Amor próprio é bom, mas o seu é mais;

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Notas do Autor

Yay, boa tarde! Recentemente, descobri minha fissura pelo cyno cafajeste então cá estamos novamente, também com outra música do Jão (Me Lambe é boa, escutem).

Para aqueles que leram minha outra fic, também do cyno cafajeste, "santo" essa daqui é uma continuação (in)direta daquela, então tem bastante coisa que remete a outra fic.
Para aqueles que não leram, a leitura não é necessária, mas é sempre bom né?
Essa daqui tem um aprofundamento um pouco maior nos sentimentos deles, mais por parte do cyno, e digo que a terceira (e última) do cyno cafajeste vai ser ainda mais desenvolvida. E sim, eles tem uma história não resolvida entre eles.
Dito isso, fiquem com um Cyno 90% cafajeste e 10% boiola pelo Tighnari.

Beijinhos, não revisei, desculpem os prováveis erros e boa leitura! 💕



O cheiro de bebida impregnava o ar e Cyno sentia-se embriagado apenas por inalar o intenso cheiro de vodka — talvez, ter tomado algumas doses da bebida tenha forte influência sobre seu estado. O copo em sua mão, que outrora dificilmente parava cheio devido a devoção do moreno em beber todo o líquido alcoólico que fosse colocado ali, agora estava esquecido sobre a superfície de madeira.

Sentado em uma das banquetas do balcão que separava a sala da cozinha, Cyno observava atenta e silenciosamente a pista de dança improvisada repleta de pessoas de sua faculdade, que ele nem sequer reconhecia em meio ao barulho da música e as luzes coloridas que piscavam no cômodo cheio.

Não que fosse relevante no momento. Já que, mesmo se pudesse reconhecer alguém de seu próprio curso no local, ele não se importaria o suficiente para tirar os olhos da atraente figura que dançava tão sedutoramente mais à frente.

Balançando os quadris no ritmo da música, Tighnari parecia extremamente bonito naquela noite; mais do que ele geralmente era. Com uma calça de couro e um cropped transparente, o de mechas verdes não se conteve em esfregar-se em Aether, o loiro baixinho do curso de design, enquanto olhava para si.

Uma sensação familiar preencheu seu peito com a piscadela marota e o pequeno beijo que fora lançado em sua direção. Um sorriso deixou seus lábios, fazendo com que todos os sentimentos conflitantes que nutria por Tighnari, desde o fim do breve caso que tiveram, dessem lugar agora apenas a vontade de ter o outro novamente de baixo do seu corpo.
 
Era engraçado pensar que ele sabia todo o poder que tinha sobre Cyno desde a época em que se conheceram — que, ironicamente, havia acontecido em uma das missas na pequena igreja de sua cidade —, sabia seus gostos e também sabia exatamente o que fazer para acabar com sua já instável insanidade. Se fosse sincero, Cyno ainda se lembrava do gosto do outro em sua boca e de como a pele clara era suave ao toque firme de suas mãos.
 
Sentindo um estranho aperto em seu peito — assim como em sua virilha — ao contemplar a figura de Tighnari depois de tanto tempo, Cyno decidiu acabar com aquele joguinho com um último gole em sua bebida antes de se levantar. O gosto amargo desceu por sua garganta enquanto se aproximava daquele que poderia facilmente ser a causa de sua queda a passos decididos.
 
Quando estava próximo o suficiente, sua mão tocou a cintura exposta trazendo-o para perto. Colou seu peito nas costas do outro antes de afundar o rosto na curvatura de seu pescoço, inalando o cheiro tão característico que ficou impregnado em seu próprio corpo por meses; assim como nos lençóis de sua cama, no banco do seu carro e até mesmo no pequeno armário de vassouras da faculdade.
 
Tighnari virou o rosto em sua direção, pousando uma das mãos em seus cabelos e apertando-os entre os dedos finos.

— Veja se não é o maior cafajeste da cidade.

— Sabe que eu larguei essa vida desde que a gente começou a ficar. — sua voz saiu abafada ao responder, graças a ainda manter a boca colada ao pescoço alheio.
 
Tighnari sentiu a vibração gostosa devido ao ato, um breve calafrio descendo por seu corpo ao se encostar ainda mais no peito de Cyno.

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