CAPÍTULO 12

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Entrei em meu quarto com Caroline em meu encalço e lhe dei alguns minutos para que olhasse tudo ao redor. Não havia nada demais, meu quarto tinha uma decoração clássica, muito feminina... Paredes em tons creme, uma cama de casal com uma colcha rosa bebê, minha mesa de cabeceira com algumas fotos e meu despertador.

Meu closet não era grande demais, a porta dele ficava ao lado da porta do banheiro. A frente da minha cama tinha um rack com minha TV e DVD e ao lado dela, tinha o que eu mais gostava: minha estante de livros, que era o que Caroline estava olhando naquele momento.

Literatura é a minha mais completa paixão. Confesso que sou uma romântica assumida, e por mais que alguns títulos de Sidney Sheldon – um ótimo autor de suspense – estivessem em evidência em minha estante, o romance era o gênero que dominava ali.

- Uma romântica incurável, Rosamaria.- Caroline disse, pegando um dos meus livros de Nicholas Sparks. — Juro que nunca me passou pela cabeça que você fosse do tipo de livros, chuva e chocolate quente.

-Por que não? — perguntei, interessada em sua resposta. — O que passou pela sua cabeça sobre mim, Caroline?

-Sinceramente? Que você fosse daquele tipo de mulher que não gosta de nada muito meloso, nada muito dramático... Você se mostrou tão dura em relação ao filme, que... Sei lá, eu só achava que você era uma mulher mais severa. — ela deu de ombros, colocando meu livro de volta na prateleira. — Mas pelo visto, eu estava redondamente enganada. Bem que falam que só conhecemos uma mulher de verdade, quando visitamos seu quarto. Sabemos muito bem com que estamos lidando.

Fiquei em silencio, refletindo um pouco sobre tudo aquilo. Ela estava certa. Eu era mesmo uma romântica, mas em nenhum momento demonstrei isso a ela e eu sabia muito bem o porquê de não ter lhe mostrado isso. Em parte porque, depois de tudo o que aconteceu entre Bruno e eu, percebi que não adiantava ser romântica com os homens; eles nunca nos corresponderiam à altura. Então eu decidi que não seria romântica com mais ninguém.

E em parte por que... Bem, Caroline é uma mulher, mas para que eu iria mostrar esse meu lado a ela? O que tínhamos era apenas... Sexo? Isso, sexo. Nem amigas éramos. Então.….. Ela não precisava conhecer tanto sobre mim.

— Ora, ora... Rosamaria! — ela olhou para mim com um sorriso safado de orelha a orelha, me fazendo desce o olhar até o meu exemplar de “Cinquenta Tons de Cinza", que estava em sua mão. — Então você também sucumbiu a esse livro?

Sua sobrancelha arqueada e sorriso de fez com que um rubor leve subisse pelo meu rosto. Que merda, que mal havia naquilo? Eu me sentia como se tivessem me pego no flagra, enquanto fazia algo muito vergonhoso.

- Não precisa ficar assim, Rosinha.

– Rosinha? — repeti o nome que acabara de sair de sua boca atraente e ela me sorriu lindamente.

— Sim, algum problema com apelidos
carinhosos?

Eu apenas balancei a cabeça um pouco corada.

— Esse tal de Christian Grey deve ter pego mais mulheres do que eu, e olha que eu já estou nesse ramo desde os meus 18 anos de idade. — Ela balançou acabeça e riu. — Mas confesso que, desde o lançamento desse livro, já devo ter feito mais de 30 cenas em estilo BDSM.

BDSM: Bondade. Disciplina. Sadismo. Masoquismo.

- Sério?

- Sim. — ela virou o livro, dando uma olhada rápida na sinopse.

- E você... Gosta desse tipo de coisa? Dominação e submissão? — perguntei, subitamente interessada.

A imagem de Caroline com um chicote nas mãos fez a minha calcinha molhar tão rápido, que eu pensei que estava entrando em combustão.

- Apesar de não ser muita minha praia, confesso que gosto sim. E você, Rosamaria? Já fez algo nesse estilo? - ela perguntou, me olhando fixamente.

— Nunca... — murmurei, balançando a cabeça.

