O grande encontro

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-Ah, oi!

-Oi, tudo bem?

-Acho que sim, quem é você?

-Eu sou...

-Soraya, esse é meu filho, Ricardo, e essa é a filha do Walter.

A noiva do meu pai apareceu de repente no corredor e nos apresentou.

-Então quer dizer que você que será a maninha?

-É, acho que sim.

Ele pegou na minha mão e me deu um beijo no rosto, não sei por que, mas senti meu coração bater tão forte e rápido que parece que ele ia sair pela minha boca, me esforcei para disfarçar e entrei rapidamente para o meu quarto. Demorei muito para dormir naquela noite imaginando como seria a minha vida daquele dia em diante. Como seria meu comportamento diante daquele homem lindo que me causou aquela estranha sensação?
No outro dia eu acordei por volta de 08:30hs e ao chegar a cozinha vi que a mesa estava posta , porém não havia ninguém lá. Me sentei e enquanto comia o Ricardo apareceu sem camisa e meio sonolento.

-Bom dia maninha!

-Bom dia!

-Você acorda cedo assim todo domingo?

-Não, é que eu perdi o sono.

-Cadê todo mundo?

-Não sei, quando acordei a casa já estava vazia.

-Está tudo bem mesmo?

-Sim, por quê?

-Nada, é que você parece estar diferente de ontem.

-Diferente como?

-Deixa pra lá.

Enquanto a gente comia conversamos muito e fui descobrindo um homem simpático, inteligente e brincalhão, ele parecia estar lendo meus pensamentos. Logo fui me arrumar e ele veio falar comigo.

-Aonde você vai?

-Eu vou ver a minha prima Alice, ela ainda não sabe que estou aqui na cidade, então vou visitá-la.

-É que eu preciso da sua ajuda na pizzaria, então se quiser eu te levo e de lá vamos direto para o trabalho.

-Tudo bem, mas não demore.

-Já volto.

Então ele me levou até a casa da Alice e de lá fomos para a pizzaria, realmente em dia de domingo aquilo fervia, era gente chegando e saindo, o telefone tocando sem parar, uma verdadeira loucura.
Algumas horas depois o movimento diminuiu e minhas forças também, o Ricardo que estava passando por ali veio falar comigo.

-Que vida boa moça!

-Ah Ricardo...

-Ah nada, vamos voltar ao trabalho.

-É sério, já são 15:30hs e eu ainda não consegui almoçar!

-Ninguém ficou no seu lugar pra você comer?

-Não e eu acho que minha pressão está baixa, eu não estou me sentindo bem!

Nessa hora senti minha visão ficar embaçada e ao tentar me levantar minhas pernas perderam as forças e o Ricardo me segurou.

-Soraya você está bem?

-Estou um pouco tonta!

-Consegue andar?

-Acho que sim.

Fui com ele para o coffe break e pude reparar no homem atencioso que ele era enquanto me dava um copo d’água e me fazia companhia durante o almoço.
Depois de comer o Ricardo falou com meu pai para gente ir pra casa e como o movimento já estava bem fraco ele deixou. Assim que chegamos fui tomar um banho e depois fui falar com o Ricardo.

-Oi Ricardo, posso entrar?

-Claro e pode me chamar só de Rick.

-Tudo bem Rick, eu queria te agradecer por cuidar de mim mais cedo.

-Que isso agora sou seu irmão mais velho, vou sempre cuidar de você!

-Está bem, de qualquer forma obrigada!

-Vem cá, não precisa agradecer!

Disse isso e me abraçou, apesar de sentir meu coração quase pular para fora do meu peito respirei fundo para não demonstrar o que ele me causava. De repente surgiu um clima que quase fez um beijo acontecer entre nós, mas meu celular começou a tocar.

Um amor impossível - O princípio Onde histórias criam vida. Descubra agora