Tentativa n°1

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Era a minha prima Alice me chamando para ir à missa com ela. Fui me arrumar, não demorou muito e ela chegou.

-O que foi Sosô?

-Depois eu te conto, vamos.

-Então tá.

Saímos e no caminho contei tudo a Alice que achava que eu deveria ter deixado acontecer e ver até onde ele ia, logo chegamos a igreja e só voltamos a falar sobre isso quando a missa terminou, ficamos na praça da igreja comendo pipoca e falando sobre o acontecido.

-Sosô eu acho mesmo que você deveria ter deixado o beijo acontecer.

-Mas Alice, para ele somos irmãos e eu sei que isso nunca aconteceria.

-Por que você tem tanta certeza?

-Ele é muito respeitador e não encostaria um dedo em mim.

-Não seja por isso encoste você um dedo nele.

-Como assim?

-Um toque pode dizer mais pode dizer mais que mil palavras, então por mais respeito que ele tenha, ele continua sendo homem que possui desejos e vontades.

-Mas não sei fazer isso.

-Se realmente quiser eu te ajudo.

-Ainda não tenho certeza, agora vamos, pois está ficando tarde!

E assim voltamos para minha casa, desde que saímos da igreja percebi que do outro lado da rua havia um carro que andava e depois parava. A Alice também percebeu então desviamos o caminho de casa, mas o carro acelerou e continuou a nos seguir, fizemos a volta no quarteirão e entramos em casa.
Depois de descansar um pouco a Alice disse que precisava ir, pois tinha aula cedo no outro dia. O Ricardo se ofereceu pra levá-la e eu claro fui junto, depois de deixá-la em casa voltamos por uma rua que passava em frente a Lagoa dos Patos, que era um ponto turístico da cidade e paramos para conversar.

-Está tudo bem Rick?

-Eu sempre venho aqui para espairecer, o barulho da água acalma meus pensamentos.

-Você está triste?

-Não, como eu poderia estar triste se a vida me traz uma surpresa maravilhosa a cada dia?

Disse isso e me olhou de um jeito diferente, fiquei sem graça e virei o rosto, porém ele me segurou e disse.

-Não vire o rosto Soraya, a minha intenção não era te deixar sem graça!

-Eu não fiquei sem graça!

-Então por que virou o rosto?

-Nada.

Ele passou a mão em meu rosto mais uma vez, só que dessa vez eu decidi não me virar e ver até onde ele ia. Nos aproximamos e pude sentir sua respiração cada vez mais perto, pude sentir também suas mãos em volta da minha cintura me puxando para perto dele.
Ao olhar em seus olhos vi um homem que demonstrava desejo ao me olhar e me tocar, nossos lábios chegaram a se tocar, mas de repente ouvimos uma voz.

Um amor impossível - O princípio Onde histórias criam vida. Descubra agora