- E tem curiosidade?

- Bem... — droga, falava a verdade ou não? - Depois desse livro, creio que qualquer mulher tenha curiosidade. Quer dizer, é um tema muito diferente, que quase nunca foi abordado, ainda mais de uma maneira tão explícita e...

- Tem curiosidade ou não, Rosamaria?

Puta merda. Por que aquela pergunta veio em um tom mais autoritário? Ou será que era apenas a minha imaginação? Sendo como fosse, minha intimidade pulsava a cada minuto que se passava.

— Eu... Tenho. - murmurei, querendo desviar meu olhar, mas me sentindo incapaz.

Caroline tinha aquele poder de me prender a ela, coisa que ninguém havia conseguido exercer sobre mim. Ela colocou meu livro de volta no lugare deu alguns passos até ficar a minha frente. Passou a ponta dos dedos pelo meu rosto, deixando o polegar acariciar meu lábio inferior. Tive vontade de fechar os olhos, mas não o fiz. Queria ver até onde ela iria.

- Você é tão linda, Rosamaria e me falando
essas coisas... Meu pau já está tão duro, que eu faria de tudo para entrar em você agora, mas não irei. Sabe o que eu quero agora, Rosamaria?- Balancei a cabeça, engolindo em seco. - Quero que você tire toda a sua roupa e fique em frente a sua cama, com os pés no chão e as mãos apoiadas no colchão. Certo?

- Sim. ― murmurei.

Ela apontou para cama atrás de mim com a sobrancelha e eu me virei, para ir até ela, mas fui impedida com um puxão firme em meu cabelo, que nem sequer chegou a machucar, mas que foi forte o suficiente para me manter parada, com a cabeça inclinada para trás.

- Sim o que? - Caroline perguntou em meu ouvido, com a voz severa.

Oh, porra...

- Sim, senhora.

- Vá.

Ela me soltou e eu demorei alguns segundos para fazer com que meus pés se movessem em direção a minha cama. O que havia acontecido ali? Há meio minuto atrás, Caroline era apenas... Caroline, a atriz pornô. Agora eu tenho uma Caroline Dominadora dentro do meu quarto e a ideia de obedecê-la nunca foi tão excitante.

Tirei minhas roupas rapidamente e fiquei na posição que ela pediu. Estava praticamente de quatro e me sentia vulnerável e ao mesmo tempo sexy naquela posição, com a minha bunda e intimidade exposta para ela.

- Abra mais as pernas.

A voz dela ecoou pelo quarto, me dando a entender que ela não estava tão perto assim de mim. Abri mais as minhas pernas para ela, sentindo cada parte do meu corpo ficando eriçado, enquanto a curiosidade abordava minha mente. 0 que ela iria fazer comigo? Onde ela estava naquele momento, o que estava fazendo exatamente?

Queria tanto aquelas respostas, mas meu cérebro se esqueceu de cada uma delas quando senti o dedo de Caroline passeando em linha reta pela minha coluna. Queria me contorcer com aquele movimento preguiçoso e sensual, mas a posição me impedia e a única coisa que pude fazer foi soltar um suspiro alto, quando sua palma aberta acariciou lentamente minha bunda.

- Você confia em mim, Rosamaria? Eu jamais faria algo que pudesse machuca-la, certo? Lembrando que tudo o que eu faço é muito mais para o seu prazer do que para o meu. É para o nosso prazer e eu jamais faria algo que fugisse disso. Você disse que tem curiosidade e eu estou aqui para fazê-la provar o que quiser, qualquer coisa que eu faça e você não gostar, é só dizer “pare”, ok?

- Sim...

Uma tapa forte atingiu bem o meio das minhas nádegas, me fazendo resfolegar. Eu teria caído de cara da cama, se Caroline não tivesse me segurado pela cintura e me firmado perto de seu corpo.

- Sim o quê?

— Sim, senhora! - respondi em um tom mais alto do que pretendia, sentindo minha carne arder e minha intimidade se umedecer ainda mais.

Aquilo era bom para caralho!

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voltei ;)

PORNSTAR - RosattazOnde histórias criam vida. Descubra agora