Custodarium • Tomarry FanFiction

Chapter 8

Então, isso aconteceu.

Agora Harry estava ainda mais confuso – isso era bom? Certamente foi bom (melhor do que, na verdade) e Tom pareceu gostar tanto. Afinal, Harry o estava corrompendo? Ou Tom estava corrompendo Harry? Espere, isso contou como seduzir Tom para atingir seus objetivos? Ele deveria estar se sentindo um idiota? Merlin, Ron ficaria louco se soubesse que Harry se tornou gay por Voldemort...

Besteira.

Harry se tornou gay por Voldemort.

Puta merda, Voldemort ficou gay por Harry.

Seria necessário mais do que a caminhada da Sala Precisa até o Salão Principal para mergulhar nisso. Para seu alívio, Tom ficou felizmente silencioso no caminho, ele provavelmente também tinha algumas reflexões a fazer... como por que ele não tinha amaldiçoou Harry quando ele tinha uma varinha no pescoço dentro de uma sala mágica indetectável. Isso e o pressentimento de Harry eram atualmente sua melhor evidência de que talvez o que aconteceu lá fosse real, talvez ainda houvesse esperança para Tom.

Ele nem havia considerado seriamente que poderia gostar de caras antes, mas se pensasse nisso em retrospecto, fazia um estranho sentido - ele poderia ter achado Bill um pouco legal demais quando se conheceram, ele poderia ter admirado Oliver um pouco demais, ele pode ter seguido o traseiro de Malfoy um pouco literalmente demais no ano passado...

Ele poderia ser bissexual, é claro, mas, novamente, parecia bastante suspeito que suas ex-namoradas fossem algumas das garotas mais masculinas que ele conhecia; figuras atléticas, peito achatado, rostos quadrados, gostam de Quadribol. Ele culpou as tentativas insensatas de intimidade com Ginny pela pressão de sua busca, depois pela tristeza do pós-guerra, mas agora ele tinha que se perguntar...

Enquanto ele estava de luto pela perda de seus amigos e em uma missão no momento, não houve nada de insosso naquele beijo. Foi espontâneo e emocionante e, caramba, isso iria acabar tão mal, mas Harry não conseguia se livrar da sensação de que viveria cada segundo disso.

Ele com certeza estava vivendo cada segundo do almoço. Como ele não tinha apetite ontem devido aos seus preparativos mentais para assassinar a pessoa que ele acabou beijando hoje, ele não comeu nada desde o café da manhã de ontem – uma maldita eternidade, se você perguntasse ao estômago dele.

Ele tinha um treino extra de quadribol à tarde, um treino para a próxima primeira partida da temporada contra a Grifinória (sim, parecia uma traição), então ele encheu a cara, desviou as perguntas curiosas de seus colegas de casa que estavam 't-Tom's-asseclas com um "Fui convocado ao Ministério para resolver a herança, desculpe, esqueci de contar a alguém", e deixou o Salão Principal sozinho para pegar seu uniforme de Quadribol, ansioso para estar no ar novamente - voando sempre o ajudou a clarear a cabeça.

Tudo parecia tão pequeno lá de cima. Então, ele gostava de homens, não é grande coisa – ele morreu, tipo, há quatro meses e voltou, apenas para ser jogado cinquenta anos no passado. Ele não teria um ataque por gostar de um pau.

Por outro lado, gostar potencialmente do pau de Tom Riddle era pelo menos um negócio de tamanho médio... Na verdade, pelo que Harry sentiu na Sala Precisa, poderia muito bem ser um negócio de tamanho acima da média, mas isso era não vem ao caso e ele apreciaria se seu cérebro gentilmente parasse de tocar no assunto, muito obrigado.

Mas você sabe o que? Ele pensou que morreria hoje. Ele pensou que morreria ontem e na semana anterior. Ele estava completando dezoito anos e já havia morrido virgem uma vez, o mínimo que podia fazer era se divertir um pouco. Quem sabe, ele poderia até acabar "derrotando Voldemort com amor" de uma forma bem diferente do que Dumbledore tinha em mente... pelo menos Harry esperava que não fosse isso que ele tinha em mente, pelo bem de sua sanidade.