Cap 6 : Sensações

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Cap 6: Sensações.

Minha cabeça estava baixa, enquanto escutava todos baterem os talheres na mesa, o silêncio era constrangedor.

Tedioso.

Observei novamente a comida colocada em meu prato, só havia verduras.

Eu odiava verduras.

Meu mais novo padrasto observava mamãe com um sorriso nos lábios enquanto segurava sua mão por debaixo da mesa.

Tentativa de ser discreto.

Mas todos ao redor pareciam saber.

Encarei Taehyung ao meu lado que comia sua comida com desgosto, mesmo adorando salada.

Mexi nas tomates cortadas sobre meu prato e encarei o sal do outro lado da mesa.

—Pode me passar o sal? —Perguntei a Hoseok que balançou sua cabeça em concordância e me entregou.

Segurei a fatia em minhas mãos e mergulhei no sal, colocando-o na boca.

Senti quando Taehyung me cutucou e o encarei, o vendo negar com a cabeça.

Odiava o clima de pena que passava por aquela mesa.

Desde que as cartas chegaram, todos estão em um clima tenso, em silêncio.

Senti um aperto em minha coxa e encarei Jungkook ao meu lado, que comia silenciosamente sua salada.

—Se me permitem, estarei de saída. -Sunjoo foi o primeiro a se retirar, sem antes bagunçar o cabelo de Jungkook que estava ao seu lado.

—Termine seu almoço antes. —A mulher que ainda não me foi apresentada falou o olhando.

—Estou indo, bom almoço. —Sunjoo a ignorou e continuou seu caminho.

—Vou estar de saída também, marquei com uns amigos de jogar, já terminei. —Jungkook foi o próximo, mas antes de sair me cutucou e eu me levantei junto.

—Você não comeu nada, sente-se e termine. —A mulher falou e eu a olhei, intrigado.

Quem ela achava que era?

—Pode ir Jungkook e você...—Ela pareceu tentar lembrar meu nome. —Jimin, sente se e coma.

Jungkook não saiu e nem eu me sentei.

Só minha mãe mandava em mim.

—Eu não preciso de permissão, senhora. Não pretendo ficar e comer toda a comida, não sou da família, aproveitem o grande almoço.

Apressei meus passos e não fiquei para escutar reclamações da mamãe e nem da mulher mais velha, suspirei fundo, e senti quando Jungkook segurou forte minha mão e me puxou para dentro do seu quarto, ao subirmos alguns degraus da escada.

—O que— fui calado ao sentir minhas costas baterem forte com a parede branca de seu quarto, e seus lábios se juntarem ao meu de forma possessiva.

Suas mãos agarravam minha cintura forte, me fazendo gemer ao sentir sensações estranhas.

Suas mãos agarraram meu corpo e me puxou para deitar na cama, seus olhos brilhavam igual galáxias.

—O que foi? —Perguntei ao sentir ele deixar meus lábios e pousar sua cabeça em meu pescoço.

—Nada, gatinho. — Seus lábios tocaram sutilmente meu pescoço e foi deixado um selar ali.

—Você não ia jogar? —Perfuntei acariciando seu braço, que lentamente parou em cima da minha barriga.

—Nam.

Fechei meus olhos ao sentir a ponta da sua língua desligar sobre meu pescoço, minhas mãos foram ágeis para apertar seu braço.

—Jun...

Um selar molhado foi depositado no meu maxilar, Jungkook se moveu me puxou para cima de si.

—Como você está? -Arqueei minha sombrancelha diante a pergunta e sorri.

—Bem, uai. —Sorri e beijei seus lábios.

—Esta com fome? —Outra pergunta saiu de seus lábios e eu confirmei com a cabeça.

Eu realmente estava, não tinha como negar.

O garoto me deixou de lado e segurou o celular, digitando alguma coisas, o observei em silêncio e deixei um selar em sua bochecha, que sorriu.

—Tem preferência de alguma comida? —Me perguntou e neguei com a cabeça.

Me aconcheguei em seus braços e logo em seguida Jungkook largou o celular, meus olhos se fecharam enquanto sentia sua mão deslizar em minha cintura.

—Você acho que eles realmente se amam? —Perguntei sobre mamãe e o homem que minha mãe diz tanto amar.

—Eu vi como eles se olharam na primeira vez que meu pai a trouxe aqui, eu acho que meu pai é capaz de fazer ela feliz, só precisa de uma chance. —Sua voz era baixa, me acalmava. —Ele é um homem bom, Ji. Sua mãe merece ser amada por um homem que a mereça e eu acho que meu pai pode ama-la.

Um suspiro saiu dos meus lábios.

—Ela nos escondeu tudo, não sabia da existência de ninguém dessa casa, tudo foi um maldito segredo.

Um selar foi depositado em minha testa.

—Eu me interessei por você desde que sua mãe me mostrou uma foto. —Confessou e finalmente abri meus olhos, o encarando.

Próximos o bastante para nossos narizes se tocarem.

—Sua mãe demonstrou muito orgulho apenas por um olhar, e eu quando bati os olhos em você senti minha respiração falhar e imaginei como seria conhecer o filho da minha madastra, queria te conhecer por completo, desde os seus defeitos até às suas melhores qualidades,  mas aí quis tirar isso da cabeça, sua mãe é a mulher do meu pai e seria muito errado. —Jungkook sorriu e soltou uma risada. —Se sua mãe ao menos sonhar que no primeiro dia te levei pra minha cama.

Ri baixo.

—Eu te fodi gostoso, ela ficará bem chateada. —Brincou e selou meu pescoço. —Porra, eu amo seu pescoço.

Sorri ao sentir beijos serem depositados no citado, e senti meu coração acelerar.

Porra.

Jungkook mexia pra caralho comigo.

—Se nossos pais não forem pra ficar juntos, o que vai acontecer com nós?

Existia um nós?

—Eu não sei...—Me respondeu. —mas acho que não temos nada haver com a relação de nossos pais, sua mãe pode morar a quilômetros daqui, eu posso dar um jeito em te ver.

Meu coração palpitou.

Sua pupila dilatou.

Nem que seja por 15 minutos.

Minha boca secou e a umedeci com a língua.

—E por que? —Perguntei e senti seus dedos acariciar meu rosto.

—Eu estou seguindo meu coração, e meu coração diz que eu não posso deixar você ir. —Sua voz ainda era baixa.

Gemi ao sentir um aperto na cintura e selei nossos lábios.

Sua língua chupava meus lábios, acariciei seu cabelo e o cedi a permissão da passagem da língua.

Jungkook me fazia ter boas sensações.

Talvez eu estivesse me precipitando com tudo isso.

Talvez eu devesse apenas o ignorar.

Mas eu não podia.

Só Jungkook me causava sensações estranhas.

Jungkook é meu.

A 7 Chaves (PJM + JJK)Onde histórias criam vida. Descubra agora