Me chame

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 Duas semanas. Duas semanas e nada de Doh Kyungsoo mandar uma mensagem para Jongin. A esperança estava aos poucos se esvaindo de seu ser, e uma preocupação inundava sua mente. E se ele não tivesse gostado de ser mandado daquele jeito? E se, na verdade, não houvesse problema nenhum e, na verdade, ele estava apenas fugindo do Kim? Era uma possibilidade, certo? A amargura subiu na garganta de Jongin fazendo com que engolisse em seco. Havia realmente gostado de Kyungsoo, queria transar com ele porque ele era seu tipo ideal e queria sentar naquele homem por horas a fio, mas aparentemente ele não compartilhava desse querer.

Estava lutando contra a vontade de abrir o Instagram para procurar a conta do homem, seu corpo tremia para que fizesse aquilo, para segui-lo e mandar-lhe uma mensagem como quem não quer nada, esperando receber alguma explicação pelo sumiço repentino. Todavia, sabia que seria humilhação demais. Estava carente de toques, mas não ao ponto de se rastejar atrás de alguém que sumiu por mais de quatorze dias. Tudo tem limites, mesmo que Jongin estivesse se esforçando para se manter dentro deles. Voltar ao bar não era uma opção, não queria correr o risco de encontrá-lo novamente lá e ter a certeza de que ele não lhe quis de verdade, preferindo sumir e ir procurar outros no bar.

— Tá fazendo o quê? — A voz de Chanyeol interrompeu suas divagações noturnas sobre Doh Kyungsoo.

— Que susto porra! — Largando o telefone que tinha em mãos na cama, Jongin levou a mão para o peito — Estava pensando na vida, e você tá fazendo o que aqui?

— Vim ver você — Chanyeol foi em direção ao sofá onde Jongin estava deitado, levantando as pernas dele para se sentar e depois colocando-as novamente sob suas pernas — Esses dias você tá muito pensativo. Quer me contar?

Jongin ponderou se deveria contar ou não, não queria soar como um fútil desesperado por pau e muito menos um mimado de ego ferido. Mas realmente estava triste por não ter transado com Kyungsoo.

— Naquela sexta que eu cheguei em casa mais cedo, eu tinha ido pra um hotel com um cara. Não rolou nada porque ele teve que ir embora, mas ele pegou meu número.

— Deixa eu adivinhar — Chanyeol passava a mão nas canelas de Jongin, era sua forma de dizer que estava prestando atenção. — Ele não entrou em contato, acertei?

— Isso!

— Você sabe ao menos o nome dele?

— Claro que sei! — completamente indignado, Jongin ergueu o corpo para deixar um tapa ardido no braço do primo. — Kyungsoo.

Chanyeol arregalou os olhos, virando-se para Jongin totalmente incrédulo.

— Você tem foto dele?

— Não — Fazendo beicinho, o Kim quase choramingou. — Mas o sobrenome dele é Doh, Doh kyungsoo. Ele é padrinho da minha aluna.

Sem dizer nada, o Park levantou-se do sofá e foi em direção ao seu quarto, voltando instantes depois com a tela iluminada uma foto de Doh Kyungsso, o homem que lhe deu esperanças e depois sumiu. O mais novo abriu e fechou a boca várias vezes sem saber o que dizer, chocado demais com o fato de Chanyeol aparentemente conhecer Kyungsoo e ainda apor cima ter uma foto dele em seu próprio celular.

— Mas que porra? — Esticou a mão para pegar o celular do primo, incrédulo demais para perceber que a foto era uma foto de perfil no kakaotalk — Você conhece ele?

— Sim.

— De onde?

— Jongin, Kyungsoo é primo do Minseok e ex do Sehun.

— Sehun, Sehun, Oh Sehun que dava em cima de você?

— Esse mesmo.

— Meu deus. Você conhece ele? De verdade?

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