《𝟎𝟏𝟐》ᴏʟʜᴏs ᴏᴄᴜʟᴛᴏs

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CAPÍTULO DOZE:
OLHOS OCULTOS

*:・゚˖⸙̭❛━ Sombras percorrem nossos caminhos, trazendo consigo a incerteza de nossos destinos

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*:・゚˖⸙̭❛━ Sombras percorrem nossos caminhos, trazendo consigo a incerteza de nossos destinos. No entanto, lamentavelmente, a sombra que acompanhava Lucerys envolveu seu coração na penumbra.❞

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Três luas tinham completado seu ciclo desde que Aemond e Lucerys regressaram a Porto Real. A gravidez de Lucerys, segundo os meistres, seguia um curso impecável, com o embrião se desenvolvendo de maneira saudável. A alimentação do ômega era cuidadosamente monitorada, sem indícios de qualquer risco para a saúde do bebê.

Aemond, fiel às promessas feitas nos frios domínios de Winterfell, aproximou-se ainda mais de Lucerys. Cada tarde era um ritual, onde mesmo que a curva da barriga não denunciasse o estado avançado da gestação, Aemond se debruçava sobre ela, dedicando tempo a conversas e cânticos em alto valiriano. O platinado desfrutava da intimidade revelada, sua devoção evidenciada desde o anúncio da gravidez. Lucerys, por sua vez, às vezes se via levemente enjoado pela constante presença do marido, mas jamais ousava manifestar desagrado. Aemond, determinado, insistia em partilhar cada momento com seu esposo e o filho que crescia no ventre do moreno.

Dias de tranquilidade se estenderam entre os dois desde a significativa conversa em Winterfell, sem desavenças a macular a harmonia. Contudo, algo ainda incomodava Aemond: as cartas. Ele já havia indagado sua mãe sobre elas, sem obter respostas conclusivas. A rainha assegurou que faria o possível para esclarecer o mistério.

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APOSENTOS DA RAINHA VIÚVA

Alicent, fiel à sua promessa, empenhou-se em descobrir o paradeiro das cartas enviadas por seu genro. Sem sucesso, decidiu confrontar alguém que, apesar de não lhe agradar, possuía as informações desejadas.

Larys Strong, figura que não inspirava simpatia na Rainha, estava recolhido em seus aposentos. No entanto, o desejo de esclarecer o mistério e se aproximar de seu filho a impulsionou a enfrentar esse incômodo encontro.

O desenrolar da situação, no entanto, ultrapassou suas expectativas.

— Como ousa ocultar-me a verdade sobre as cartas? Eu confiava em você! — A voz da rainha ecoava pelo amplo quarto. — Está me dizendo que Lucerys e Rhaenyra pediram perdão a meu filho, e eu estava alheia a isso?

— Sempre afirmou que o rapaz era um bastardo. Eu apenas fiz o que era necessário, entreguei as cartas a seu pai. Provavelmente ele as queimou, mas agi em seu nome, minha rainha. — Larys falava com malícia, aproximando-se com dificuldade. — Agora, por que não retribui o favor? — Alicent sentia o nojo subindo pela garganta diante das palavras carregadas de malícia.

— Por favor, retire-se do meu quarto, Lorde Strong. Não estou me sentindo bem. — Alicent afastava-se, mas antes que pudesse escapar, Larys puxou seus cabelos, arrancando um grito assustado.

— Você fará o que eu mandar, ou espalharei por todo o reino quem é a verdadeira prostituta. Afinal, prostituta é aquela que dá para receber algo. — Alicent poderia dizer que as lágrimas eram de tristeza, mas eram concedidas pelo ódio. Antecipando o que Larys faria, ela agarrou um prendedor de cabelos pontiagudo, enfiando-o nas genitais do homem, que gritou de dor ao cair no chão.

— Tem sorte de eu só ter mutilado você. Não permitirei que morra, mas será lembrado como um homem incompleto. Se ousar tocar em mim novamente, pedirei pessoalmente à Rainha Rhaenyra que corte seus pés defeituosos e faça você comê-los. — Com isso, a rainha deixou seus aposentos, decidida a encontrar um meistre de confiança que não revelaria o que acontecera naquele quarto.

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— Jacaerys, eu já disse para você sair da minha frente; do contrário, darei você de petisco para Sunfyre. — Aegon batia o pé, demonstrando seu descontentamento enquanto Jacaerys obstinadamente bloqueava a porta, impedindo o platinado de deixar o quarto.

— Mas o meistre falou que você precisa repousar. — Jacaerys praticamente suplicava, tentando persuadir o marido a deitar-se.

— Jacaerys, meu amor, eu já sou branco; se eu ficar mais um minuto dentro desse quarto, sinto que vou começar a ficar transparente. — Aegon elevava o tom de voz, expressando sua frustração.

— Mas o meistre... — Jacaerys mal teve tempo de concluir sua frase, sendo interrompido pelo grito estressado de Aegon.

— O meistre é um velho caduco, você é um insuportável; eu estou quase ficando louco e, se duvidar, essa criança dentro de mim também deve estar ficando. — Aegon apontava o dedo acusador na direção de Jacaerys, que permanecia impassível. Percebendo que Jacaerys não cederia facilmente, Aegon aproximou-se calmamente, deslizando a mão pelas calças de Jacaerys, e com uma voz doce sugeriu. — Ou podemos aproveitar o tempo nos nossos aposentos de outra forma. — Jacaerys, facilmente enredado nos encantos de Aegon, esqueceu-se completamente da porta, permitindo que o platinado escapasse enquanto corria pelos corredores, com Jacaerys em perseguição.

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Essa sensação de ser observado o perseguia incessantemente. Lucerys sentia-se inquieto quando estava sozinho, como se olhos invisíveis o vigiassem, sempre nos cantos, ou quando se distanciava de Aemond. Era como se algo o espreitasse, pronto para atacá-lo a qualquer momento. Contudo, ao se virar para encontrar a fonte dessa presença sombria, deparava-se apenas com o vazio silencioso.

A suspeita de que algo malévolo o perseguia, uma sombra sutil ou uma aparição inapreensível, crescia dentro dele. Era como se uma entidade sombria estivesse determinada a privá-lo de algo precioso. Ao compartilhar esses sentimentos com Aemond, este tentou acalmá-lo, atribuindo a sensação ao instinto maternal, assegurando que o bebê e Lucerys estavam seguros. No entanto, as palavras reconfortantes de Aemond não eram suficientes para dissipar a persistente sensação de olhos escuros o espreitando, como se uma presença sombria estivesse à espreita, pronta para desencadear seus desígnios sinistros. Lucerys, mesmo abraçado pela segurança de Aemond, sentia-se perturbado por essa sombra insistente em sua percepção.

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐀𝐍𝐃 𝐅𝐈𝐑𝐄 𝐀 𝐓𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐘𝐄𝐍 𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘 Onde histórias criam vida. Descubra agora