Doce Destino

O começo, pós fim...

O ano era 2024, mais precisamente em Junho, e para ser mais preciso ainda, dia 17. Seis meses haviam se passado desde o término da fazenda 15, edição essa responsável por juntar dois protagonistas da vida. De uma lado Rachel Sheherazade, renomada jornalista, conhecida no meio artístico como mulher destemida, nada lhe parava, nem mesmo uma faixa presidencial. E por sua vez, André Gonçalves um ator conhecido por todo o Brasil, com inúmeras novelas, filmes, e séries em seu currículo.

— Já pode fazer seu pedido princesa - André sorri passando o cardápio para ela - inclusive, adorei sua roupa.

— Obrigada - ela sorri, não sei jeito, já que esses elogios eram comum entre eles - e você também.

Rachel usava um vestido azul marinho com um decote bem visível, seus cabelos loiros escovados e uma maquiagem de quem teria um date pela noite.

Após comerem pratos fartos e atacarem um sobremesa italiana, André levanta a mão esquerda chamando o garçom responsável por atenderem ambos naquela mesa cinco, do restaurante mais badalado de São Paulo. 

Ele apenas pisca para o homem de estatura alta, como se estivesse passando algum recado, Rachel não percebera nada, estava teclando em seu celular, passando mensagem aos seus filhos e perguntando se estava tudo bem com eles.

Ao voltar a atenção para André, percebeu ele com milhares dentes na boca, segurando uma caixinha de veludo nas mãos, e uma taça posicionada ao lado com algum conteúdo preto por dentro.

Ela sorriu e sentiu suas mãos tremerem. 

O garçom posicionado ao lado de André preenche a taça com algum conteúdo branco, e a mensagem escrita na taça passa a ser visível a leitura:

Aceita namorar comigo?

 A verdade é que, depois que passou o reality, que eles tiveram a oportunidade de sentar, conversar e poder encaixar todos seus pensamentos, eles resolveram aceitar e dá uma oportunidade para aquele amor que brotou tão inocentemente dentro dos corações de ambos.

Ela leva a mão ao rosto e responde com um "sim"

 Alguns curiosos das mesas ao lados que olhavam atentos a cena, aplaudem e de fundo começa a tocar uma música em inglês muito romântica que com a ajuda de Gabriel e Clarinha, André conseguiu saber que era a favorita de Rachel

— Quero te fazer muito, muito, muito feliz Rachel, e espero ter deixado isso muito, muito claro. 

Ele diz colando seus corpos e colocando o anel na mão dela, ela estava com os olhos marejados, emocionada, era um misto de sentimentos desencontradas, tinha medo do amor, devido aos seus traumas, via também o esforço notório de André e resolveu se permitir e deixar rolar, afinal, não tinha medo de se permitir a voltar a viver um grande e bonito amor. 

 — Eu te amo André, obrigada por ser tão detalhista - Ela sussurra abraçada a ele, enquanto sentia as mãos de André acariciando suas costas...

E foi assim, eles estavam comprometidos, comprometidos um com outro, eram namorados, amigos e cúmplices. 

Eram quase meia-noite quando eles saem de mãos dadas do restaurante, fazia muito frio, André colocou sobre elas seu casaco grosso e de pelos, a abraçou por detrás e saiu segurando um guarda-chuva sobre os dois, caíam alguns respingos gelados de chuva, anunciando que seria uma madrugada agitada e com fortes ventos. 

— Fica em casa essa noite? - Rachel insiste - tenho certeza que minha mãe não vai dizer nada.

 — Acho melhor não, meu amor. Não quero que sua mãe pense coisas erradas de mim.

— Amor, ela não vai pensar nada. Para com isso,  ela sabe que estamos juntos e é muito comum que namorados durmam juntos, não é? E sem contar que essa hora ela já está no décimo sonho. 

— Tudo bem mocinha - ele acaricia o joelho esquerdo dela e logo liga o carro.

 — Oba! Hoje eu te mostro que conchinha e amor não dá em sono.

André solta o volante do carro e a olha rindo, com uma risada safada. 

— Você ainda se lembra dessa conversa?

 — E de muitas outras...

Continua...