Capítulo 12

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- Peça desculpas para Killua!

- Desculpas? Pelo o que? - Ele o olha confuso.

- Não sabe o que fez de errado? - O mesmo faz um sinal negativo com a cabeça - Você não tem o direito de ser irmão dele.

- Devo ganhar esse direito, então?

Gon não pensou duas vezes antes de o puxar pelo pulso o fazendo levantar da velha cadeira.

A prova havia acabado a um dia.

Netero se disponibilizou de sua nave para a estadia de todos durante a noite, assim, nos levando até onde entregaria nossas licenças.

Eu chamaria aquele lugar de igreja, se não fosse pela falta de exemplares ou itens valiosos insinuando a adoração de cristo ali. Não passava de um espaço vazio.

As velhas cadeiras se destacavam na sala, como se fosse um lugar acadêmico, uma sala de uma faculdade norte americana.

Porém, a luz inundava aquele espaço pelo excesso de janelas que o cobriam como um véu. Dando espaço para duas portas de vidro abertas dos dois lados da sala, dando ainda mais claridade ao altar, onde estará Netero.

- Ele não precisa ganhar o direito de ser meu amigo. - Sua força sobre o pulso de Illumi aumentou ao ponto de escutar os sons de seus ossos se partindo. - Se não vai se desculpar, pelo menos me leve até ele.

- E depois?

- É óbvio! Vou resgatar Killua.

- Até parece que o sequestrei. Killua saiu sozinho.

- Merda Illumi! - Um sussurro foi a resposta para todo aquele diálogo, me fazendo levantar da cadeira escassa em direção a meu irmão.

Odiava sua influência em relação a Killua. Sabia que isso iria acontecer em um momento ou outro.

Teria jogado Illumi aos ares se deixasse minha raiva correr mais do que já corria em minhas veias. Mas um empurrão foi o bastante para o manter alerta.

- Quando ele saiu?

- Não tinha olhado no relógio ainda. - Seu sorriso amargo não me impediu
de fechar o punho direcionando-o em seu estômago, o fazendo tossir com o impacto.

- Não tenho tempo para ir atrás de Killua. Terá de ir até a mansão, Gon.

- Ele não passa dos portões. - Illumi o observa atentamente.

- Mansão?

- A montanha Kukuroo, nossa família mora no topo.

Meus passos iam até uma das portas brilhantes do altar, dando espaço para Illumi me acompanhar.

Lembra que falei de uma igreja?

Aquele espaço parecia o templo de Atenas. Suas colunas era altas, mas não o suficiente para cobrir o céu.

Além de colunas, as paredes de cerâmica nos prendia com seus traços e cores claras, deixando por despercebido os portões daquele templo em um pequeno caminho para o jardim, que decorava sua saída.

Era magnífico.

- Vai me torturar até a morte por ter mandado o garoto embora? - Ele pigarreia com semblante imerso.

- Eu já falei para você parar com isso. Killua não pode ver uma rua do lado de fora daquela mansão.

- São ordens da mamãe.

- Se fosse, o mordomo estaria aqui, e não você. Não tem nada a ganhar com isso. - Aponto para seu peito, chegando mais perto de sua face pálida - Reze para que não veja mais de suas manipulações com Killua, Illumi. Irei esticar seu rosto o fazendo nunca mais conseguir mover suas agulhas em si mesmo.

° 𝐵𝑙𝑢𝑒 𝐶𝑎𝑟𝑑𝑠 🐋Onde histórias criam vida. Descubra agora