Capitulo 2

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Ali havia o corpo de uma criança, o olhar triste e morto da pobre garotinha parecia contar a longa história de uma tragédia desconhecida contudo eu não conseguia desviar o olhar sentindo repentinamente um vazio em meu coração, uma pequena parte de mim reconheceu a menina e eu não conseguia lembrar de onde, seu rosto me era familiar e tinha alguns traços parecidos com os meus. Enquantos os médicos retiravam o corpo e nos investigavamos fui ate os médicos pedindo por mera curiosidade minha, fizessem um teste de DNA. Em um dos bolsos da garota foram encontrados uma flor de aparência exótica e um velho bilhete de biblioteca "biblioteca de corona" ali a garota tambem havia escrito seu nome “Isabela Washington Burne”.
- Esse não é o seu sobrenome? - Perguntou um dos oficiais - Você a conhece?
- Eu...eu não sei, quer dizer...eu...eu acho que não... não definitivamente não.
Havia também um diário no chão, na qual peguei, coloquei em um saco plástico e o levei pra casa. A noite antes de deitar para dormir resolvei ler o que havia naquele diário, a caligrafia era totalmente diferente a da garota e me lembrava a caligrafia de alguem que eu conhecia so não sabia quem. O diário contava a história de Corona, pensei ser do assassino da garota. Naquele momento o laboratório me ligou, achei que revelaria nada, porem o que eles disseram...
  - Testamos o teste de DNA e foi confirmado, Isabela de 9 anos... é sua filha. - disse a voz do outro lado da linha.

Eu tinha certeza que aquilo era impossível já que a 9 anos atrás estava com minha esposa e não tivemos nenhuma filha, além de que eu nunca traí Caline. Porém não tinha nada de errado com aquele teste. Resolvi ler o diário a procura de alguma explicação.

“Meu nome é Lilie Burne a 4 anos atrás eu era uma pessoa diferente, era bem mais jovem, porem não tenho muito tempo pra escrever isto mas vou tentar explicar o que aconteceu para nós da melhor maneira possível. O evento ocorreu em 09_08_2015 eu só estava visitando Corona durante o dia para levar minha sobrinha Isabela para a inauguração do novo parque de diversões da cidade, chegamos bem cedo, Isabela não conseguia parar de falar sobre o quanto nos divertiríamos, havia pessoas por todos os lugares e a essa altura ninguém sabia que suas vidas iriam mudar drasticamente, então uma sensação estranha e desconfortável que eu não conseguia racionalizar tomou conta de mim, alguns minutos depois fortes ventos que vieram de todas as direções, ele carregava um cheiro que me lembrava algo podre
- Eca! que cheiro é esse? - Me perguntou Isabela, segurei firmemente a mão dela.
- Eu não sei.
As pessoas olhavam confusas, algo estava acontecendo mas ninguém sabia o que era, várias sirenes ecoaram a distância e então o topo do prédio mais alto sumiu como se tivesse sido cortado pelo vento ou uma faca, Isabela era muito baixa para ver porém percebeu que algo nao estava certo e ficou preocupada.
- Acho que precisamos sair daqui querida. - Eu disse por extinto.
Isabela choramingou
- Nos voltaremos mais tarde - Completei enquanto me afastava da multidão com ela, pegamos uma das balsas e estavamos prestes a partir, alguns outros se juntaram a nós mas a maioria das pessoas ficou para trás na esperança de que tudo fosse resolvido. Enquanto a balsa se afastava lentamente do passeio do rio alguma coisa tinha acontecido mas eu não conseguia ver o que era, derrepente todos gritaram de horror e tentaram correr em direção a água eles estavam claramente fugindo de alguma coisa mas eu ainda não conseguia ver o que era tudo que vi foi pessoas pisando uma nas outras tentando entrar no rio e nadar para longe em seguida as sirenes começaram a emitir seu som sinistro de catástrofe, todos estavam confusos, cogitamos que estávamos sobre ataque seja por terrorista ou algo assim, estranhamente não havia sinal no celular.
- Olha! nunca vi um pássaro tão grande. - Disse Isabela apontando para o céu.
Uma enorme criatura parecida com um pássaro voou bem acima de nós o céu estava escuro e ele circulou o centro da cidade algumas vezes, ainda não sabíamos o que havia acontecido mas algo impossível de acreditar e ao mesmo tempo impossível de negar. A balsa nos deixou um pouco mais abaixo no rio, todos estavam aterrorizados em ver aquilo embora não soubesse exatamente o que era, alguns estavam arrumando seus carros para escapar da cidade, mas a maioria foram atrás de políciais para tentar obter alguma informação, mas só receberam a mesma resposta, gritavam com eles que precisavam voltar para suas casas, eles foram interrompidos por algo acontecendo a alguns metros de distância, a primeira pessoa que tentou deixar a cidade de moto, eu estava carregando Isabela e tentava ouvir o que o homem da moto estava tentando dizer, ele foi ate o centro da praça e subiu na base de uma estátua, poucas pessoas acreditavam nele, mas todos que viram a criatura sobrevoando a cidade não tiveram dúvidas que ele estava dizendo a verdade por mais impossível que parecesse, um homen disse com olhar vazio, triste e decepcionado
- Não tem saida. ”

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⏰ Última atualização: Nov 03, 2023 ⏰

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