Prólogo

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Anos antes

Onde sera que eu estou? Tudo está mal iluminado, consigo ver apenas uma vela iluminando uma mesa, as paredes são de pedras, tão antigo, diria que até medieval, vou em direção a mesa, ela é de carvalho, tão rústica, quando finalmente chego nela, noto que existem alguns desenhos ali, há uma menina que parece comigo, cabelos ruivos e ondulados, mas não sou eu, ou poderia ser? Não não, ela parece ter mais de vinte e cinco anos, tem também o desenho de um homem com mais o menos a mesma idade da menina do desenho anterior, cabelos pretos e lisos, sua pele é tão branca, há também um homem, mais velho com seus cabelos loiros quase num tom de cobre, seus olhos lembram os meus mas seu tom de azul é mais vivo que o meu, parecem estar brilhando, há alguns desenhos de castelos, outros de paisagens, tudo parece muito antigo, pego a vela tentando iluminar e entender onde estou, observo o lugar conforme a luz vai alcançando os cantos, há poltronas antigas, varias estantes com livros espalhadas pelas paredes, sigo iluminando e assimilando onde estou, até escutar um barulho vindo da porta atrás de mim, como se estivesse forçando ela a se abrir. Paraliso olhando a estremecer, corro para perto do mesa, e tento achar algo para me proteger caso, o que quer que esteja do outro lado não possa me ferir, porém não encontro nada, me encolho no momento em que a porta se abre, paraliso quando vejo que quem esta ali é o mesmo homen de cabelos pretos do desenho, ele sorri para mim.
— Vamos isabel, temos pouco tempo, eles estão chegando aqui —ele me estica a mão, mas estou confusa demais, como ele sabe meu nome? E quem são eles? Olho para ele por alguns segundos.
— Co..Como você sabe meu nome? —gaguejo e tento parecer confiante- E quem são eles? —ele ri e se aproxima.
— Vamos querida, não é hora para brincadeiras, estamos correndo grande perigo aqui no castelo, sua segurança é o que importa — ele pega minha mão e sai me arrastando porta à fora, sem conseguir processar tudo que ele disse deixo que me arraste pelos corredores, o que há de errado, por qual motivo ele esta agindo como se fossemos próximos, e que perigo é esse que estamos correndo?
Após alguns minutos sendo arrastada por varios corredores ele para assim que chegamos a parte de fora do castelo, ele me solta finalmente e vai em direçao a um cavalo preto o sigo como se minhas pernas ganhassem vida propria.

— Monte em Zeus e fuja para a floresta, a uma pequena cabana seguindo para o norte, você é esperta, sei que vai encontrá-la —ele me olha e vejo uma ponta de medo passar por seus olhos, quando vou responder, sou atingida por fleches de lembranças, fecho os olhos para conseguir vê-las: nosso primeiro encontro em um dos bailes dados no castelo, nosso primeiro passeio à cavalo pelo bosque seguido por um piquenique a beira do lago, nosso primeiro beijo em uma noite de lua cheia, até o momento que nossa tormenta começou, porém esse não vejo com clareza, tem um homem com sobretudo preto, um chapeu que esconde seu rosto, ele controla um tipo de mosntro preto, ele possui uma espécie de mão com garras nas pontas, mas por que ele que nos fazer mal? Ainda não entendo, mas sei que preciso fazer o que Augusto esta mandando. Quando abro os olhos encontro os dele extremamente preocupados a me encarar.

— Esta tudo bem amor, assim que possível me encontre lá, te amo além dessa vida —sorrio e monto no cavalo dando a ele o comando de correr, deixando meu grande amor para trás ouvindo gritar: Te amarei em todas as vidas possiveis. Sorrio e faço com que o cavalo vá mais rapido o guiando para o norte da floresta. Quando finalmente chego na cabana, desço do cavalo o prendendo em um tronco, o mesmo fica agitado, é nesse momento que noto que há algo de errado dentro da cabana, conforme me aproximo escuto passos e coisas sendo quebradas, paraliso no momento em que a porta se abre revelando o homem com o sobretudo preto, ele avança em mim ferozmente, meus pes se recusam a obedecer meus comandos e eu fecho o olhos com força. É nessa hora que acordo em meu quarto suando mais do que o comum, sinto algo escorrer em meu pescoço, acendo a luz do pequeno abajur e levo a mão direita até o pescoço, sentindo o líquido entrar em contato com a minha pele, quando retiro a mão e olho vejo que o liquido escorrendo é sangue, solto um grito agudo, fazendo com que minha mãe entre em meu quarto apavorada.

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