A noite caía com suavidade, cobrindo o cenário com uma manta de estrelas cintilantes. Aurum e Elara, ainda sentados ao lado da fogueira que crepitava, quando uma melodia misteriosa, suave como o murmúrio do riacho, chegou aos seus ouvidos.
Ambos se levantaram em uníssono, seguindo o som encantador até uma clareira escondida, onde a lua lançava um brilho prateado sobre um círculo de pedras antigas. Lá, um druida idoso estava de pé, tocando uma flauta de madeira, cuja música parecia estar em perfeita sintonia com a natureza ao seu redor.
O druida tinha longos cabelos prateados e vestia uma túnica de folhas verdes e musgo. Sua expressão era serena e sábia, e seus olhos brilhavam com um profundo conhecimento. A música que ele tocava era cheia de magia, e sua melodia parecia invocar a própria essência da floresta.
Elara se aproximou com um respeito genuíno, reconhecendo o poder e a sabedoria do druida.
-Você é um guardião da natureza, um druida das antigas tradições?
O druida assentiu com um aceno de cabeça, sua flauta cessando sua melodia encantadora.
-Sou conhecido como Daelan, o Vigia da Floresta. Observo os eventos que ocorrem em toda a floresta e estou ciente do seu propósito, jovem Aurum, e da nobre Elara.
Aurum e Elara trocaram olhares surpresos, percebendo que Daelan conhecia seus nomes e sua missão. O druida continuou:
-A união dos três é fundamental para enfrentar a escuridão que ameaça Wimorin. Aurum, com sua magia draconica, representa a força e a coragem. Elara, sua ligação com a natureza traz harmonia e equilíbrio. E eu, com minha conexão com os antigos segredos da floresta, trago sabedoria e visão.
Logo os dois entenderam a importância dessa união mágica. Daelan estava destinado a ser o terceiro membro de sua equipe, e juntos, eles enfrentariam os desafios que aguardavam.
Daelan levantou a flauta mais uma vez, e sua música encheu a clareira com uma sensação de paz e entendimento. Enquanto a melodia ecoava, os três fizeram um juramento solene de proteger Wimorin e de despertar os dragões da Luz. Eles se comprometeram a lutar juntos, compartilhando seus dons e habilidades, em busca de uma harmonia que desafiaria a própria escuridão que se aproximava.
Com o juramento selado, a floresta pareceu vibrar em resposta, como se a própria natureza celebrasse a união dos três guardiões. Estava claro que eles não enfrentariam sua jornada sozinhos; a natureza estava do lado deles, pronta para guiar, proteger e conceder seus segredos.
Os três passaram a noite na clareira, ouvindo as historias de Daelan, que os contou inumeras aventuras. A lua brilhava com intensidade sobre eles, lançando sua luz prateada como uma bênção. Era o começo de uma nova fase em sua jornada, uma jornada que agora contava com uma equipe de três guardiões, unidos pelo destino e pela magia que os cercava.
Na manhã seguinte, eles partiram, renovados em sua determinação. Juntos, eles enfrentariam os desafios que os esperavam. O mundo estava em suas mãos, e eles estavam prontos para enfrentar o futuro com coragem, sabedoria e harmonia.
O trio continuou sua jornada através da floresta, onde os espiritos sussurravam palavras de encorajamento enquanto eles se aproximavam do coração da floresta.
À medida que avançavam, as árvores da floresta tornavam-se mais antigas e imponentes, carregando uma aura de sabedoria milenar. Os riachos que cruzavam seu caminho sussurravam lendas esquecidas, e os pássaros cantavam canções antigas que pareciam predizer os desafios que estavam por vir.
Enquanto o trio se aproximava do centro da floresta, uma sombra sinistra começou a se insinuar pelo dossel das árvores. O ar ficou mais pesado, e uma névoa escura começou a envolvê-los. Elara franziu a testa, seu dom da comunicação com a natureza alertando-a de que algo estava errado.
Eles emergiram de uma densa área de árvores e se encontraram diante de uma clareira envolta em trevas. No centro da clareira, uma figura sinistra estava de pé, um ser encapuzado com olhos brilhando de malícia. Era o Primeiro Senhor das Trevas, um ser de grande poder e escuridão, que havia sido uma ameaça à paz de Wimorin por eras.
O Primeiro Senhor das Trevas levantou a mão esquelética, e a névoa sombria ao redor deles se adensou, tomando forma. Surgiram sombras grotescas, criaturas corrompidas pela escuridão. Elas avançaram, cercando o trio, prontas para atacar.
Daelan, com sua túnica de folhas verdes tremulando com a energia da floresta, estendeu as mãos, invocando uma barreira mágica de luz que protegeu Aurum, Elara e a si mesmo. As sombras bateram contra a barreira, mas a magia de Daelan as mantinha afastadas.
O Primeiro Senhor das Trevas riu, sua voz ecoando com um tom sibilante.
-Vocês, guardiões da luz, acham que podem desafiar a escuridão que reina em Wimorin? Este é apenas o começo de seu sofrimento.
Aurum, com as escamas vermelhas cintilando, desencadeou uma rajada de chamas draconicas que iluminou a clareira, empurrando as sombras para trás. Elara usou sua magia para criar uma corrente de vento que dispersou a névoa escura. A barreira de Daelan brilhava intensamente, mantendo a proteção do trio.
O confronto entre a luz e a escuridão naquela clareira ecoou com a intensidade da batalha interior entre o bem e o mal em Wimorin. Os guardiões sabiam que o Primeiro Senhor das Trevas não seria vencido facilmente, mas eles estavam determinados a proteger o reino.
O Primeiro Senhor das Trevas, vendo que seus ataques iniciais haviam sido repelidos, recuou para as sombras, desaparecendo na escuridão da floresta. Sua risada malévola continuava ecoando, como um lembrete sinistro do perigo que os aguardava.
O trio permaneceu alerta, consciente de que a escuridão ainda os rondava. A batalha contra o Primeiro Senhor das Trevas era apenas o começo de uma longa e árdua jornada, e eles estavam prontos para enfrentar os desafios que viriam.
Aurum, Elara e Daelan se reuniram, seus olhos determinados, suas habilidades combinadas e o coração cheio de esperança. Eles sabiam que o destino estava em suas mãos e que a escuridão nunca prevaleceria enquanto a luz da união deles brilhasse.
Com os ecos da batalha ainda ressoando na floresta, o trio avançou mais profundamente na floresta, rumo ao desconhecido para Aurum, por dias caminhando e batalhando, eles finalmente chegaram ao fim da floresta e ao longe já era possível observar pequenas luzes em abundância e enormes muralhas. E assim, chegaram a cidade Luminaris.