𝐃𝐁𝐃. 𝐏erseus Dixon era um sobrevivente. A única coisa que Percy tinha de diferente de seus irmãos, era a aparência, pois o passado e tudo nele eram exatamente iguais, como se fosse uma cópia quase bem feita. Tendo crescido em uma família...
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SE HAVIA UMA COISA QUE Percy odiava mais do que sua família, era voltar para casa cedo. Claro, ele odiava estar na escola, mas isso o mantinha fora de casa, então a menos que estivesse morrendo, Percy não faltaria sequer um dia à aula, pois isso o mantinha fora de casa e consequentemente, longe de seu próprio pai.
Mas agora, devido ao surto de gripe que estava tendo, Percy havia sido obrigado, assim como seus colegas, a voltarem para casa mais cedo e não saírem até o surto acabar. Então ele estava andando de volta para casa.
Seu caminho a pé não era muito longo e Percy já estava acostumado, então ele caminhava, observando enquanto seus colegas se despediam de seus amigos e começavam a se afastar com suas famílias. Ele nunca teria uma família assim, mas ele não ligava, era melhor ter uma família ruim do que não ter nenhuma, certo?
Ele suspira, seus dias já haviam sido piores. Enquanto caminhava, ele conseguia sentir sua camisa roçar com os hematomas mais recentes em suas costas, que com toda a certeza deixariam cicatrizes permanentes, havia sido uma surra ruim e Daryl não estava lá para ajudá-lo, então Percy precisaria lidar com tudo isso sozinho.
Uma cena estranha faz com que Percy pare por um momento. Ele observa, enquanto um desconhecido caminha lentamente e desengonçadamente pela calçada do outro lado da rua, antes de correr na direção de uma mulher, ele observa o desconhecido atacá-la e a mulher gritar, aquilo o assusta por um momento e Percy decide caminhar mais rapidamente para casa.
Ele já consegue sentir suas mãos tremerem, enquanto observa a fachada de sua casa, antes de suspirar e se aproximar da porta da frente. Ele a abre lentamente, enquanto entra na casa.
─── Pai, estou em casa. ─── Percy diz fechando a porta da frente, ainda com uma das mãos na alça de sua mochila.
Ele segue o som de vozes, que logo ele nota que são do jornal local, que estava passando na televisão. A sala estava sendo iluminada pela TV e a poltrona que seu pai, William Dixon, ocupava diariamente estava ocupada.
