QUARENTA E UM🔥.

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Valentina pensou que o plantão pudesse ser mais tranquilo, mas se iludiu, várias intercorrências durante seu dia no hospital aconteceram e receber uma
ligação de Ana avisando que Letícia estava com febre e dor de garganta, já dava indícios de que sua noite não seria das melhores, a única coisa que a deixava aliviada era saber que no dia seguinte estaria de folga e então poderia compensar a noite mal dormida que nem havia acontecido ainda.
Quando teve um tempo livre ligou para Luíza que atendeu rapidamente.

_Oi amor, como estão as coisas por aí?
- sua voz era alegre.

_Plantão cheio, perdi um paciente e quando chegar em casa terei que cuidar da Letícia, febre e dor de garganta.
- suspira.

_Mas ela está melhor?

_Sim, pedi pra Ana dar remédio a ela e se piorasse pra me ligar e como estão as coisas por aí?

_Ensinei alguns residentes hoje aqui e uma delas me auxiliou, não foi uma cirurgia «ohh meu Deus» mas até que…

_Você volta hoje ainda?
- Valentina cortava Luíza.

_Não sei…

_Ah, ótimo!
- estava completamente sem paciência.

_Valentina o que foi hein, que eu saiba não é TPM porque ficamos juntas…

_Estou mal humorada Luíza…

_Mas tem que descontar em mim,
estávamos tão bem quando sai dai.

_Eu sei, desculpa…
- ainda estava emburrada.
_É que eu tô cansada e ainda nem chegou a hora do almoço.

_Vou ver se conseguirei chegar hoje à tarde, quando souber eu te falo tá bom?

_Tá bom…
- sentindo o bipe apitar.
_Tenho que desligar, emergência.

_Tudo bem, bom trabalho.

_Pra você também!
- Valetina seguiu para mais uma emergência, chegando no andar, Castro a esperava.
_O que temos Castro?
- pegando o prontuário da mão dele e lendo.
_Caso difícil esse, quantos anos?

_Nove anos… e aí, opera?

_Vamos ver o paciente e bom…
- olhando os exames de imagens.
_Temos que operar!
•••


No outro lado de Seattle, Luiza havia terminado mais uma cirurgia, decidiu comer alguma coisa no refeitório enquanto não a chamavam para o última cirurgia. Ia pegar uma sobremesa quando uma mão também pega a mesma sobremesa fazendo as mãos se
tocarem.

_Desculpa...
- sorrindo.
_Pode pegar…

_Pode pegar, é o último e pode ser um sinal de que não deveria comer doces...
- sorri.
_Prazer, Mariana.
- estendendo a mão para Luiza que estende a mão e aperta.

_Luiza…
- dando um leve sorriso.
_Então se não quer eu vou pegar.
- pegando a sobremesa.
_Preciso de um pouco de glicose, vou operar daqui a pouco.

_Ah, cirurgiã?!
- sorridente.
_Sou também, qual especialidade?

_Ortopedia…
- andando com a mulher até próximo a uma mesa.
_E você?

_Neuro…

_Ah… bacana, eu cheguei a trabalhar um pouco com a neuro com um amigo meu, mas ele… bom, ele faleceu e eu não tive mais vontade de ir para essa área.

_Sinto muito, ele era daqui?
- sentando na mesa, Luiza faz o mesmo.

_Não, era do Memorial, eu também sou de lá…

_Era o Dr Maia?!
- curiosa Luíza fez sim com a cabeça.
_Nossa eu era interna ainda quando aconteceu, queria ter conhecido ele…
Era um dos melhores.

Seria um recomeço?[ADAPTAÇÃO VALU]Onde histórias criam vida. Descubra agora