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Já se passavam das três da manhã, ainda tinham algumas pessoas na casa, agora realmente as mais próximas, estava um clima mais calmo.

Você estava em uma rodinha de amigos dos gêmeos na área da piscina, fumando um baseado e com um copo em mãos, não estava bêbada, apenas mais leve e engraçada pelo efeito da erva junto da bebida.

Sentia a grama embaixo do seu corpo, e sua cabeça no colo de Atsumu enquanto ele te fazia um cafuné e conversava com os outros.

Suspirou, estava cansada, mas não só fisicamente, o cansaço era mental. Deu mais uma tragada no baseado e passou para o loiro enquanto você se levantava um pouco lenta pela maconha.

–Aí, tsumu, onde é o banheiro?– Atsumu te disse onde era, e você seguiu caminho.

Enquanto subia as escadas seu celular começou a tocar, suspirou cansada ao ver o contato.

Terushima.

Teria que lidar com isso uma hora ou outra, então atendeu sem pensar muito, enquanto ainda seguia o caminho do banheiro.

–O que é?– Você perguntou seca para o garoto do outro lado da linha.

Achou o banheiro e entrou, se encarou no espelho enquanto colocou o celular na bancada no viva-voz, esperava uma resposta de Yuji.

Conseguia ouvir uma respiração pesada pelo telefone, definitivamente ele estava bêbado.

Você e Terushima estavam ficando, sabia que o garoto só queria te usar pra transar, então quando ele tentou avançar para esse passo e você disse que não estava pronta, o loiro te bateu. Simplesmente odiava homens agressivos, te lembrava aos hábitos de seu pai biológico que você tanto lutava para esquecer.

Claro que você não ficou quieta e fez uma compra gigantesca no cartão dele como forma de vingança. Yuji ficou puto quando descobriu, e desde então fica te perseguindo, seja por ligações ou no campus da faculdade. Teria que dar um jeito nisso, o garoto tinha tendências um tanto quanto problemáticas quando não conseguia o que queria.

Os gêmeos sabiam que você tinha "terminado" com ele, mas não sabiam o motivo nem o resto da história. Se você contasse poderia apostar que Terushima estaria amarrado em uma cadeira de tortura nesse momento.

Oi baby.– odiava esse apelido.– Te liguei porque tô com saudades, sabe, faz tempo que você não vem aqui...

Você soltou uma risada irônica.

Namoral? Vai tomar no cu.–Suspirou pesadamente.– Olha, não me liga mais, eu tô tentando te poupar. Se meus irmãos descobrirem o que você faz, pode apostar que você tá fodido. Então faz um favor pra si mesmo e não me olha mais na cara, beleza?

–Sua...putinha, quem você pensa que é pra fal...– Você desligou e bloqueou o número, estava com zero paciência para um mimado desses agora.

Pegou sua bolsa e procurava o baseado que tinha bolado mais cedo, se estressando quando lembrou que tinha fumado ele há meia hora. Sentou no chão e encostou a cabeça na parede enquanto fechava os olhos, respirando fundo.

–Quer?

Sobressaltou quando ouviu uma voz do seu lado, tomando um susto quando viu Suna sentado na banheira vazia, seus olhos baixos e vermelhos, com uma nuvem de fumaça ao seu redor enquanto te oferecia o baseado dele.

–Porra... que susto Suna, não te vi esse tempo todo, foi mal.– Disse enquanto colocava a mão no peito tentando acalmar os batimentos acelerados.– Por que tá aqui? a festa é sua né?– Perguntou ironicamente, aceitando o baseado e puxando a fumaça.

⫷ℍ𝕀𝔾ℍ 𝔼ℕ𝕆𝕌𝔾ℍ⫸  Suna X LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora