Izabela sempre foi uma menina muito quieta e timida, porem tudo mudou quando ela viu ela pela primeira vez, Lana, uma menina tão doce e gentil. ELa se sentia segura perto dela, mas tudo mudou quando Lana Percebeu que Izabel estava a obsservando, ago...
Após jogar o corpo na água eu volto para terra firme, sinto um misto de emoções, tontura, raiva, medo e até pena da menina. Mas essa foi a minha prova de amor a Lana, não me arrependo de nada. Depois de uma caminhada eu saio e volto para a casa de Lana, porém quando chego, percebo que ela não está lá. Um gatinho preto que acredito ser dela vem até mim e se aconchega entre as minhas pernas, ele está com uma coleirinha vermelha com um sininho. Passo a mão em sua cabeça e sinto algo em seu pescoço, algo que parecia...papel? Espera, era papel, um bilhete! Abro o papel e vejo algo escrito, antes de me concentrar no que está escrito eu olho a letra, linda e delicada, como a provável dona.
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Eu leio a carta ansiosamente, minhas bochechas coram ao imaginar a voz dela lendo isso, sua voz suave e calma, um pouco rouca, sempre em um tom baixo. Reparo em coisas, ela me chamou de ''Iza'', e vai me vê amanhã. Meu coração bate mais forte, mas antes de pensar em algo, acho melhor ir embora, não quero atrapalhar Lana. Depois de uma caminhada, chego em casa. Minha mãe está lavando a lousa, ela me olha de forma rigida, sei que está pensando em algo rude para falar
-Onde esteve? - Ela pergunta. -Eu estava na casa de uma amiga, estávamos fazendo um...um trabalho.- Assim que digo isso vejo o olhar dela pousando em mim.
-Você gaguejou, está mentindo! Diga a verdade, você estava na rua, se comportando como uma gata no cio, em busca de um namorado. Eu te conheço a anos, dês de que nasceu, sei como você é, menininha imunda. Como se já não bastasse tirar o meu homem de mim, agora você quer trazer algum para dentro de casa. - Ela diz em um sussurro, um sussurro alto. Cada palavra que ela diz, cada detalhe, cada minima letra, elas entram em mim, me furam, entopem minha garganta e depois me deixam viva para sofrer. -Não vai responder? Se continuar agindo assim, ficará sem janta. Eu não respondo, não digo nem faço nada. Sinto meu olho arde e minha garganta de imundar de água. Tudo tão doloroso, mas eu não preciso dela. Eu já tenho uma pessoa que faz isso por mim, a Lana, minha propria mãe. Eu saio da cozinha em passos meticulosos, com lagrimas se escorrendo pelo meu rosto, meus pés tremiam tanto que parecia que eu poderia cair a qualquer momento. Eu entro em meu quarto e fecho a porta. Pego a carta que estava escondida dentro de minha blusa, releio ela, imagino a voz de Lana, imagino ela falando coisas boas, falando que irá me proteger. Penso em sua delicada mão segurando o lápis, traçando cada volta e minimo detalhe daquelas palavras. Eu preciso tanto dela agora. Pego meu celular, lembro que não peguei o numero dela, então acho que vou ter que ir até a casa dela.
