𝐀 𝐥𝐨𝐨𝐩𝐡𝐨𝐥𝐞 𝐢𝐧 𝐦𝐚𝐠𝐢𝐜 - Daughter of the Devil

The Devourer of Celestial Beings

A casa abandonada exalava um ar pesado e mofado, uma mistura de madeira apodrecida e umidade, como se o tempo tivesse se esquecido daquele lugar. Os sons de passos e sussurros reverberavam nas paredes, criando uma atmosfera densa e tensa. Elly, Sam e Dean estavam lá, cercando o demônio amarrado a uma cadeira antiga, as cordas parecendo um emaranhado de desespero.

O demônio, um ser grotesco com olhos vermelhos e um sorriso cínico, observava os três com desdém. Dean estava em pé, com os braços cruzados e uma expressão de desprezo estampada no rosto, enquanto Sam se inclinava para frente, suas feições concentradas, a mandíbula tensa, revelando a determinação que o movia. Elly, por sua vez, estava um passo atrás, a inquietude pulsando em seu corpo.

Ela tentou se manter firme, mas a fome estava se acumulando como uma tempestade no horizonte, prestes a desabar. O cheiro do demônio, misturado à decrepitude do lugar, era quase insuportável. Sua pele estava quente, e o desejo de sugar a energia sobrenatural dele a chamava como um canto hipnótico.

“Você tem algo a nos dizer sobre Amara”, Dean disse, sua voz grave e direta, encarando o demônio com intensidade. A tensão no ar era palpável, como se o ambiente estivesse esperando pelo desfecho daquela cena.

O demônio riu, um som baixo e cruel. “Ah, os Winchester. Sempre tão sérios. O que posso dizer? Sua ‘amiga’ não é alguém com quem você gostaria de brincar.” Ele olhou para Elly, um brilho malicioso em seus olhos. “E você? Você parece faminta, querida. Espero que não esteja pensando em me devorar. Não tenho certeza se isso lhe faria bem.”

Elly sentiu a raiva ferver dentro dela. “Cale a boca”, ela resmungou, a voz tremendo sob a pressão da fome. Seus olhos se estreitaram, e ela deu um passo à frente, como se estivesse prestes a atacar. O demônio sabia como provocá-la, e ele estava adorando cada momento.

Sam percebeu a mudança no comportamento dela e rapidamente se moveu para segurá-la. Ele agarrou o pulso dela, a pele dela quente sob seus dedos. “Elly, calma”, ele sussurrou, seus olhos fixos nos dela, buscando um ponto de conexão. Havia um frenesi nos olhos dela, uma mistura de desejo e dor, e ele queria trazê-la de volta à razão.

“Eu só preciso…”, ela começou, mas a voz soou como um lamento, a fome em seu interior quase gritando por liberdade. Sam a puxou suavemente para mais perto dele, sua expressão agora séria e preocupada. Ele precisava que ela voltasse a si.

“Olhe para mim”, ele disse, os olhos firmes nos dela. “Estamos juntos nisso. Não deixe que ele controle você.”

O demônio se divertia com a situação, mas a tensão aumentava. Elly podia sentir o calor do corpo de Sam contra o dela, e algo dentro dela se acalmou momentaneamente. Mas a fúria que o demônio estava provocando era um veneno, e ela estava quase perdida.

“Você não é mais que um animal de estimação, Elly. Apenas uma cadela obediente, esperando seu momento de servir.” As palavras do demônio cortaram o ar como uma faca, e o sorriso provocador em seu rosto era uma ofensa que queimava dentro dela.

Foi como se um interruptor tivesse sido acionado. O sangue dela fervia, e um impulso incontrolável tomou conta de sua mente. Sam, sentindo a mudança, apertou o pulso dela, tentando puxá-la de volta, mas a luta interna era feroz. “Concentre-se, Elly! Você é mais forte do que isso!”

“Deixe-me ir!” Ela resmungou, sua voz quase um grito, a adrenalina disparando em seu corpo. O espaço entre eles parecia encolher, e o mundo ao redor começou a girar enquanto a fome a envolvia como um manto pesado.

Nesse momento, Elly se libertou da pressão da mão de Sam, mas ele não desistiu. “Elly!”, ele exclamou, seu tom uma combinação de urgência e cuidado, enquanto a presença do demônio se tornava uma tempestade ao seu redor.