Capítulo 2

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Os garotos marcaram de se encontrar um pouco mais cedo na casa de Neji Hyuga para arrumarem os preparativos para a festa, e como de costume, Sasuke estava atrasado.

Na sacada do seu quarto analisava a paisagem ao redor de sua casa, com várias árvores pontudas iluminadas sobre a luz do luar, e, enquanto isso acendia mais um cigarro. Era uma vista bem bonita, ele achava.

O ocorrido no dia anterior não saia de sua mente,
mesmo forçando para pensar em outras coisas. É isso o incomodava de uma forma apavorante. Suas mãos tremiam, não entendia o porquê.

Sasuke sempre foi acostumado a ter controle de qualquer situação, e de saber exatamente o que ocorre em seu redor. Mas essa situação... Não havia nenhuma explicação possível. Era torturante não saber o que estava sentindo, porque estava sentindo isso...

Mas a dúvida mais cruel, quem era aquela garota?

Tentou imaginar por diversas vezes se já havia conhecido aquela garota em algum lugar, afinal, pela lógica, nós só sonhamos com pessoas que já vimos antes, ou já tivemos alguma interação.

Mas ela era diferente, Sasuke tinha a plena certeza de que nunca a vira antes. Aqueles olhos, aquele cabelo... Tudo nela era muito marcante. Se já a tivesse visto, saberia.

A porta de seu quarto começa a ranger, e ele apaga o cigarro com certa velocidade, mas consegue disfarçar.

– Querido – diz com uma voz adocicada – seu pai quer falar com você. – o Uchiha se vira, e percebe que se trata de sua mãe, com um sorriso meigo no rosto.

– Já estou indo. – responde-a, e a mesma fecha a porta, deixando-o novamente só.

Sasuke caminha para dentro de seu quarto, fecha a porta de vidro da sacada e vai até seu closet. No grande espelho, da uma última olhada, percebe que está tudo ok. Vestindo uma camisa branca de manga curta, um jeans escuro, uma jaqueta de couro Armani e um tênis nike preto com detalhes brancos.

Desce para a sala de estar, onde encontra seu pai sentado em sua poltrona de couro, lendo um jornal de frente para a lareira.

– Que foi? – diz Sasuke para o pai, que permanece com os olhos fixos no jornal, sem dar muita confiança para a presença do filho no local.

Sasuke olha para outra direção na sala, e percebe que sua mãe está sentada no sofá, com uma face entusiasmada, enquanto olha para o marido (que permanece imóvel).

Sasuke bufa, aparentemente o pai não queria nada demais. – Aonde você pensa que vai? – diz o pai, no mesmo instante em que Sasuke vira as costas para sair da sala, percebeu isso mesmo sem tirar os olhos do jornal – Eu não falei ainda o que eu quero.

– Então diz logo, estou atrasado.

Seu pai então, fecha o jornal e se levanta. Caminhando em direção ao seu filho mais novo. – Você tem mostrado um desempenho e tanto na empresa Uchiha. Você sabe que eu quero muito que você continue.

– Continue a administrar os papéis que o senhor me manda, que são obrigações suas? Até parece – Sasuke diz, revirando o olho.

O serviço na empresa Uchiha não era o emprego dos sonhos de Sasuke, e sim de seu pai. Desde que Itachi resolveu se casar e arrumar um outro trabalho, Fugaku fica no pé do filho mais novo, obrigando-o a ser seu sucessor.

Nem sempre as coisas foram assim, Itachi, o mais velho, sempre foi criado como o sucessor de Fugaku, sempre obteve a maior atenção do pai. Enquanto Sasuke sempre era deixado de lado.

Desde criança, seu sonho era trabalhar no departamento de polícia, o qual a empresa de sua família administrava. Queria poder ser um subordinado, não um chefe, como todos os homens de sua família. Achava o emprego de seu pai entediante.

A garota dos meus sonhos Onde histórias criam vida. Descubra agora