[...]
Irei me sentar e assistir sua partida.
Você continua a negar
Mas eu posso enxergar.
Eu não estou aqui,
Você não está aqui.
Desaparecemos nesta obscura repercussão,
Será que é uma salvação?
Ou será apenas minha imaginação?
Consequências por atos não feitos,
Palavras não faladas.
Diálogos não solucionados,
Discussões desestruturadas.
Tens medos das minhas palavras,
Mas eu não tenho medo da verdade,
Medo de encarar a realidade.
Irei me sentar e assistir sua partida.
Estás a partir da minha vida.
Não irei te impedir de ir.
Corra,
Encontre-se.
Presencie,
Apenas faça com que isso aconteça.
Não irei esperar sua volta.
Eu não estarei no mesmo lugar.
Estarei longe suficientemente para que me esqueça.
E quando você perceber, faça o seu eu me odiar.
Medo das palavras,
Persuasão.
Medo dos atos,
Indignação.
Medo de viver,
Obscura escuridão.
As estações mudaram,
E eu não estarei ao seu lado.
No fundo sabemos,
Basta aceitar e lidar.
Você pode se curar,
Mas não pode negar.
Não voltarás a ser como antes.
Não irei julgar,
Apenas irei observar.
Basta entender,
Eu gostaria de ficar.
Você deveria ficar.
Mas antes de você ir,
Eu já irei partir.
E no fundo,
Você irá me esquecer.
Apenas irá me ver e não perceber.
E quando você partir
Olharei cada cômodo do meu coração,
Irei perceber a vaga consolação.
Te amar não será o suficiente.
Te ajudar não ficará na sua mente subconsciente.
Quanto mais isso durar,
Mais você irá se afundar.
Eu não vou pedir para você ficar
Se o meu amor não bastar.
Fique se quiser,
Fique se me amar.
Às vezes pensamos estarmos melhores,
Mas apenas seguimos piores.
Eu penso demais,
Observo demais
E você sente demais.
[...]
