Capitulo dois

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No dia seguinte

Acordo com o despertador berrando em meus ouvidos, me sento na cama pegando o celular e desligando o alarme, coço os olhos e solto um bocejo, olho em volta tentando processar tudo que vem acontecendo, fecho os olhos novamente e suspiro pesadamente, assim que abro os olhos novamente me levanto da cama e vou em direção ao banheiro para tomar um banho quente, para que o dia possa finalmente começar. Após ter tomado meu banho, me arrumei e peguei minhas coisas para ir a uma cafeteria tomar café, pois ainda não comprei mantimentos.
Assim que passo porta adentro sou inundada pelo cheiro de café fresco, inspiro mais uma vez aquele aroma maravilhoso, que já me deixa salivando, observo o ambiente enquanto caminho até o balcão, à mesas redondas pelo centro, mesas quadradas com sofás aconchegantes próximos as paredes, ao lado da porta de entrada tem uma vitrine com uma bancada e varias banquetas altas, para que quem se sentasse lá pudesse ver o movimento na rua, o balcão fica bem no fundo, o ambiente é todo em um marrom clarinho com algumas peças em madeira maciça, o balcão em si é todo em vidro exibindo deliciosas guloseimas e salgados, a parede atras do balcão é toda preta com o menu escrito em giz branco, mais a baixo fica a máquina e outras aparelhagens da cafeteria, a música que ressoa baixinho traz um certo conforto, sorrio para a atendente.
- Bom dia, gostaria de um café expresso com dose dupla.
- Claro querida – ela se vira pegando o copo e começando a preparar o meu café- vai querer algo para comer? – ela vira minimamente seu rosto para me olhar.
- Não, muito obrigada, - ela termina de preparar meu café e entrega para mim.
- Ficou onze e noventa, qual será a fora de pagamento?
- Débito, por gentileza – ela sorri e pega a maquininha, aproximo meu celular e logo chega uma mensagem de que foi aprovado- você poderia jogar minha via no lixo? -sorrio já indo em direção a porta sem escutar o que ela diz.
  Caminho pelas ruas bebericando meu café, olho algumas vitrines pelo caminho, até que avisto um pequeno bosque e vou em direção ao mesmo, adoro observar as pessoas perdidas em suas bolhas. Me sento em um banco fechando meus olhos sentindo os raios solares aquecerem minha pele, sorrio involuntariamente, amo quando está quente, são meus dias preferidos, é como se fosse injetado serotonina diretamente em minhas veias. Quando abro meus olhos me permito analisar o ambiente, pessoas correndo sozinhas, outras acompanhadas, algumas crianças brincando com seus pais no pequeno parquinho a alguns metros, todos parecem felizes e relaxados, como se não houvesse milhares de problemas os assombrando, não sou uma pessoa negativa, longe de mim, mas todos temos problemas, os quais nem sempre tem solução ou as vezes nós que não queremos enxerga-la, sinto que existem coisas das quais ainda não tenho noção da proporção que elas possam vir a ter. sinto meu celular vibrar em meu bolso, vejo que é uma mensagem de minha mãe:
"consegui uma entrevista de emprego para você amanhã as onze horas no escritório de um amigo, outra coisa sua transferência foi concluída, suas aulas começam semana que vem na University Of Minnesota Duluth ".
Sorrio diante das novas notícias.
"Bom dia mãe, obrigada, assim que possível me envie e o endereço de onde será a entrevista, com relação a faculdade me sinto feliz por poder começar logo, até breve, amo você "
  Guardo o celular novamente em meu bolso, sorrindo para o nada, parece que as coisas aos poucos estão se encaixando e minha ficha está caindo, como se só agora meu mundo estivesse entrando nos eixos. Fico mais um tempo sentada no banco apreciando o sol, não sei ao certo quanto tempo estou parada ali como se fosse uma estátua, mas o que sinto agora é fome, provavelmente pelo fato de não ter comido nada no café, uma escolha minha, burra, mas ainda sim minha. Me levanto e sigo pelo caminho em que vim, passo em frente a cafeteria, agora ela se encontra um pouco mais cheia do que quando estive aqui antes, a moça do balcão olha para os lados como se estivesse pedindo socorro, o que eu não duvido muito, decido passar reto e ir para um mercado que tem próximo ao meu apartamento, faço uma pequena compra e vou para o apartamento. Assim que passo pela porta meu estomago ronca alto, fecho a porta levo as coisas para a cozinha, já começo a preparar meu almoço.
