Entre Dois Mundos - Kim Taehyung

2-T cap 13 - Talvez...

— Tenho quase certeza de que ele absorveu o golpe...- Raven insistiu.
Ele provavelmente estava certo, já que é o que tem acontecido, ele simplesmente absorve tudo.

— Ok vamos testar... Onde esta a sua espada? - Doutor pergunta a Raven.

— Acho que ainda não podemos matar ele...

—Acho que não precisa ser com a espada dele... Vai que da ruim... - Disse a eles tentando não parecer tão preocupada.

Estávamos no dia seguinte no laboratório, Austin estava longe o suficiente pra que eu mesma não o matasse.

Horas depois, deixamos Taehyung sobre os cuidado do senhor do tempo viciado em café, Austin estava emburrado, escorado na pia da cozinha enquanto tomava café que pelo cheiro forte tive certeza que era sem açúcar, e se bem o conheço ele, estava triste.

— Café sem açúcar...

— Veio tentar me matar de novo? - ele nem me olhou, tinha sua atenção presa no quadro da parede.

— Vim pedir desculpas por perder o controle... Eu nunca quis te machucar, você sabe...

— É por que seu auto controle ta indo embora junto com a energia do reino, a magia... Ta tudo uma droga... Mas eu não vou mais falar sobre isso, espero que consiga resolver tudo... - sua voz estava tão baixa.

—  Estou tentando...

— Você... Gosta mesmo dele? Quer dizer... Estávamos bem, mesmo depois de um tempo, achei que ficaríamos juntos de novo... E.. - A voz de Austin falhou senti sua confusão.

"Droga Loirinho"

—  Por favor... Sabe que não poderíamos voltar, Austin... Por mais que eu ainda te ame, ou você me ame, não temos mais o que tivemos...

—  Você decidiu isso por nós... Eu nunca quis perder você, nunca quis fazer algo que te afastasse eu venho tentando ser o melhor por nós e as crianças... Eu, sinto sua falta... Sinto tanta... Que nem durmo direito quando lembro que eu tinha você pra me abraçar... Você decidiu isso por nós...-

—  Ai... Você lembra quem pediu o divórcio certo?... Nem você aguentava mais... Não estavamos dando certo, não eram brigas comuns Austin, eram ofensas e críticas o tempo todo... - senti minha garganta arranhar, vi os olhos do loiro ficarem marejados, senti vontade de abraça-lo.

— Eu sei... É que, eu percebi muito tarde... Eu não deveria ter ficado, eu deveria ter ido embora...

— Vem aqui..

O abracei e ele retribui abraçando mais forte enquanto abafava o choro em meu ombro.

—Eu não sou assim, você sabe que não... Mas eu não consigo ver isso, não posso suportar isso... Doi muito!

— Austin... Por favor... Você-

— Eu sei, eu vou ficar longe... Se precisar de mim eu estou no escritório! - ele limpa as lagrimas e sai andando.

Aquilo realmente me doeu, mas não era como se ele fosse inocente nessa história, se eu me irritasse e perdesse o controle de novo, mesmo que eu não quisesse eu o mataria.

(...)

De volta na casa de meus avos pela manhã, acordei cansada e com dores no corpo, provavelmente pela transformação, essa realidade nunca me ajuda em nada.

Pedi a minha vó que me desse algo para a dor, que se concentrava muito mais nas minhas costas.
Ela me deu um chá, e passou uma pomada que refresca a pele, não resolveu muito mas ajudou.