3-Descoberta

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  Já estava de noite quando Roier acordou. Ele abre os olhos e encara o teto por alguns segundos, tentando entender o que tinha acontecido para ele acordar na cama. Levanta seu tronco enquanto apoia seus braços na cama, ele olha para o lado e vê Cellbit alí, dormindo no chão, com a cabeça deitada ponta da cama. Cellbit estava deitado de lado, não parecia estar muito confortável naquela posição.

- Cellbit? - Roier fala, quase sussurando. Ele coloca a mão no cabelo de Cell, balançando um pouco para tentar acorda-lo.

  Que barulho... estranho. Roier se deita novamente, agora deixando a cabeça perto do rosto de Cell. Era possível escutar um... ronronado? Cellbit estava ronronando?! Ele é metade gato, não era tanta surpresa assim, mas como a porra de um assasino era capaz de ronronar quando recebe carinho? Que maluquice, Pura ironia. Isso rende algumas risadas bobas de Roier, ver Cellbit procurando mais carinho com a cabeça quando Roier parava de acarencia-lo era engraçado.

  Depois de alguns minutos, Cellbit abre os olhos lentamente, parecia cansado. Roier tenta disfarçar e fechou os olhos rapidamente, fingindo estar dormindo.

- Hm? - Cellbit acorda totalmente, ele vê Roier logo em sua frente, se assustando um pouco. Ele levanta, cuidadosamente ele arruma Roier na cama.

  Roier ebre os olhos, vendo Cellbit em pé ao seu lado, ele estava arrumando o cabelo.

- Ta melhor? - Cellbit pergunta meio seco, olhando o Mexicano.

- Estou. Só um pouco cabisbaixo, nada de mais. - Roier senta na cama, encostando as costas na parede e a cabeça também, ele olhava para cima.

  Cellbit olhava o outro por um tempo, encarando o pescoço do mesmo. "Ele ta fazendo isso de propósito, não é possível." Cellbit se segurava para não avançar no pescoço do outro, se segurava muito. - Sabe algo que vai te animar?

- Hum? - Roier vê Cellbit se ajoelhado e pegando algo em baixo de sua própria cama, era uma garrada de vinho com menos da metade bebida.

- Vinho. Toma um gole. - Cellbit entrega a garrafa nas mãos de Roier, que logo exita em pegar.

- Como caralhos você tem isso?!

- Sabe aquela salinha que tem na entrada da prisão? Os guardas ficam lá. Esperei todos sairem e fui olhar... lá tem de tudo. Tinha vários vinhos e outras bebidas, até agora eles não sentiram falta desse ai. Toma um gole. - Diz Cellbit já sentado em sua cama, ele olhava Roier.

- Não sei... não me dou com álcool. - Roier diz enquanto olhava a garrafa.

- Sério? Que pena. - Ele diz em um tom sarcástico, se levanta e pega a garrafa das mãos de Roier, abrindo ela é tomando um gole.

- Você não acha que... já que vamos ficar juntos por um bom tempo, deveriamos nos conhecer melhor? Senta ai, me fala como você foi preso. - Roier bate algumas vezes ao seu lado na cama, falando para Cellbit sentar alí.

  Ele olha o moreno antes de sentar, mas logo o faz. - Fala você primeiro. - Cellbit toma um gole do vinho.

- Ta bom. Lá no México eu tinha um amor, mas não era recíproco, acho que todos já passamos por isso. Aceitar aquilo não foi fácil, nem um pouco, mas eu consegui. - Roier diz enquanto olhava  o teto.

- México? Hum... E como você lidou com isso?- Cellbit toma um gole do vinho. Alcatraz recebia pessoas de todos os cantos, mas alguém do México era novidade para Cellbit.

- Sabe o ditado, né? Se eu não posso ter, ninguém pode. Dei um tiro na cabeça dele enquanto estavamos brigando. Desfigurei o rosto dele com uma faca, não queria que mais ninguém o olhasse ou reconhecese seu rosto. Coloquei pedras em seu estomago e joguei o corpo em um rio longe da cidade... acharam o corpo. Eu tentei fugir mas me encontraram, agora eu to aqui. - Roier diz frio, sem espressar remorso nenhum. Ele olha Cellbit, que estava o olhando de volta.

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