Tardes Negras - AyA

Capitulo 1

Prólogo

        2009.

Alfonso Herrera saiu da casa de Anahí cheio de raiva e rancor. Um pouco de tristeza também, mesmo que não admitisse.

Como ela acabava com o namoro deles assim, do nada? Ela nem sequer dissera porque havia ficado no hospital por quatro dias, enquanto ele teve que ir gravar uma participação numa novela da Televisa, em Puebla.

Agora isso não importava mais.

Pois bem, Any havia dito que não queria voltar a vê-lo tão cedo. Assim seria. Em sua casa ele tinha o cartão do produtor italiano que o procurara semanas antes.

Poncho: Itália... Parece bom.

Dois anos depois.

Bom? Era ótimo. Um país muito diferente do México em muitas coisas, e praticamente igual em tantas outras.

As fãs, por exemplo, eram as mesmas, ele pensou sorrindo enquanto tirava uma foto com uma delas. Mas, diferentemente das mexicanas, fãs italianas pelo menos o deixava andar tranquilo (ou quase) pelas ruas de Roma.

Cantarolando uma música de Tiziano Ferro ele olhava as vitrines na rua.

'Finalmente'. Ele foi até a loja onde um banner com a propaganda do novo perfume Dolce&Gabbana era visto. Ela certamente gostaria...

O celular tocou. Ainda pensando no perfume ele pegou o aparelho e tirou o fone do ouvido.

Estranho. Era uma ligação do México. Ele não conhecia o número.

Poncho: Quindi non? Err... Pois não?

Xxx: Buon pomeriggio (Boa tarde), Poncho. Ainda lembra de mim?

Poncho: Pedro? - Ele perguntou incerto.

Pedro Damian: Que bom que você lembra... Possiamo ora comunicare? (Podemos conversar agora?)

Poncho: Potete legarti più successivamente a me? (Você pode me ligar mais tarde?) Sono nella via... (Eu tô na rua...)

P.D: È buono. Mi lego a voi della notte, sicuro? (Tá bom, te ligo de noite, certo?)

Poncho: Approvazione. Tchau. (Ok. Tchau)

P.D: Tchau. - Ele desligou.

Poncho fez o mesmo e guardou o celular.

O que Pedro queria com ele? E desde quando falava italiano?

Ele entrou na loja.

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