Capítulo 3.

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Cheguei atrasada, mas cheguei, não é mesmo? O capítulo está uma gostosura de ler, então aproveitem! E vá me desculpando pelos erros.

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POV LENA LUTHOR

Alguma vez  aconteceu com vocês de estarem em um sono bom e de repente te acordarem? Pois é. Em um sobresalto, fui tirada de meu sono pelo som do berrante. Quem está tocando isso? Por que? E porque caralho está tudo tão escuro? Por um instante pensei está sonhando, mas lembrei que estou na fazenda. Droga! Tirei minha máscara de dormir e olhei para o relógio de cabeceira. Era 05:30 da manhã e tinha um idiota tocando um berrante lá fora.

Levantei da cama com meu pijama azul de seda que ganhei de presente de aniversário da Andrea e me direcionei em passos largos até a janela, afastei as cortinas e olhei a paisagem. Havia centenas de cabeças de gado, provavelmente vacas, e logo atrás delas tinha cinco vaqueiros. A julgar pela cabeleira loura e o burrinho, a do meio só poderia ser Kara. Bufei irritada e logo fui a procura de algumas roupas. Vesti uma blusa cinza com calça jeans skinny azul, a bota texana marrom com detalhes rosa e um chapéu preto. Peguei o celular e coloquei no bolso.

Desci as escadas rapidamente e saí pelas portas do fundo, se tinha alguém por ali eu nem vi.

- Você poderia, por favor, parar com esse troço? - falei um pouco alto e Kara parou de tocar abruptamente quando me viu.

- Estou apenas fazendo meu trabalho, Senhorita. - a loira sorriu de canto, tirou o chapéu branco e colocou-o sobre o peito. Achei a coisa mais fofa do mundo e quase me esqueci do porquê está aqui.

- Mas seu trabalho está tirando meu sono. - Cruzei os braços e fiz um bico.

Kara desfez o sorriso e seus olhos estreitaram como se ela quisesse dizer " É sério isso?" A loira suspirou fundo, colocou o chapéu na cabeça, bateu as rédeas sem colocar força e o burrinho começou a andar devagar. Acho que estraguei a manhã da loirinha. Mas se parar para pensar, ela que estragou a minha primeiro.

- Espera! - falei alto e corri um pouco para acompanhar ela. - Para onde você vai? - Perguntei.

Kara parou o animal e parecia pensar.

- Vou ajudar meu pai a ordenhar as vacas e depois vou na cidade comprar algumas coisas. Quer saber mais o que? Onde eu compro minhas calcinhas? - a loira me olhou sem paciência mas com aquele maldito sorriso de canto que nunca abandonava a boca dela.

- Não, eca! Deus me livre! Deve ser aquelas com estampa de vaquinha. Um horror! - Só de pensar nesse assassinato a moda e na imagem de Kara vestida em uma dessas, meu estômago formigou. Kara riu. Eu provavelmente deveria estar fazendo uma careta muito engraçada ou ela é só besta mesmo.

O pai de Kara gritava ao longe para que ela não demorasse e tanto a loira como o burrinho Francisco olharam para mim no mesmo instante. Então deve ser isso a famosa "conexão".

- Posso ir ordenhar as vacas com você? - perguntei, com a famosa carinha de cachorro abandonado que nunca falha. Ela riu baixinho.

- Pode, Senhorita Lena, mas você vai ter que ir montada no Francisco. - a olhei incrédula. Não tinha nada contra com o burrinho, mas será que ele aguentava nós duas? - Ah, qual é, eu não vou ir no estábulo agora para laçar o seu cavalo. Vai nos atrasar.

Ela tinha um ponto. Kara segurou minha mão direita, coloquei o pé no estribo e montei na parte traseira do animal. Pareceu tão fácil, tão leve. Era como se eu fizesse isso a vida inteira.
A loira bateu as rédeas e logo Francisco aumentou o galope, nos fazendo chegar rapidamente ao encontro de seu pai.

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⏰ Última atualização: Oct 29, 2023 ⏰

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