado, vai tirar esse tesão?
Que loucura é essa?
Ele me encostou na parede, pressionou seus lábios contra os meus, e beijou minha boca,sugou minha língua, e mordia os cantos dos meus lábios, suavemente, fortemente, lentamente e intensamente.
Ele abaixou-se e foi de encontro ao meu pau, com sua boca, ele sabe beijar, ele me beija todo e eu esqueço do mundo quando ele me toca com sua língua.
Mãos, boca, língua, saliva,corpos, desejo, gozei,
Vi minha porra escorrer em sua boca, e ele abriu num desejo incontrolável.
Puxou-me para si, envolveu sua cintura com minhas pernas e me fodeu.
-como parar isso?
-é o que você quer? Quer que eu pare?
-nunca, pode "botar pra foder".

Eu estremeci, ele me levou pra fora do box e me secou, fomos parar no sofá.
Alexa tocar Rita Lee, mania de você.
Meu corpo acelerado, minha cabeça rodando enquanto ouvia :

A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na Lua, na melodia
Mania de você, de tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras.

Eu o coloquei sentado na poltrona que ficava próximo a varanda, seu corpo nu, sua pele de ébano, seus cachos, o venerei, como se olha para um deus, e o desejei como se deseja uma meretriz.
O devorei com minha mente, antes mesmo de agir.

Coloquei minhas pernas em cima das dele, como o laço de um presente, e tateei delicadamente seu rosto, lindo, hipnotizado.
Encaixei o nariz em seu pescoço,
Havia tanto desejo que os corpos agiam em sincronia, as mãos dele me levantavam, a minha boca se abria, nossos membros de tocavam, ele entrou em mim, e eu o apertei para que sentisse cada delicada elevação interna em mim, coloquei meus dedos dentro de sua boca e ele os lambeu desejadamente, assim como me lambe.
-demonio, vai me matar assim...
-nem comecei meu anjo.

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