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Narrador on

Aon não demorou muito a chegar no hospital, assim que parou em frente a entrada principal correu para a sala de espera.

Chegando na sala viu a menina Becky ajoelhada no chão rezando.

Se aproximou cautelosamente para não assustá-la e interromper sua reza.

Depois de alguns minutos Becky se levantou e sentou na cadeira olhou para o lado e viu o senhor Aon parado na porta a observando.

- Senhor o que faz aqui ? – Perguntou Becky secando lágrimas.

- Menina Becky, vim lhe fazer companhia sei que não tem familiares. O padre acabou me contando sua história. – Falou Aon.

Os dois se sentaram esperando os médicos darem notícias.

Depois de algumas horas ali, um médico veio até eles com um semblante de más notícias a caminho.

- Oi vocês são os familiares da senhora Pohn Amstrong? – Perguntou o médico.

- Sim, eu sou a sobrinha dela. – Falou Becky se levantando ficando na frente do médico.

Aon ficou sentado, dando um espaço para ela receber a notícia. Estava pedindo em pensamento que ocorresse tudo bem, mas não foi isso que ouviu do médico.

- Senhorita, sua tia teve um infarto fulminante, tentamos fazer todo o possível para reverter, mas era tarde demais. Eu sinto muito pela sua perda. – Falou o médico dando a notícia e se retirando dali.

Becky não aguento e desabou no chão, não estava acreditando que não tinha mais ninguém em sua vida, estava sozinha, desamparada. Além de ser de menor, pois só completaria a maior idade no final do ano.

Aon correu para perto da Becky e levantou do chão, trazendo-a para a cadeira e abraçando de lado. Deixando-a chorar.

Aquilo estava matando Aon por dentro, como a  vida poderia ser tão injusta com uma pobre menina, lhe tirando o único familiar vivo.

- Menina, eu sinto muito por sua perda. Se você quiser eu posso reconhecer o corpo para você não precisar sofrer mais. – Falou Aon abraçado com a Becky.

- Não precisa se incomodar senhor. Já fez muito de ter vindo aqui e está comigo nesse momento . O senhor foi o anjo que veio me amparar nesse momento tão difícil. – Falou Becky se desvencilhando do abraço.

Aon assentiu e deu um sorriso de lado.
Becky levantou-se e foi ao necrotério do hospital reconhecer o corpo de sua tia.

Aon ficou na sala de espera agitado, queria ajudar mais a menina. Então resolveu ligar para a funerária que prestava serviços para sua família.

Por ser alguém importante na sociedade, Aon conseguiu acesso ao dados da tia da Becky. Passou todos os dados para a funerária e solicitou que o enterro fosse no dia seguinte.

Assim que Becky retornou, Aon estava a esperando para levá-la embora.

- Senhor ainda está aqui. Sua família deve estar preocupada. – Falou Becky.

- Não se preocupe menina, já avisei minha esposa que demorarei a chegar em casa. Agora vamos eu te levo para casa. – Disse ele levantando-se da cadeira.

Becky assentiu e o seguiu até o carro.

Depois de alguns minutos, Aon estacionou o carro em frente a casinha de Becky.

- Obrigada senhor, desculpa incômodo. – Falou Becky tirando o cinto e abrindo a porta.

Mas foi impedida de sair por Aon.

- Calma menina, não precisa correr. Quero te falar umas coisas, primeiro não é incômodo nenhum eu fiz por que eu quis, por que eu sei que você precisa. Segundo sobre o Funeral da sua tia, não se preocupe eu já resolvi será amanhã. – Falou Aon, recebendo um olhar assustado de Becky.

- Por que o senhor fez isso? Não terei como pagar esse valor. – Becky se sentiu assustada com a informação que o senhor tinha pago o Funeral.

- Não quero que me pague nada. Não quero que você tenha essa preocupação é um momento tão difícil. Quero que vc sinta-se livre para chorar pela sua perda. E outra coisa, você está com fome ?  - Aon perguntou.

Becky ficou envergonhada, pois sabia que o padre tinha falado ao senhor sobre os problemas financeiros que enfrentavam. Então, apenas assentiu com a cabeça.

- Então, vamos fazer assim. Você entra toma um banho e descansa. Daqui a meia hora chegará comida para você, tudo bem? – Falou Aon com um sorriso simpático.

- Obrigada senhor. Mas, por que o senhor está cuidando tanto assim de mim? – Perguntou Becku curiosa antes de sair do carro.

- Me simpatizei com você, com sua história e minha filha mais nova tem sua idade. Então, eu como pai não poderia deixar uma menina tão sofrida passar por tudo isso sem um amparo decente. Te ajudarei mais, vai se acostumando com a minha presença mocinha. Agora vai, daqui a pouco sua comida chega. – Falou Aon se despedindo de Becky.

Becky entrou em casa, ajeitou a água para tomar banho para descansar antes da comida chegar.

Após o banho ficou deitada na cama, pensando que a casa era tão pequena, mas parecia tão grande e vazia sem a voz da sua tia cantando música da igreja ou chamando-a para comer.

Seu coração estava tão triste, no dia seguinte se despedirá de vez da única pessoa que a amou e cuidou dela.

40 minutos depois....

Becky ouve batidas na porta, era um moço com uma roupa branca e preta, lhe entregou 3 bolsas grandes e saiu desejando-a boa noite.

Fechou a porta e começou a tirar as cosias de dentro da bolsa, tinha bastante comida congelada que daria para mais de 1 semana. E uma que estava bem quente. Tinha uma bilhete preso em uma das bolsas.

Bilhete:

Menina Becky,

Me dei a liberdade de lhe enviar algumas refeições congeladas que dão para alguns dias.

Enviei uma quente para sua alimentação agora a noite, por favor coma tudo.

Peço que tudo que estiver na bolsa você consuma, não precisa ter vergonha.

Prometo te ajudar mais, você não está mais sozinha. Pode me chamar de Tio Aon.

Boa noite menina,

Aon Sarocha.



Mais um capítulo gente...

Me deu um dorzinha escrever esse capítulo... 💔

Tio Aon é muito fofo 😍🫶

Se der postarei mais hoje...

A garota dos meus sonhos - FreenBecky G!pOnde histórias criam vida. Descubra agora