Prólogo

1 1 0
                                    

As águas do rio corriam calmas, já era comum ultimamente. Uma brisa fresca tocava na pele da criança, que com os seus olhos fechados, cheirava o aroma a madeira queimada na lareira que ardia dentro da sua casa. Podia ver o fumo a sair da chaminé, saída do telhado de palha. Pousou a pequena lança que o havia ajudado a buscar o almoço na relva e agarrou no cesto que trazia repleto de peixes e ervas aromáticas. Correu pelo campo verde que tinha na frente da sua casa, sentindo o vento primaveril tocar-lhe na face enquanto se aproximava cada vez mais da sua casa. Abriu a porta de madeira, caminhou pela pequena casa até à fraca mesa perto da lareira, onde, em esforço para lá chegar, pousou o cesto que trazia. Correu até á sua mãe que preparava o jantar e abraçou-a. Ao mesmo tempo, a porta abre-se de novo, e um homem alto, vestido em trajes de couro entra na casa e aproxima-se dos dois. Pousa a madeira que tinha nos braços ao lado da lareira e abraça a mulher e o filho.
-Olá pai.
-Filho, olá. Olá amor.
-Olá Pedro.
Priscila inclina-se e beija o seu amado. Haviam-se passado anos mas o essencial do seu amor continuava intacto. O filho recuou uns escassos centímetros, e olhando com admiração para os pais, decidiu fazer uma questão que nunca havia feito em 8 anos de vida.
-Pai, como conheceste a mãe ?
Pedro, agora abraçado a Priscila olha para ela, procurando confirmação para o dizer. A princesa olhou para o viajante e sorriu.
-Ele já tem idade, devemos contar-lhe a nossa história.
Pedro olha para ela, e depois para ele.
-Muito bem António, é uma longa história.
Todos se sentam à mesa e Pedro começa :
-Bem, tudo começa em 2027.

Entre Dois Séculos Onde histórias criam vida. Descubra agora