♡︎ Cap 1: Chegada do Mimado ♡

58 8 54
                                    

                               🍭🍭🍭

— Vira! Vira! Vira! Vira!

Os gritos para o Jackson virar sua bebida estavam altos. Jackson tinha acabado de voltar da Alemanha, com o dinheiro na conta, o que significava "missão encerrada". Dei um sorrisinho enquanto dava uma tragada no cigarro que estava no meu dedo, logo soltando a fumaça pela boca e me sentindo menos ansioso, afinal, era o que o cigarro prometia.

Jackson virou a bebida toda e deu um sorriso orgulhoso, recebendo gritos e aplausos.

Toda folga era assim, e não era a pior coisa do mundo. Era uma atmosfera boa ver todo mundo se divertindo, bebendo e dançando, quando não estavam se comendo, óbvio.

Traguei o cigarro de novo procurando por Jennie nessa multidão. Nós éramos muito amigos e ela tinha até o meu nome tatuado no braço, o que era o charme dela. Aquela garota era íncrivel, e por isso eu precisava dela para conversar, e no momento não a tinha achado.

Vi uma garota, provavelmente convidada do Jackson se aproximar e continuei com o meu cigarro, porque eu tinha prioridades, e o cigarro era uma delas. A garota sentou em uma das minhas coxas, sorrindo. Soltei a fumaça pelo lado contrário do rosto dela, finalmente a encarando.

— Olá, chefe... Quer dar uma fugidinha? — Me deu pena, porque ela parecia esperançosa. Ou não.

Eu era gerente e secretário, um segundo chefe, por isso ela me chamou assim. Eu que fazia as entrevistas e era o primeiro a saber das missões, por isso eu tinha respeito na máfia, até mais do que o próprio fundador desse buraco.

Sorri e dei um selar na bochecha dela, negando com a cabeça levemente.

— Desculpa, garota. Eu estou cansado e estou esperando meu parceiro, mas obrigado pelo convite.

Ela pareceu decepcionada, mas depois assentiu com a cabeça e saiu do meu colo, mudando seu rumo para o colo do Jackson. Ela era bonita, mas eu não gostava de mulheres e ela em específico não me agradava nem um pouquinho, não sei como ela não percebeu, apesar de não ser algo que eu transpareça tanto assim.

Eu me achava de verdade alguém atraente, minha aparência nunca foi motivo de insegurança e eu sempre fui do tipo descolado. Não me leve a mal, mas eu não era do tipo ruim na escola e que vivia drogado pelos cantos, eu só era muito parecido com alguém hétero, e eu gosto de ser assim. Afinal, pra ser gay não precisa usar roupas femininas e nem ser cantor de funk, isso é uma opção até para héteros. Isso não se diz nada.

Joguei o cigarro fora e suspirei, tomando um gole de conhaque. Olhei no meu relógio de pulso e ele marcava 18:30, o que indicava que meu parceiro estava atrasado meia-hora.

— Mas que porra ele tá fazendo pra demorar meia-hora pra chegar?

Falei comigo mesmo e bufei. Eu relevava quinze minutos, agora meia-hora era falta de respeito e falta de responsabilidade demais, o que quase dava no mesmo. Revirei os olhos e vi Jennie se aproximar de mim, um sorriso envergonhado nos lábios vermelhos.

— O que foi hein? Por acaso a Lalisa respirou do seu lado ou te perguntou onde era o banheiro?

Debochei e minha amiga fechou a cara, me dando língua. Jennie era uma ômega muito gentil, mas no trabalho realmente parecia estar fora de si, como se atirar facas era uma diversão e tanto, isso era ótimo, e nem preciso dizer com quem ela aprendeu tal feito.

Eu.

O único defeito dela é não saber como lidar com sentimentos românticos, como agora.

— Ai, Ji... Ela não gosta de mim, ela só quer ficar, e você sabe... Eu sou fraca e não consigo resistir e acabo cedendo.

O preço por te amarOnde histórias criam vida. Descubra agora