𝐀 𝐥𝐨𝐨𝐩𝐡𝐨𝐥𝐞 𝐢𝐧 𝐦𝐚𝐠𝐢𝐜 - Daughter of the Devil

The heiress of pain

Pelos corredores obscuros do castelo Black, sob o comando de Michael Mikaelson, o ser mais poderoso de todo o clã, cuja linhagem estava intrinsecamente relacionada aos Deuses Gregos, circulava um reino repleto de herdeiros e herdeiras de grandes dinastias. Casamentos, naquela época, eram mais que simples alianças; eram deveres e pactos que sustentavam reinos inteiros. Flora Mikaelson, filha do grande mestre, estava prometida em casamento a Don, um deus renascido. Embora seu nome fosse delicado, sua forma de pensar e agir não se assemelhava à de uma princesa comum. Ao saber da notícia, ela correu freneticamente para encontrar seu pai.

Na sala do trono, interrompendo uma reunião crucial, Flora desafiou a decisão do pai. — Papai! — gritou, chamando a atenção dele, que a olhou com expressão confusa e ameaçadora, como se a presença de uma mulher em tal encontro fosse inaceitável. — Ira me vender como um lote para um lorde? — questionou, encarando-o diretamente, enquanto ele esboçava um sorriso de leve insatisfação.

— Você é uma princesa! Seu dever é gerar herdeiros para o reino de seu marido — zombou ele, rindo da pergunta como se fosse uma tolice. Seus olhos se reviraram, brilhando com um tom amarelado. — Não vou discutir com uma menina sobre seus deveres. — Ele a olhou com reprovação.

— Uma Deusa! Deusa! Diferente de todos os filhos do gênero masculino. Sou a única com sangue divino, Vossa Alteza Real. — Flora se retirou da sala, fazendo uma reverência solene, cruzou as pernas e abaixou a cabeça antes de se dirigir ao pátio de flores, seu lugar preferido, onde adorava sentir o perfume encantador da natureza.

Sentada sobre uma rocha, ela se inclinou para tocar a água do lago, mas ao olhar à frente, viu um homem elegantemente vestido. Seu olhar era gélido e intimidador. Ele estava do outro lado do lago, distante o suficiente para que seu rosto fosse apenas uma silhueta, mas claro o suficiente para que ela percebesse sua presença. Flora sorriu amigavelmente e acenou, mas, quando Ares tocou seu ombro e perguntou a quem ela estava acenando, ela procurou ao redor, mas o homem havia desaparecido.

— Ninguém, My Lord. — Flora sorriu com encanto. Durante as horas que passou com Ares, ela tocou suas mãos, dizendo-lhe que estava anoitecendo e que, embora amasse ver os cavalos e passear pelo jardim das estátuas dos deuses, tinha um jantar de noivado especial para comparecer e precisava se arrumar adequadamente. — Nos encontramos para jantar, My Lord. — Depois de um beijo rápido e formal em seu rosto, Flora seguiu para se preparar.

Após um agradável banho e sua rotina de exercícios para modelar a cintura, Flora vestiu um elegante vestido e foi ao jantar. Sentou-se ao lado de seu pai, o rei do castelo Black. Enquanto danças se sucediam, Ares a convidou para dançar, mas foi interrompido por um visitante conhecido do rei e de sua filha, Gabriel, o arcanjo. Ele era conhecido por sua natureza brincalhona, seus excessos e seu gosto por aventuras.

— Cheguei atrasado, Michael? — perguntou ele com um olhar frio. O rei se inclinou em sua direção, com um olhar penetrante. Antes que alguém suspeitasse de qualquer conflito, Michael o abraçou com força e lhe entregou um copo de rum. Flora, fazendo uma reverência a Ares, se aproximou de Gabriel para cumprimentá-lo. Seus olhares se cruzaram, e ela se sentiu gradualmente atraída por ele.

— Doce Flora... Como está grande! Vejo que se tornou uma mulher deslumbrante! — disse ele com um olhar ligeiramente malicioso, ao mesmo tempo em que beijava suas mãos, prendendo-a em seu olhar. Michael, o rei, observava, notando a linha tênue entre educação e cortejo. Gabriel fez uma reverência solene à jovem.

— Querida Flora, está na hora de descansar. — Michael, percebendo o desrespeito dela pela responsabilidade de princesa, ordenou que ela se retirasse. Ela o olhou, incrédula, e Gabriel, desafiador, disse que ela tinha idade suficiente para participar das festividades. Concordando com Gabriel, Michael a segurou firmemente pelo braço, fixando o olhar nela com fúria.