Pecados.

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Jogam-te toda a maldição,
Fazem você ter ilusão.

É tudo ilusório, persuasão e ingratidão.

Ajoelhar em frente aquele altar,
Arrepender-se e entender.

Ele vai tentar te compreender.
Mas ainda é aquele que dá a mínima para o teu viver.

"Levante-se.
Siga-me, filho."

Não pai.
Não neste momento.

Perdoa-me pelos meus pecados,
Mas eu sou o próprio pecado.
E eu o cometo-o todos os dias,

Estou vestido do meu pecado,
Mas, pai..
Eu não matei,
Eu não adulterei,
Eu não furtei,
Não dei falso testemunho diante de ti.

Mas, pai..
Eu enganei alguém,
Enganei a ti mesmo.
Sei que tu és capaz de perdoar,
Mas isso ainda vive em mim.

Esse tal pecado que vive,
Que clama e me chama para o viver.

Estou destinado a afundar neste erro,
Ele me entrelaça pelo orgulho e culpa.

Oh, pai..
Por que destes tua vida a este ser?
Por que carregasse aquela cruz pesada por ele?
Foi nela em que você morreu.
Você morreu por nós.

Pai, eu daria minha vida por você,
Mas, como?
Teu filho não consegue sentir remorso.
Ele apenas consegue viver aquela overdose.

Perdoa-me, pai.
Talvez em outra vida eu seja teu cordeiro.
Mas, nesta vida,
Sou escravo do mundo.

Escravo deste mundo que joga-me pedras.
Minhas mãos sangram,
Os olhos chamam por ti,
Por tua chama.

Não quero ser falso cristão.
Quero ter a ti.

Pai, o pecado vive em mim.
Mas ainda quero viver por ti.

[...]



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