Cantos Escuros De Uma Mente Fodida

1. A Face Oculta da Justiça.

Nossa primeira história é sobre a mente de uma advogada. Para preservar sua identidade, vou chamá-la de Roberta. Roberta é dona de uma beleza e inteligência extraordinárias, era uma presença marcante em qualquer ambiente que frequentasse. Com uma carreira jurídica sólida e uma casa luxuosa na zona norte de São Paulo, ela se destacava como uma mulher bem-sucedida. No entanto, sob o brilho de sua fachada triunfante, escondia-se um segredo obscuro, cuidadosamente guardado. Um segredo que ninguém jamais imaginaria.

A obsessão que a impulsionava era um coquetel perigoso, uma mescla de sedução e crueldade que a tornava uma mestre na arte da manipulação. Ela possuía um talento singular para atrair homens, envolvendo-os em sua teia com uma habilidade que lembrava uma aranha traiçoeira, que, pacientemente, urdia sua armadilha em torno de suas vítimas. Sem sombra de dúvidas, Roberta era capaz de construir relacionamentos apaixonados que pareciam genuínos, mas que escondiam, por trás da fachada da paixão, seus impulsos obscuros e incontroláveis, como ela mesma já me confessou. Na época, a advogada de 35 anos, agia como um maestro da ilusão, ela escondia e manipulava habilmente os traços de sua psicose profunda sob a máscara de carinho e afeição, fazendo com que suas vítimas fossem levadas pelo turbilhão de emoções, sem nunca suspeitar da perversidade que a morena escondia.

Durante as claras horas do dia, Roberta era uma figura respeitável e de destaque no conceituado escritório de advocacia da cidade. Seu sócio, nada menos que seu irmão mais velho, mantinha uma vigilância cautelosa sobre sua conduta, desconfiando de que algo obscuro pairava sobre a vida de Roberta. No entanto, jamais ousara imaginar a verdade. O irmão, com inocência, acreditava que a maior preocupação envolvendo Roberta era o uso de substâncias ilícitas. Esse erro de julgamento o levaria a descobrir um abismo de perversidade que o deixaria perplexo. Durante o dia, Roberta se mostrava como uma advogada exemplar, desempenhando suas funções com maestria, satisfazendo as demandas de seus clientes na grande São Paulo. Parecia que nada poderia perturbar sua integridade profissional.

Mas, quando a noite lançava seu véu sombrio sobre a cidade, Roberta revelava seu lado mais sinistro. Era então que o caleidoscópio de sua psicose se desdobrava. Nas ruas ocultas, nas boates, nos becos sombrios e nas encruzilhadas doentias de seus desejos, ela se entregava aos seus impulsos e incontroláveis. Como uma transformação aterradora, um abismo que separava a advogada brilhante do monstro sádico que habitava sua mente.

Na fatídica madrugada em que ela foi presa, o plano que ela havia orquestrado começou com um encontro que ocorreu horas antes. Ela havia se encontrado com um jovem, carinhosamente chamado de "bebê" por ela mesma, um apelido que ela costumava alardear com orgulho perante suas amigas. Era como se ela desfrutasse do segredo, revelando apenas a metade mais doce de sua persona, enquanto mantinha cuidadosamente a metade amarga oculta. Curiosamente, suas amigas, aquelas que compartilhavam confidências com Roberta, permaneciam alheias às habilidades mortais da advogada. Para elas, Roberta era simplesmente uma amiga comum.

O encontro estava marcado em um luxuoso restaurante, localizado no centro de São Paulo, nas proximidades da Praça Anhangabaú. O jovem, que não podia acreditar em sua sorte, se viu diante da elegante advogada. Roberta, com seus cabelos negros, olhos castanhos e lábios rosados, exalava sedução que era impossível resistir, uma tentação que conquistaria qualquer homem. Deixando claro que a maioria das vítimas de Roberta eram homens mais jovens, menos corpulentos, tornando-os alvos mais fáceis. Com beijos ardentes e envolventes, ela logo persuadiu o rapaz a mudar de local. O motel foi sua primeira escolha, mas Roberta, com seu plano já articulado, conseguiu fazê-lo aceitar um convite ainda mais tentador: conhecer sua casa na zona norte de São Paulo.