Após o almoço me jogo no sofá e fico assistindo a alguns filmes, para algumas pessoas isso seria entediante, mas para mim, é algo muito reconfortante, me traz paz, estava tão cansada que nem notei o momento em que dormir. Acordo horas mais tarde sentindo meu corpo doer por ter dormido de mal jeito, me levanto no escuro e caminho para o quarto, estranhamente a porta do quarto parece estar mais longe que o normal, sinto uma respiração próxima a minha nuca e automaticamente começo a correr em direção ao quarto, quando chego na porta ela parece estar trancada, é nessa hora que sinto minha própria respiração falhar, quando olho para o chão, noto que a luz do quarto esta acessa e tem algo, ou melhor alguém lá dentro, pois vejo sua sombra passeando na frente da porta, continuo insistindo em abrir a porta, mas ela nem se meche, tento gritar mas minha voz não sai, pressiono a macaneta mais uma vez, mas dessa vez eu sou paralisada pelo medo, sinto uma mão em meus ombros, ela tem aspecto de mão, mas não sei podemos considerar, ela é toda preta e aponta dos dedos era formada por garras, tento abrir a porta novamente, ela se abre no mesmo instante e uma luz me atinge com tanta força que sou obrigada a fechar os meus olhos e é nesse momento que eu acordo.
  Pisco algumas vezes tentando pôr em ordem minha cabeça, a anos que eu não tinha esses pesadelo, teve uma época em que todas as noites esse mesmo pesadelo se repetia, dessa mesma forma, sinto meu coração batendo acelerado, provando que dessa vez estou acordada, olho meu ombro e lá estão as marcas das garras, me provando que tudo isso é uma loucura, mas como explicar esse arranhão fino e simetricamente perfeito? A resposta é que não existe explicação, bom não uma que eu tenha ciência. Suspiro me levantando e dessa vez consigo chegar em meu quarto sem mais problemas, olho ao redor antes de dormir, mas não a nada além de mim, minha cama e minhas roupas. Me deito na cama, tentando pegar no sono, mas parece impossível, pois o pesadelo ronda minha mente, sinto meus olhos pesarem e tento esvaziar minha mente, até cair completamente no sono.
Acordo na manha seguinte com o sol invadindo meu quarto, busco na cama pelo meu celular, mas não o encontro, forço meu corpo a sair cama e vou em direção a sala encontrando o mesmo jogado no sofá, vou até o sofá e pego ele vendo que já se passa das 09:00, jogo ele novamente no sofá e vou para a cozinha preparar algo para comer, opto por comer mamão com banana e um suco de laranja, após o café da manha tomo um banho e me arrumo para a entrevista mais tarde, assim que termino de me arrumar pego meu celular novamente para ver onde seria a entrevista, anoto o endereço e peço um táxi, não quero me atrasar, ainda mais quando sempre estou atrasada para alguma coisa. Cerca de uma hora despois estou desembarcando do Carro em frente a grande empresa de Cristoffer, o tal amigo da minha mãe, amigo esse que não me recordo, agradeço ao motorista pela corrida, e vou em direção a grande porta de vidro, assim que passo por ela avisto uma moça de cabelos loiros preso em um rabo de cavalo, o lugar possui várias poltronas acolchoadas e várias mesinhas com revistas, tudo em tons de branco, vou até a moça.

-Bom dia estou aqui para uma entrevista com o senhor Cristoffer -Sorrio para ela que retribui o sorriso antes de responder.
- Bom dia, um momento vou avisá-lo que está aqui -ela aponta para uma das poltronas- Sente-se ele logo à chamará.
Faço o que ela falou e me sento em uma das várias poltronas para aguardar ele me chamar, leva longos minutos até que ela me chama, caminho até ela novamente.
- Entre no elevador e aperte para o quinto andar ele estará te esperado quando sair do elevador -sorrio.
- Obrigada.
  Caminho em direção ao elevador, e como ela mandou aperto o botão que corresponde ao quinto andar, assim que as portas se fecham me olho no espelho checando minha aparência, como diria minha mãe "a aparência é a alma do negócio" sorrio para o meu reflexo no espelho e me viro encarando a porta, poucos segundos depois o elevador para abrindo a porta, encaro o homem a minha frente, ele parece estranhamente familiar, por mais que nunca o tenha visto, bom não que eu me lembre.

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⏰ Última atualização: Nov 03, 2023 ⏰

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