𝐂𝐀𝐑𝐃𝐒 | ℛ𝑜𝑏𝑖𝑛 𝒜𝑟𝑒𝑙𝑙𝑎𝑛𝑜

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𝗘𝗺 um piscar de olhos, apareceu a nossa querida segunda-feira, o dia que eu mais odeio da semana. Na minha opinião, não deveria existir aula em uma segunda

E ainda para piorar o meu dia, o professor de matemática acaba de anúnciar uma prova surpresa

— Eu quero apenas lápis, borracha e caneta em cima da mesa — Fala o mais velho passando as provas em cada mesa

Ai que raiva, odeio coisas desprevenidas na hora. Eu não sei trabalhar sob pressão, muito menos em uma droga de prova de exatas

— Se eu ver, escutar cochichos ou qualquer outra circunstância de cola, irei toma-la e automáticamente o aluno ganhará 0 — Conclui o professor

— Inferno de professor — sussurro para mim mesma

— Silêncio! Boa prova para vocês — ele senta em sua cadeira, pegando um jornal em sua mão e folheando o mesmo

Professores... Todos são iguais, quando não tem mais conteúdo para dar, resolvem jogar a prova mais complicada do mundo em nossas costas e a gente que se vire para resolve-la, enquanto eles tomam cafézinho e leem jornal. Isso porque ele disse que ficaria de olho em nós

Começo minha prova e chego no ponto até de esquecer meu nome nessa coisa. Por que isso sempre acontece comigo?

Uns minutos mais tarde, eu já tinha avançado um pouco mais a prova. Sinto algo sendo lançado em minhas costas, me assusto e olho para o chão, vendo uma bolinha de papel amassada. Olho ao redor tentando ver quem jogou e, lógico que era Robin, nem sei por que a pergunta, sendo que estava muito óbvio que era ele

Pego o papel, abrindo devagar e lá estava escrito: "𝑚𝑒 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎 𝑛𝑎... 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎? 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑟 :)"

Olho para trás novamente e ele estava sorrindo parecendo criança, era engraçando. Começo a escrever todas as respostas para ele e mando o bilhete discretamente, sem o professor vê, o garoto abre e sorri sussurrando um "valeu"

Volto a fazer a prova, porque ainda faltava longos minutos de tortura, para a aula acabar e depois seria o intervalo, onde eu e Robin se juntamos para falar mal do professor, da aula e da prova

— Minha aula acabou, podem colocar a prova em cima da minha mesa e saírem devagar da sala. Amanhã vocês receberam as notas — finaliza o professor, pegando as folhas e saindo da classe

— Eu te falei que ele era extremamente chato, quando ele quer — aproxima o moreno

— Você tinha razão, que prova insuportável foi essa, do nada? — falo e andamos até a saída da sala

— Prova que gente velha faz, para infernizar a vida dos alunos em vez de jogarem bingo no domingo — Robin retruca me fazendo rir

— Oi gente, como foi a aula de vocês? — fala Finney, se aproximando junto com Gwen

— Uma merda, tivemos uma prova surpresa de matemática — respondo

— Nossa, que azar em Robin — Finn faz graça com o amigo, fazendo o mesmo revirar os olhos

— Amélia, quero te convidar para minha festa do pijama — Gwen diz com um sorriso no rosto

— Que legal Gwen, quando vai ser?

— Sexta-feira, vai ter eu, a Susie e a Donna, mais conhecida como a namoradinha do Finny — a garota ri, fazendo Finney ficar vermelho de vergonha

— Ai que fofos — rio — Eu vou na sua festa sim

— Ai que ótimo, não vejo a hora de chegar sexta — a mesma fala muito feliz

— E essa festa pode garotos? — pergunta Robin interessado

— É uma festa do pijama só para garotas, Robin!

— Mas o Finney vai estar lá — o mesmo diz inconformado

— É, mas ele é meu irmão. Ele mora lá, inteligente — a garota bate a mão na testa

— Relaxa mano, elas vão pintar as unhas e essas coisas de meninas — Finney avisa

— Eca, verdade

— Vocês que são invejosos, porque não vão fazer nada de interessante — falo

— Pois eu e Robin vamos assistir filme enquanto vocês fofocam, pintando as unhas uma das outras — fala Finney

— Perfeito, vou na sua casa e a gente assiste massacre da serra elétrica — Robin da ideia

— Perfeito então — confirma Finney, dando um leve tapinha nas costas de Robin