O Diabo é um cavalheiro que te traz flores - (França & Brasil se encontram)

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NOTAS DO AUTOR(A):

E olha quem veio nos visitar diretamente dos Inf - de um lindo lugar, o queridíssimo do França 🥰.

Antes do capítulo, tenho duas observações:

As pessoas que tenho colocado nos aesthetic, como o Jason Momoa personificando o Austrália (descrito na fic), não são exatamente como eu idealizo nossos personagens, mas sim similares visuais que consigo achar. Então sintam-se livres para imaginá-los a partir das descrições.

Algumas falas em francês estão em itálico, mas cuja tradução é (creio eu) compreensível, entre outras palavras escritas propositalmente de forma errônea para tentar imitar o sotaque francês. Não sei se funciona escrever falas assim, mas vou testar aqui.

No mais, espero vê-los nos comentários, mon jeunes.


Capítulo II

Brasil se joga para trás, as mãos acima da nuca e a cabeça inclinada ao bocejar, o movimento estufando seu peito sob o tecido maleável da camiseta verde-amarela. Com a destra, ele bagunça os cabelos já despenteados e se endireita. Inclinando-se à direita, o braço sobre o encosto da cadeira.

O brasileiro se remexe à procura de uma posição mais confortável, sem tirar os olhos da Inglaterra sobre o palanque, discursando com seu tom de voz característico, dominante e sonoro, potencializado pelos alto-falantes da sala¹ de conferências da 49ª reunião dos G7.

Brasil suspira com enfado e olha para o lado, mas nada o atrai e ele volta sua atenção à aristocrata. O brasileiro boceja novamente com uma mão na boca e estica as pernas, cruzando-as pelos tornozelos e balançando os pés calçados com chinelos.

Por cima do ombro do Coreia do Sul, sentado à sua frente, Brasil rastreia os poucos presentes dispersos pela sala de conferência na casa do Japão, ou em grupinhos fechados. O brasileiro sente a falta do pessoal de baixo, do Sul, do Oriente. Do nerd idealista do China com suas conversas difíceis, do Rússia com sua cara de mau, encarando assustadoramente os Estados Unidos do outro lado da sala. Da Venezuela explicando pela vigésima vez porque ela não é e nunca foi socialista, do México para acompanhá-lo em suas cantorias sem sentido com os braços no ombro um do ombro. Ele torce os lábios em desapontamento.

"Pow", o brasileiro balbucia, pensando em voz alta, "nem o hermanito foi convidado".

Brasil considera, olhando sem ver o Canadá à sombra dos Estados Unidos, enquanto distraído em lembranças do argentino com seu olhar prepotente e sorrisos de merda sempre que o via. E, ainda assim, tão fácil de provocar. Brasil sorri por um momento antes de balançar a cabeça, limpando a mente.

"Bem feito", o latino resmunga, "Não era ele o 'europeu civilizado'? Cadê ele agora? Aquele vacilão...", Brasil zomba e desvia o olhar, de volta à procura por rostos familiares entre resmungos subvocais, sem sucesso:

"Fala sério, nem os cara foram convidados, só eu e a Índia, véi".

O Brasil finalmente desiste de procurar e fita o Coreia do Sul, o rapaz asiático perto dele, visualmente mais novo do que realmente era sob toda aquela maquiagem, cremes e cabelos pintados de cinza e cortados em bowl cut. Uma imagem bonita a ser vendida², enquanto intimidava sua vizinha antissocial Coreia Popular a mando dos Estados Unidos³ e olhava torto para os cara como o Espanha, a Honduras, ele.

O filho da puta dissimulado.

O Brasil olha para o outro lado e encontra o Austrália⁴ conversando com sua prima adolescente, Ilhas Cook. O homem de olhos ingleses de cor azul, ombros largos e pele bronzeada, tatuagens tribais no braço e cabelos levemente ondulados cortados pouco abaixo dos ombros, de um castanho claro e gradativamente desbotado até o loiro nas pontas.

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⏰ Última atualização: Dec 16, 2023 ⏰

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