Já se pegaram pensando em como a vida é injusta com a gente? umas pessoas tem tanto,e outras... nada. Odeio dias de quinta, meus pais ficam em casa, discutindo, igual a todas as quintas, porque não se separam de uma vez já que só brigam e discutem todo o tempo que ficam juntos? As vezes acho que não querem me magoar, será que não percebem que já me magoam brigando e discutindo?
Me lembro que no início do casamento eles eram felizes, vinha deles uma energia positiva, dava pra sentir a harmônia e a ligação deles, agora só da pra sentir raiva dos dois juntos, as vezes tenho vontade de ir lá, gritar pra eles que eu não aguento mais as brigas, que não aguento mais eles juntos.
Deitada na sacada da janela olhando as estrelas pensava sobre o Hugo, o garoto que eu saio, ele é do ultimo ano da escola, eu sou do segundo, acho que ele tem vergonha de mim, não dirige uma palavra comigo na frente dos outros, deve ser pela minha fama de esquisita e depressiva, mais pra deixar claro, eu não sou depressiva, talvez esquisita, mais depressiva não, eu só gosto de ficar na minha.
Eu não me importo de manter segredo sobre nós, além do mais, a gente só se vê nós sábados, em uma quadra que quase ninguém vai, adoro ir lá pra pensar e ficar sozinha. A primeira vez que a gente conversou foi lá, a 2 semanas.
DUAS SEMANAS ANTES
Que pessoas acorda 10 AM em um sábado, fiquei remexendo na cama ate 10:15, vi que não tinha jeito e resolvi só levantar, tomar um banho e tomar uma xícara de café, acordei em um clima horrível, pensei em ir na biblioteca meu segundo lugar favorito, mais em vez disso resolvi ir pra quadra só porque a bibliotecária não aguenta mais ver minha cara.
cheguei la ouvindo ret com o som no talo no fone, se um avião tivesse caindo eu não ouviria. Me sentei na bancada e fiquei observando o céu, comecei a sentir frio e não tinha colocado blusa, (meu deus que burra). Soltei o cabelo pra ver se amenizava, até que ajudou
Tenho o cabelo longo e preto, preto azulado. Depois de um tempo alguém me cutuca no ombro, olho pro lado e levo um susto tão grande.
- Meu Deus que susto. Pera, eu conheco você, você é o Hugo, o garoto mais popular e ridículo da escola.
- Bom dia pra você Brenda.
É, é ele sim, folgado e irritante.
- Faz oque aqui? E como você sabe meu nome?
- Eu faço parte do clube do livro que você participa. Vi você na lista de participantes quando fui me inscrever. Também sei outras coisas, sei que seu gênero literário favorito é romance, e que você escreve histórias que não tem coragem de mostrar pra ninguém por achar ridículas.
- Tá fazendo oque aqui?
- Vim jogar bola ( ele mostra a bola com o pé)
- Sozinho? Cadê seus queridos amigos?
- Não sei, não nasci grudado com eles sabia? Não preciso deles pra tudo. Mais já que você tá aqui, não quer jogar comigo?
- Ah... Não sei jogar bola, com certeza vou isolar se tentar.
Ele pega minha mão e me levanta
- Vamos, modéstia é fofo, mais não caio nessa de que não sabe.
Talvez não seja tão Ruin, ele entrou dentro do campo e eu fui junto.
- Vamo jogar altinha, vou chutar a bola pra você, é só manter o ritmo. (Respiro fundo e fico de frente pra ele)
Na minha primeira tentativa acertei a bola bem na cara dele.
- Meu deus desculpa, te disse que não era boa em jogar bola.
- eu tenho cara de quem desiste fácil?
Ele joga a bola pra mim de novo, e dessa vez o jogo fluiu. Depois de meia hora a gente resolveu se sentar na bancada de novo. Ele se vira pra mim e diz. "Vamos conversar" com um sorrisinho fofo.
- Você tem direito a cinco perguntas.
Respondo.
- Então carioca, por que se mudou pra contagem?
- É complicado. (Ele me olha tipo, "por que?")
- Eu sempre morei com meus pais em Copacabana, mais do nada eles decidiram que tava perigoso demais, então mudamos pra cá, ainda não aceitei que mudamos do Rio de janeiro, pra contagem.
- Adoro seu sotaque. (Olho pra ele desconfiada)
- Agora é minha vez. Desde de quando você gosta de livros?
- Sempre gostei, e sempre participei do clube mais saí, meus amigos disseram que isso era coisa de viado.
- Por que se importa tanto com oque eles pensam?
- Até te responderia princesa, mais é minha vez de perguntar. (Reviro os olhos)
- bom... isso não é uma pergunta, MAIS vou dizer mesmo assim. Sempre prestei atenção em você, desde que entrou na escola no início do ano, e também sempre te achei interessante.
- Então por que nunca falou comigo?
- Nuca tive chances.
- Nunca teve chance, ou nunca teve coragem? Parece que você não tem tanta atitude quanto parece. ( Pisco pra ele, provocando)
Meu celular toca.
- É minha mãe, preciso atender
- Pode falar mãe.
- Brenda onde é que você tá? Seu pai tá sumido desde de ontem, e você tem que me ajudar a procurar.
- Eu tenho que ajudar? Uma hora ou outra ele vai voltar.
Desligo a chamada e o celular.
- Tá tudo bem com sua mãe?
- Tá sim. Cansei de ficar aqui, vou pra casa.
- Não peraí. Você quer... Sei lá, ir no shopping?
- Ir no shopping? Com você?
- Claro, qual o problema? (Todos)
- Nenhum. Tá vamos. ( Ele joga a bola dentro do campo e saí andando)
- Vai deixar a bola aí?
- É, deixa ela aí.
Fomos de moto até o shopping. Hugo já é de maior então já tem carteira. Chegamos no shopping e ficamos andando.
- Você quer um sorvete?
- Já que tá perguntando, sim.
- De que sabor você quer?
- Me surpreenda. ( Pisco pra ele e me sento no banco pra esperar)
Ele me trás um sorvete de flocos.
- Esse é o meu favorito.
- Eu sei. ( Ele pisca pra mim)
Andamos pelo shopping por um bom tempo, depois fomos no cinema, e em livrarias. Ele tem um bom gosto literário.
Já eram 19:00 da noite. Como foi que passei meu dia inteiro com o Hugo? COM O HUGO.
Ele pegou meu número de telefone e me levou pra casa.Me deixou na porta e depois me deu um beijo na bochecha. Como foi que uma manhã em uma quadra virou um encontro? Não tenho ideia, mais não foi Ruin passar o dia com ele.
Entrei em casa e minha mãe não estava, tomei um banho e fiquei no quarto assistindo filme.
MENSAGEM ON
- gostei de passar o dia com você😉
- Você não é tão idiota 😉
- amei seu jeito de dizer que também gostou.
MENSAGEM OFF
Continua...
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Amor ou ódio
Romancenunca vamos entender nossos sentimentos não é.... O amor e o ódio vivem um do lado do outro. ¨Não tenho certeza se te odeio, e nem se te amo. Talvez um dia eu possa te dizer ¨