Cabelos brancos e pés descalços, seus olhos pareciam duas lindas safiras refletidas no sol.
Ela se lembra disso
Lembre-se de como sentiu frio quando tocou sua bochecha, mas também estava muito quente.
-Você pode me ver?
-Eu não deveria fazer isso?
B...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(Recomenda-se ver os capítulos com fundo preto)
| Sinais de que está próximo |
Ela se sentiu tão miserável, tão traída. As palavras ofensivas que Edward disse a ela estavam em sua mente, como um gravador que nunca desligava, que nunca tinha fim para ela, seu pai. Charlie estava cansado, ela sabia disso, ela podia ver nos olhos dele.
Um que era apenas uma pena para ela, mas ela não podia pedir mais, ela se apaixonou tão intensamente, dando-lhe tudo. Cada parte do seu ser guardava um segredo tão importante para a humanidade e ainda assim ele disse todas aquelas palavras que eram punhais em seu coração.
Bella estava com o coração partido, ela se lembrará de seu aniversário de uma forma muito trágica, mesmo que não tivesse bom caráter ou humor. Agora seria detestável, ele sabia que os outros falavam pelas suas costas, na primeira semana ele se saiu muito bem, ela se aplaudiu por isso, mas depois começaram as perguntas e os olhares que cegavam. Os murmúrios nas costas ou nem se atreveram a dizê-los em voz baixa
Eles deixaram você? Eles saíram de férias? Eles vão voltar?
Ela não sabia, caramba, ela não sabia!
Eu queria paz, por alguns momentos eu só queria isso. Ela havia se refugiado em Jacob, que foi o primeiro a querer animá-la sem perguntar o que havia de errado, um erro grave, o rapaz estava apaixonado por ela e mesmo ela lhe dizendo que não estava preparada para nada disso , que ela não precisava disso agora. Ele insistia tanto que parecia um cachorrinho.
— Bella? - a cabeça do pai espiou pela porta - Ele terminou algumas coisas no armário. — Você acha que posdo ir? Tenho alguns trabalhos e gostaria de antecipá-los para poder ter a semana de folga.
Ela conseguiu se levantar e pegou sua jaqueta verde, aquela que estava enorme nela, mas que ela adorava.
— Obrigado querida!
Seu pai engoliu como um buraco negro, pelo menos não era mais comida enlatada nem para adicionar água, ele não tinha nada para encontrar deles, mas cansava seu paladar comê-los todos os dias e quase sempre tinham carne.
O frio começava a esquentar, outubro já começava, mas parecia uma nevasca sem fim. A loja que servia de supermercado, as pessoas olhavam para ela com pena, alguém que não queria ou queria estar com ela, só fazia ela lembrar o quanto ela se sentia miserável, o quanto ela se sentia humilhada.
Sair da loja foi o melhor, ela comprou coisas suficientes para não voltar e começou a caminhar para casa, devagar. Ela gostou muito do frio que começava a ficar, isso o lembrava de sua infância quando saía para brincar na neve e patinar entre os lagos congelados.
Ela se lembra de um adolescente com ela, ele estava sempre com ela, eles brincavam e conversavam até Bella ter que ir para casa e mesmo assim ele a acompanhava, gostava da companhia dela. Era uma pena que ela não se lembrasse muito dele, apenas de seus cabelos brancos como a neve e de seus olhos, mais lindos que os de Edward.
Quando chegou em casa o pai não estava mais, ela se preparou para cozinhar algo leve e comeu em silêncio, sozinha como sempre. Ela deixou um pouco para Charlie se aquecer e subiu para seu quarto fazer a lição de casa e dormir cedo, talvez assim ela não fosse atacada pelos pesadelos que ela tanto odiava e que incomodavam tanto seu pai porque eles o acordavam gritando.
Bella estava com os fones de ouvido quando o som de algo cristalizando chamou sua atenção, ela pausou a música e quando pensou ouviu errado. Lá estava o som!
— Frost? -Ele passou os dedos pela janela -
Sua janela estava adornada com uma fina camada de gelo, era fraca e parecia aparecer muito rapidamente. Abriu a janela, tomando cuidado para não tirar o gelo, e colocou a cabeça para fora, virando-se em todas as direções, mas nada.
4h40
Era de manhã cedo e dessa vez ela não acordou gritando. Ela ficou ali olhando para o teto de seu quarto. Ela se lembra de ter sonhado com alguém. Essa pessoa a fazia rir e contava piadas e uma música que ela não lembrava. Ela também se lembra do sorriso dele e de uma longa chave de madeira que a fez estremecer quando ela o tocou, frio. mas curiosamente. Era um frio quente que não a incomodava.
Foi um sonho fugaz que a deixou com uma sensação calorosa.
Bella não percebeu, mas o gelo apareceu novamente em sua janela, o quarto estava um pouco frio, mas isso não a incomodava porque aquele frio era nostálgico e de certa forma refrescante acima de tudo.
Acabou voltando a dormir com um meio sorriso no rosto, logo areia dourada começou a entrar pela sua janela e os pesadelos desapareceram.
— Obrigado - disse o estranho que estava no poste de luz - eu não sabia mais o que fazer com eles, estava me contorcendo e soluçando...
Símbolos apareceram na cabeça do pequeno ser dourado, como um homenzinho gordinho e de aparência terna.
— Eu não o vi e estou de olho nele, mas parece que ele entrou de alguma forma - seu olhar pousou na janela do Cisne - Eles são tão assustadores que ela acorda gritando e tremendo de medo, eu tenho medo que em um deles ela rasgue sua garganta por causa da força com que você grita
Ele a observava há muito tempo, sempre nas sombras ou em cima das casas.
Ele nunca se aproximava dela por medo de que ela conseguisse passar por seu corpo ou de não ouvi-lo se ele a chamasse. O sandman olhou para ele com simpatia e deu um tapinha em seu ombro,
Ele também prometeu cuidar do sonho daquela jovem de cabelos castanhos se isso trouxesse um pouco de paz ao amigo. Eu poderia dizer o quão desesperado e aterrorizado o menino estava.
Quando chegaram, puderam ver um redemoinho negro em sua cabeça, causando-lhe os piores pesadelos que seus olhos já tinham visto. A geada os assustou e a humana acordou do sono sem gritar e sem se sentir estranha, como se sentisse a presença deles de uma certa maneira.
